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segunda-feira, 24 de outubro de 2022

HOMÍLIA DA Segunda -feira da 30° COMUM

I. Introdução

Exulte o coração dos que buscam a Deus. Sim, buscai o Senhor e sua força, procurai

   sem cessar a sua face (Sl 104,3s).

Os cristãos são estimulados à prática do amor a Deus e ao próximo: “Vivei no amor,

 como Cristo nos amou e se entregou a si mesmo a Deus por nós”. Como filhos e filhas da luz, louvemos o Senhor, que nos quer seus imitadores.

II. Comentário

  Ao dizer: “Mulher você está livre”, Jesus manifesta seu projeto libertador e

  restitui a dignidade daquela que estava encurvada.

A palavra encurvada expressa fortemente uma vida marcada pela falta de

liberdade. Os hipócritas estão fechados em seus legalismos. Jesus os enfrenta com palavras contundentes e os alerta sobre a dureza de seus corações.

O sábado, como o dia criação, deve ser dia de celebrar a glória de Deus – como dizia Santo Irineu: “A glória de Deus é o homem vivo”. Para os cristãos, esse dia é o domingo, o dia do Senhor que vence a morte.

III. Atualização

• •

 Tudo isso lhes conduz a uma vivência rigorosa da religião, a encerrar seu deus

em uns meios.

  Fazem um deus sob medida e não o deixam entrar em suas vidas.

 Na sua religiosidade acham que tudo está solucionado se cumprem com

algumas normas.



 

quinta-feira, 20 de outubro de 2022

HOMÍLIA da QUINTA-FEIRA da 29a SEMANA DO TEMPO COMUM


(verde – ofício do dia) I. Introdução

Clamo por vós, meu Deus, porque me atendestes; inclinai vosso ouvido e escutai-me. Guardai-me como a pupila dos olhos, à sombra das vossas asas abrigai-

II. Comentário

A metáfora do fogo é a expressão da força divina purificadora. A terra carece

      me (Sl 16,6.8).

O evangelizador faz brotar do coração profunda súplica em favor da comunidade: “Que Deus faça habitar, pela fé, Cristo em vossos corações, que estejais enraizados e fundados no amor”. Agradeçamos ao Senhor o dom do nosso batismo e da salvação.

   desse fogo, que não é destruição, mas renovação.

A paz que Cristo traz não é uma paz que acomoda, mas a paz que provoca

 transformação.

Quem acolhe essa paz é impulsionado a fazer o bem, e não a se conformar com as estruturas dos sistemas opressores do mundo.

O tom apocalíptico não é para ocasionar medo, mas incutir na comunidade a necessidade de se contrapor à maldade imperante no mundo e olhar para o horizonte da esperança: Jesus presente no meio de nós.

 III. Atualização •

 Ele veio para “separar com o fogo”. Separar o quê? O bem do

  mal, o justo do injusto. Neste sentido ele veio para “dividir”, para

 pôr em “crise” — mas de forma saudável — a vida dos seus

 discípulos, pondo fim às ilusões fáceis daqueles que acreditam

 que podem combinar vida cristã e mundanidade, vida cristã e

  compromissos de todos os tipos, práticas religiosas e atitudes

 contra os outros.


  •

superstição, não é de Deus.

Combinar, pensam alguns, a verdadeira religiosidade com

 práticas supersticiosas: muitos que se consideram cristãos vão

 ao adivinho ou à adivinha para que lhes leiam as mãos! E isto é

  Trata-se de não viver de forma hipócrita, mas de estar disposto

 a pagar o preço de escolhas coerentes — é esta a atitude que

 cada um de nós deve procurar na vida: a coerência — pagar o

  preço da coerência com o Evangelho.




quarta-feira, 12 de outubro de 2022

HOMÍLIA DA Solenidade de NOSSA SENHORA APARECIDA PADROEIRA DO BRASIL

(branco, glória, creio, prefácio próprio – ofício da solenidade)

 I. Introdução

 Com grande alegria, rejubilo-me no Senhor, e minha alma exultará no meu Deus, pois

 me revestiu de justiça e salvação, como a noiva ornada de suas joias (Is 61,10).

 Nosso coração rejubila no Senhor, que nos reúne para celebrar a solenidade de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil. Mãe sempre atenta às necessidades do povo, Maria intercede ao seu Filho em favor dos filhos e filhas necessitados do bom vinho do amor, da esperança e da alegria. Rezemos com carinho pelas crianças e pelo nosso país.

II. Comentário

  As bodas de Caná representam o primeiro dos sete sinais narrados no

 Evangelho de João.

O autor não fala em milagres, mas em sinais, pois não quer exaltar o fato em si,

mas o que está por trás dele: revelar a glória de Jesus para que os discípulos acreditem nele.

 Ele e seus discípulos foram convidados para um casamento, a Mãe de Jesus também estava presente.

Ao longo da festa, ela percebe que o vinho está acabando e intercede ao Filho em favor dos noivos e dos convidados. Festa sem vinho é festa incompleta, sem alegria. Enquanto ela e o Filho estiverem presentes, o vinho não faltará.

A Mãe é assim mesmo, sempre atenta para que nada falte, ela tem importante papel na família, na comunidade, em todos os lugares. Ela é perspicaz e sensível diante das necessidades. Além disso, ela desempenha a função de Mestra: pede para fazer o que o Mestre disser.

  III. Atualização

comunidades seriam muito diferentes.

  •

 Se seguíssemos os ensinamentos de Jesus, nossas vidas e nossas

 

 • Nós, católicos brasileiros, temos uma devoção e um carinho todo especial para com Maria, Mãe de Jesus e nossa. No Brasil é invocada como Nossa Senhora Aparecida.

• Ela olha com muito amor o povo brasileiro e intercede a Jesus para que nunca falte o vinho do amor, da alegria e da dignidade para seus filhos e filhas.




segunda-feira, 10 de outubro de 2022

HOMÍLIA DA Segunda-feira do 28° COMUM

I. Introdução

II. Comentário

  soberba.

Hoje, a voz doce ainda que severa de Cristo põe em guarda os que estão

 convencidos de já ter o bilhete para o Paraíso só porque dizem: «Jesus, és tão belo!».

  Cristo pagou o preço da nossa salvação sem excluir ninguém, mas é necessário

 observar algumas condições básicas. E, entre outras, está a de não pretender que

  Cristo faça tudo e nós nada. Isso seria não somente necedade, mas também perversa

 Por isso o Senhor usa hoje a palavra perversa: «Esta geração é uma geração

 perversa. Busca um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, a não ser o sinal de Jonas»

 (Lc 11,29). Dá-lhe o nome de perversa porque põe a condição de ver antes milagres

 espetaculares, para dar depois a sua eventual e condescendente adesão.

 Nem diante dos conterrâneos de Nazaré acedeu, porque exigentes!

 pretendiam que Jesus assinalasse a sua missão de profeta e Messias com

 maravilhosos prodígios, que eles queriam saborear como espectadores sentados na

 poltrona de um cinema.

 Mas isso não pode ser: O Senhor oferece a salvação, mas só àquele que se

 sujeita a Ele mediante uma obediência que nasce da fé, que espera e cala. Deus

 pretende essa fé antecedente (que no nosso interior Ele mesmo pôs como uma

 semente de graça).

 III. Atuay

 Uma testemunha contra os crentes que mantêm uma caricatura da fé será a

rainha do sul, que se deslocou desde os confins da terra para escutar a

 sabedoria de Salomão e, acontece que «aqui está quem é mais do que

 Salomão» (Lc 11,31).

  Diz um provérbio que «não há pior surdo do que o que não quer ouvir». Cristo,

condenado à morte, ressuscitará ao terceiro dia: a quem o reconheça, propõe-

 lhe a salvação, enquanto para os outros -regressando como um Juiz- não

 haverá nada a fazer, a não ser ouvir a condenação por incredulidade

 obstinada.

  Aceitemo-lo com fé e amor adiantados. O reconheceremos e nos reconhecerá

como seus. Dizia o Servo de Deus Dom Alberione: «Deus não gasta a luz: acende

 as lâmpadas na medida que façam falta, mas sempre em tempo oportuno».


 

quarta-feira, 28 de setembro de 2022

HOMÍLIA DA QUARTA -FEIRA DO 26° COMUM

I. INTRODUÇÃO

II. COMENTÁRIO

  Hoje, o Evangelho invita-nos a reflexionar, com muita claridade e não com

 menos insistência, sobre o ponto central da nossa fé: o seguimento radical de Jesus.

 «Eu te seguirei aonde quer que tu vás» (Lc 9,57). Com que simplicidade a

 expressão que propõe um cambio total da vida de uma pessoa!: «Segue-me» (Lc 9,59).

 Palavras do Senhor que não admitem desculpas, demoras, condições, nem traições...

  A vida cristã é este seguimento radical de Jesus. Radical, não só porque em

 toda a sua duração quere estar debaixo da guia do Evangelho (porque compreende,

 portanto, todo o tempo da nossa vida), mas sim -sobretudo- porque todos os seus

 aspectos -desde os mais extraordinários até aos mais ordinários- querem ser e hão

 de ser manifestação do Espírito Santo de Jesus Cristo que nos anima.

 nós.

III.

• •

Efetivamente, desde o Batismo, a nossa já não é a vida de uma pessoa

 qualquer: levamos a vida de Cristo inserida em nós! Pelo Espírito Santo derramado

 nos nossos corações, já não somos nós que vivemos, senão que é Cristo que vive em

 Assim é a vida do cristão, é vida cheia de Cristo, ressume Cristo desde as suas

 raízes mais profundas: esta é a vida somos chamados a viver.

 ATUALIZAÇÃO

  O Senhor, quando veio ao mundo, ainda que «todo o gênero humano tinha o

seu lugar, Ele não o teve: não encontrou lugar no meio dos homens (...), só

 numa manjedoura, no meio do gado e dos animais, e ao lado das pessoas mais

 simples e inocentes.

  Por isso disse: As raposas têm tocas e os pássaros do céu têm ninhos; mas o

Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça» (São Jerônimo).

  O Senhor encontrará sitio no meio de nós se como João Batista, deixamos que

Ele cresça e que nós diminuamos, quer dizer, se deixamos crescer a Aquele

 que já vive em nós sendo dúcteis e dóceis ao seu Espírito, a fonte de toda

 humildade e inocência.



 

terça-feira, 27 de setembro de 2022

HOMÍLIA DA TERÇA-FEIRA DO 26° COMUM

 II.Introdução

Hoje, o Evangelho nos oferece dois pontos principais para a reflexão pessoal.

Comentário

  ser levado ao céu, Jesus tomou a decisão de ir a Jerusalém» (Lc 9,51).

   realizando sua vontade redentora.

 III.

• •

Em primeiro lugar, nos diz que «quando se completaram os dias em que ia a

 O verbo que usa são Lucas significa “completar”, “consumar”; Jesus leva a

  plenitude o tempo marcado pelo Padre para completar sua missão salvífica por meio

da crucificação, morte e ressurreição.

 Então ele será glorificado, "levado ao céu". Diante dessa perspectiva, Jesus

 Cristo “tomou a decisão de subir a Jerusalém”, ou seja, a decisão firme de amar o Pai

Jesus morre na cruz dizendo: "Tudo está consumado" (Jo 19,30). O Senhor viveu

 para cumprir a vontade do Pai e manteve essa atitude de fidelidade até a morte.

 Assim devemos viver também, mesmo que experimentemos no caminho que

 nos leva a Deus a oposição ou a rejeição, o desprezo ou a marginalização por ser fiel

 ao Senhor.

 Segundo o Papa Francisco: «O verdadeiro progresso da vida espiritual não

 consiste em multiplicar os êxtases, mas em saber perseverar nos tempos difíceis:

 caminhar, caminhar, caminhar; se estiver cansado, pare um pouco e volte a andar,

 com perseverança.

  Atualização

 Em segundo lugar, diante da rejeição dos Os samaritanos, Tiago e João querem

fazer descer fogo do céu (cf. Lc 9,54).

  O Senhor os repreende por seu zelo indiscreto. Devemos nos lembrar da

paciência que Deus tem conosco, e ser pacientes com nossos irmãos em seu

 caminho para Deus, mesmo que eles não respondam imediatamente à sua

 graça.

  Deus quer que todos os homens sejam salvos e deu seu único Filho na cruz

por todos. Deus esgota todas as possibilidades de se aproximar de cada

 homem e espera com divina paciência o momento em que cada coração se

 abre à sua Misericórdia.



 

sexta-feira, 23 de setembro de 2022

HOMÍLIA DA SEXTA-FEIRA DA 25° COMUM

Introdução

 Hoje, no Evangelho, há dois interrogantes que o mesmo Maestro formula a todos.

   como resolvem a questão os outros: os vizinhos, os colegas de trabalho, os amigos,

 os familiares mais próximos.

 •

Comentário

  depende dos casos- de algumas dessas respostas que formulam quem têm relação

 conosco e com nosso âmbito, as pessoas.

 E a resposta diz-nos muito, informa-nos, situa-nos e faz que tomemos

 consciência daquilo que desejam, precisam, buscam os que vivem ao nosso lado.

 Ajuda-nos a sintonizar, a descobrir com o outro, um ponto de encontro para ir além.

 Há uma segunda interrogação que pede por nós: «E vós, quem dizeis que eu

 sou?» (Lc 9,20).

 É uma questão fundamental que chama à porta, que mendiga a cada um de

 nós: uma adesão ou uma rejeição; uma veneração ou uma indiferença; caminhar com

 Ele e Nele ou finalizar numa aproximação de simples simpatia.

 Esta questão é delicada, é determinante porque nos afeta. Que dizem nossos

 lábios e nossas atitudes? Queremos ser fiéis àquele que é e dá sentido ao nosso ser?

 Há em nós uma sincera disposição a segui-lo nos caminhos da vida? Estamos

 dispostos a acompanhá-lo à Jerusalém da cruz e da glória?

 III.

• • •

Atualização

O primeiro interrogante pede uma resposta estatística, aproximada: «Quem

 dizem as multidões que eu sou?» (Lc 9,18). Faz que giremos ao redor e contemplemos

Olhamos o entorno e sentimo-nos mais ou menos responsáveis ou próximos -

«É um caminho de cruz e ressurreição (...). A cruz é exaltação de Cristo.

  Disse-o Ele mesmo: Quando seja levantado, atrairei a todos para mim. (...)

A cruz, pois, é glória e exaltação de Cristo» (São André de Creta).

  Dispostos para avançar para Jerusalém? Somente com Ele e Nele, verdade




quarta-feira, 21 de setembro de 2022

HOMÍLIA DA QUARTA-FEIRA DO 20° COMUM

I Introdução

Comentário

  conta no seu Evangelho sobre a sua conversão.

    Com Mateus chega ao grupo dos Doze um homem totalmente diferente

dos outros apóstolos, tanto pela sua formação como pela sua posição social e

 riqueza.

 Seu pai lhe fez estudar economia para poder fixar o preço do trigo e do

 vinho, dos peixes que seriam trazidos por Pedro e André e os filhos de Zebedeu e

 o das pérolas preciosas das quais fala o Evangelho.

Seu ofício, de coletor de

  impostos, era mal visto.

 Aqueles que o exerciam eram considerados publicanos e pecadores. Estava

 ao serviço do rei Herodes, senhor da Galiléia, um rei detestado pelo seu povo e

 que o Novo Testamento nos apresenta como um adúltero, o assassino de João

 Batista e aquele que escarneceu Jesus a Sexta Feira Santa.

 O que pensaria Mateus quando ia render contas ao Rei Herodes? A

 conversão de Mateus devia supor uma verdadeira liberação, como o demonstra o

 banquete ao que convidou os publicanos e pecadores. Foi a sua maneira de

 demonstrar agradecimento ao Mestre por ter podido sair de uma situação

 miserável e encontrar a verdadeira felicidade.

 III.

• •

Hoje celebramos a festa do apóstolo e evangelista São Mateus. Ele mesmo nos

Estava sentado na coletoria de impostos e Jesus o convidou a segui-lo. Mateus

 -diz o Evangelho- «se levantou e seguiu-o» (Mt 9,9).

Atualização

  São Beda o Venerável, comentando a conversão de Mateus, escreve: «A

conversão de um coletor de impostos dá exemplo de penitência e de

 indulgência a outros coletores de impostos e pecadores (...).

  No primeiro instante da sua conversão, atrai até Ele, que é como dizer até

a salvação, a um grupo inteiro de pecadores».

  Na sua conversão se faz presente a misericórdia de Deus como se

manifesta nas palavras de Jesus frente à crítica dos fariseus: «Misericórdia

 eu quero, não sacrifícios. De fato, não é a justos que vim chamar, mas a

 pecadores» (Mt 9,13).



 

terça-feira, 20 de setembro de 2022

HOMÍLIA DA TERÇA-FEIRA DO 25° COMUM


«Só no Verbo que se fez carne, cujo amor se cumpre na cruz, a obediência é perfeita» (Benedito XVI).

«Pela fé, o homem submete completamente a Deus a inteligência e a vontade; com todo o seu ser, o homem dá assentimento a Deus revelador. A Sagrada Escritura chama «obediência da fé» a esta resposta do homem a Deus revelador (cf. Rom 1,5)» (Catecismo da Igreja Católica, no 143).

III. Atualização

• •

Hoje, lemos uma formosa passagem do Evangelho. Jesus não ofende, de modo

 algum, a Sua Mãe, já que Ela é a primeira a escutar a Palavra de Deus e dela nasce

 Aquele que é a Palavra.

  E, simultaneamente, Ela é a que mais perfeitamente cumpriu a vontade de

Deus: Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra (Lc 1,38),

 responde ao anjo na Anunciação.

   Jesus revela-nos de que precisamos, também nós, para chegar a ser seus

familiares: Aqueles que ouvem...(Lc 8,21) e, para ouvir é necessário que nos

 aproximemos, tal como os seus familiares, que chegaram até onde Ele estava,

 mas não podiam aproximar-se por causa da multidão.

  Os familiares esforçam-se por se aproximar, seria conveniente que nos

perguntássemos se lutamos e procuramos vencer os obstáculos que

 encontramos na hora de nos aproximarmos da Palavra de Deus.

  Dedico, todos os dias, uns minutos a ler, escutar e meditar a Sagrada Escritura?

S. Tomás de Aquino recorda-nos que: é necessário que meditemos

 continuamente a Palavra de Deus(...) ; esta meditação ajuda fortemente na luta

 contra o pecado.



 

quarta-feira, 24 de agosto de 2022

HOMÍLIA DA QUARTA-FEIRA DO 21° COMUM

I. Introdução

Anunciai todos os dias a salvação de Deus, proclamai a sua glória às nações (Sl

  SÃO BARTOLOMEU, APÓSTOLO

(vermelho, glória, pref. dos apóstolos, – ofício da festa)

   95,2s).

Bartolomeu, conhecido como Natanael, era de Caná da Galileia. É um dos apóstolos escolhidos diretamente por Jesus e cujo nome consta em todas as listas dos Doze. A ele é atribuída a límpida profissão de fé diante de Jesus, que dizia tê-lo visto “debaixo da figueira”: “Mestre, tu és o Filho de Deus, és o rei de Israel”. Segundo antiga tradição, teria evangelizado a Índia, onde morreu mártir. Deixemo-nos motivar por seu ardor apostólico.

 II. Comentário

  Bartolomeu, de Caná da Galileia, é identificado com Natanael. Quem lhe apresentou

 Jesus foi o apóstolo Filipe, que acrescentou: “Jesus vem de Nazaré”.

 Essa informação deu margem para algum atrito na conversa: o preconceito de

 Natanael contra quem era de Nazaré; a simpatia de Jesus, que elogiou a autenticidade dele;

 o desconcerto, mas também a certeza de Natanael, reconhecendo estar diante de pessoa

 extraordinária: “Rabi, tu és o Filho de Deus, tu és o rei de Israel”.

 Cativado por Jesus, Natanael tornou-se seu apóstolo e entusiasta pregador do

 Evangelho. Antiga tradição registra que Bartolomeu exerceu o ministério apostólico na Índia,

 onde converteu para Cristo grande número de pessoas. Esteve também na Armênia e na

 Pérsia, hoje Irã. Morreu decapitado, após ter a pele arrancada.

III.

 Atualização

 Hoje contemplamos a chamada de Natanael, tradicionalmente identificado

com o apostolo Bartolomeu. Sobressai sua confissão de fé: «Rabi, tu és o Filho

 de Deus, tu és o Rei de Israel!». Esta confissão tem a função de abrir o terreno

 ao quarto Evangelho, pois oferece um primeiro e importante passo no caminho

 da adesão a Cristo.

  Bartolomeu reconhece Jesus tanto pela sua relação especial com Deus Pai, de

quem é Filho unigênito, quanto pela relação com o povo de Israel, de quem é

 chamado rei (atribuição própria do Messias esperado) Estes dois elementos

 são essenciais: Se proclamássemos somente a dimensão celestial de Jesus

 correríamos o risco de fazer Dele um ser etéreo e evanescente; se somente

 

reconhecêssemos seu papel concreto na história, poderíamos descuidar sua

 dimensão divina, que constitui sua própria identidade.

  São Bartolomeu, intercede para que —imitando teu passo discreto pela vida—

eu saiba aderir me a Deus e dar testemunho Dele sem realizar obras

 sensacionais: Extraordinário é Jesus.




terça-feira, 23 de agosto de 2022

Homília da TERÇA-FEIRA do 21° COMUM

I. Introdução

II. Comentário

ministério

  Hoje, temos a impressão de “pilhagem” a Jesus em um arrebato de mau humor,

 realmente alguém o tem feito se sentir molestado e irritado.

 Jesus Cristo se sente incomodado com a falsa religiosidade, as petições

 pomposas e a piedade egoísta.

   Ele tem notado um vazio de amor, a saber, esta em falta “a justiça, a

misericórdia e a fé” (Mt 23,23) com as ações superficiais, as quais tratam de cumprir a

 Lei. Jesus encarna essas qualidades em sua pessoa e ministério.

 Ele era a justiça e a misericórdia. Suas ações, milagres, curas e palavras

 escorriam estes verdadeiros fundamentos, que fluem de seu coração amoroso. Para

 Jesus Cristo não se tratava de uma questão de “Lei”, mais sim, de um assunto de

 Inclusive nas palavras de castigo, vemos em Deus um toque de amor,

 importante para quem quer voltar ao básico “Foi indicado, homem, que é bom e que

 exige de ti o Senhor: nada mais que praticar a justiça, amar a fidelidade e caminhar

 humildemente com teu Deus” (Miq 6,8).

 O Papa Francisco disse: “Um pouco de misericórdia faz o mundo menos frio e

 mais justo”. Necessitamos compreender bem esta misericórdia de Deus, este Padre

 misericordioso que tem tanta paciência... Recordemos ao profeta Isaias, quando

 afirma que, embora nossos pecados sejam escarlates, o amor de Deus os

 transformará em brancos como a neve. É harmonioso, isto da misericórdia”.

 III.

• • •

“Purifica primeiro por dentro da taça, para que também fique pura por fora”

 (Mt 23,26). Quanto é certo para cada um de nós! Sabemos como a limpeza pessoal nos

 faz sentir frescos e vibrantes por dentro e por fora.

 Atualização

  Mas mesmo no âmbito espiritual e moral de nosso interior, nosso espírito, se

está limpo e são, brilhará em boas obras e ações que honrem a Deus e lhe

 rendam uma verdadeira homenagem (cf. Jn 5,23).

  Fixemo-nos no marco maior do amor, da justiça e da fé e nos perdemos em

ninharias que consomem nosso tempo, nos apequenamos e que nos fazem

 exigente.

  Mergulhemos no vasto oceano do amor de Deus e não nos conformemos com

riachos e mesquinharias



 

segunda-feira, 22 de agosto de 2022

HOMÍLIA DA SEGUNDA-FEIRA da NOSSA SENHORA RAINHA

(branco, pref. de Maria, – ofício da memória) I. Introdução

A rainha está à vossa direita com suas vestes de ouro, ornada de esplendor (Sl

     44,10).

 O calendário romano aproximou a celebração litúrgica da memória de Nossa Senhora Rainha à solenidade da Assunção, a fim de mostrar mais claramente a ligação entre a dignidade régia da Mãe de Deus e sua assunção ao céu. A Virgem Maria “foi exaltada sobre todos os coros dos anjos e reina agora gloriosa com seu Filho, intercedendo por todos os homens e mulheres, como advogada da graça e rainha da misericórdia” (rito da coroação).

 II. Comentário

  das criaturas”, escreve Dante na Divina Comédia

cessam de homenagear Maria como Rainha.

III.

• •

Introduzida por Pio XII, na conclusão do Ano Mariano de 1954, esta festa é celebrada

 oito dias após a Assunção de Maria ao céu. Maria é rainha porque é mãe de Cristo, o Rei.

 É rainha porque supera todas as criaturas em santidade: “ela encerra toda a bondade

 . Desde o começo da Igreja, os fiéis não

  Os inúmeros mosaicos e pinturas representando Maria Rainha o comprovam. Vem da

  Idade Média a

salve-rainha, em que Maria é considerada a Senhora a ser amada e servida

 dignamente, e a Mãe de quem se obtém proteção segura.

 A exaltação da “Serva do Senhor”, ao lado do “Rei dos reis e Senhor dos senhores”, é

 mistério da graça divina e de perfeita correspondência a ela, vivido por Maria na

 disponibilidade ao serviço de Deus e da humanidade.

 Atualização

 Jesus utiliza sua divina autoridade para nos mostrar claramente o carácter

absoluto do bem, que devemos perseguir, e o do mal, que devemos evitar a

 todo custo. Daí, sua viva e amável exortação a respeitar a carta magna da vida

 cristã: as boas-venturanças, vias que dão o acesso à Felicidade.

  Paralelamente, encontramos o tom ameaçador utilizado no Evangelho de hoje:

as Maldições daqueles atos destruidores que sempre devem ser evitados.

  O mesmo Coração sagrado, o mesmo Amor é o que dita as Boas aventuranças

(cf. Mt 5,1 ss) e as Maldições.



 

terça-feira, 16 de agosto de 2022

Homília da TERÇA-FEIRA do 20a SEMANA DO TEMPO COMUM

 (verde – ofício do dia)

Ó Deus, nosso protetor, volvei para nós o vosso olhar e contemplai a face do vosso ungido, porque um dia em vosso templo vale mais que outros mil (Sl 83,10s).

Quem se gloria das riquezas e do sucesso não passa de um ser orgulhoso e mortal.

 Aprendamos a assumir nossa condição humana com humildade e total confiança no Senhor, despojando-nos do que impede o serviço ao seu Reino.

II. Comentário

Deixar tudo e seguir Jesus não significa somente um seguimento geográfico, mas um seguimento radical, no qual mentalidade, palavras e atitudes estão em consonância com o Mestre.

O discípulo de Jesus sabe que a maior riqueza a se almejar é a profundidade interior. Os bens materiais são importantes. Podemos possuí-los. Eles, porém, jamais deveriam nos possuir.

O rico pode correr o perigo de se deixar dominar pelas posses. Santa Teresinha de Jesus costumava dizer da importância de ocupar o último lugar, porque ninguém briga por causa dele.

 O discípulo, sabendo que seu lugar é o dos últimos, não gastará energia e tempo com mania de grandeza.

III. Atualização

• será novo, renovado, belo. Jesus Cristo diz-nos: «Vós que deixastes tudo pelo Reino, vos sentareis

    com o Filho do Homem...

 • Recebereis cem vezes mais do que tiveres deixado...

• E herdareis a vida eterna...» (cf. Mt 19,28-29).



 

segunda-feira, 15 de agosto de 2022

Homília da SEGUNDA-FEIRA Do 20° COMUM

I. Introdução

  Mateus ilustra no jovem as pessoas que, em sua comunidade, querem se converter ao cristianismo. Elas já observam as leis, mas isso, segundo o evangelista, não é suficiente.

É preciso romper com tudo o que antes dava segurança. Isso é dito de forma simbólica. Quando alguém renunciava a seus bens, estes ficavam com sua família, mas Jesus pede que sejam dados aos pobres.

A comunidade de Mateus ensina que, quando um fiel da Antiga Aliança se torna cristão, precisa continuar a observar os mandamentos, mas deve romper com todo seu passado, isto é, também com sua família. Convém lembrar que a família é símbolo da tradição que vem desde Abraão. Convém lembrar ainda a conversão de Paulo, que já era um zeloso praticante da Lei, mas que, depois de aderir a Jesus, passou a considerar tudo aquilo lixo (Fl 3,7ss). Sua vida se transformou completamente. Portanto, o verdadeiro discípulo não é alguém fiel como do AT que apenas aderiu a Jesus. Muito mais do que isso, é alguém que rompeu com seu antigo mundo e colocou toda a sua segurança no evangelho

  II. Comentário

 Conhecer os mandamentos é importante. Mas é necessário bem mais. O jovem que se

 aproxima de Jesus é alguém cumpridor dos preceitos, uma pessoa de coração bom e de boas

 intenções. Contudo, ainda apegado às coisas efêmeras.

 Ele pode ser o retrato da comunidade, que, embora bem intencionada, ainda não se

 deu conta de que o seguimento a Jesus implica radicalidade, isto é, os bens são importantes;

 porém, o Bem maior é Jesus mesmo.

 Ele é a nossa segurança. O pensamento de Santo Óscar Romero é ilustrativo nesse

 sentido: “Quantos hão que não dizem ser cristãos, porque não têm fé. Têm mais fé no seu

 dinheiro e em suas coisas do que no Deus que criou tudo”.

 III Atualização

• A comunidade de Mateus ensina que, quando um fiel da Antiga Aliança se torna cristão, precisa continuar a observar os mandamentos, mas deve

 romper com todo seu passado, isto é, também com sua família. Convém

lembrar que a família é símbolo da tradição que vem desde Abraão.

• Convém lembrar ainda a conversão de Paulo, que já era um zeloso praticante da Lei, mas que, depois de aderir a Jesus, passou a considerar tudo aquilo lixo

(Fl 3,7ss). Sua vida se transformou completamente.

• Portanto, o verdadeiro discípulo não é alguém fiel como do AT que apenas

 aderiu a Jesus. Muito mais do que isso, é alguém que rompeu com seu antigo mundo e colocou toda a sua segurança no evangelho



 

sexta-feira, 12 de agosto de 2022

Homília da Sexta-feira da 19° Comum

 I.Introdução

Comentário

 Hoje, Jesus responde às perguntas dos seus contemporâneos sobre o

 verdadeiro significado do matrimônio, ressaltando a indissolubilidade do mesmo.

 Sua resposta, no entanto, também proporciona a base adequada para que nós,

 cristãos, possamos responder a aqueles cujos corações teimosos os obrigam a

 procurar a ampliação da definição de matrimônio para os casais homossexuais.

  Ao fazer retroceder o matrimônio ao plano original de Deus, Jesus ressalta

 quatro aspectos relevantes pelos quais só se pode unir em matrimônio a um

 homem e uma mulher:

 1) «O Criador, desde o início, os fez macho e fêmea» (Mt 19,4). Jesus nos ensina

 que, no plano divino, a masculinidade e a feminilidade têm um grande significado.

 Ignorar, pois, é ignorar o que somos.

 2) «Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe, e se unirá à sua mulher» (Mt

 19,5). No plano de Deus não é que o homem abandone os seus pais e vá embora

 com quem ele queira, mas sim com uma esposa.

 3) «De maneira que já não são dois, e sim uma só carne» (Mt 19,6). Esta união

 corporal vai mais além da pouco duradoura união física que ocorre no ato

 conjugal. Refere-se à união duradoura que se apresenta quando um homem e uma

 mulher, através do seu amor, concebem uma nova vida que é o matrimônio

 perdurável ou união dos seus corpos. Logicamente, que um homem com outro

 homem, ou uma mulher com outra mulher, não pode ser considerado um único

 corpo dessa maneira.

 4) «Pois o que Deus uniu, o homem não separe» (Mt 19,6). Deus mesmo uniu em

 matrimônio ao homem e à mulher e, sempre que tentamos separar o que Ele uniu,

 estaremos fazendo por nossa própria conta e por conta da sociedade.

  III.

Atualização

 Em sua catequese sobre Gênesis, o Papa João Paulo II disse: «Em sua

resposta aos fariseus, Jesus Cristo comenta aos interlocutores a visão total

 do homem, sem o qual não é possível oferecer uma resposta adequada às

 perguntas relacionadas com o matrimônio».

  Cada um de nós está chamado a ser o eco desta Palavra de Deus em nosso

momento


 

quarta-feira, 10 de agosto de 2022

HOMÍLIA DA QUARTA-FEIRA - SÃO LOURENÇO DIÁCONO E MÁRTIR.


 vermelho, glória, pref. dos mártires, – ofício da festa) O. Introdução

São Lourenço entregou-se a si mesmo ao serviço da Igreja. Foi digno de sofrer o martírio e de subir com alegria para junto do Senhor Jesus.

 Lourenço nasceu na Itália no século 3o e lá faleceu em 258. Dizia que os pobres eram os verdadeiros tesouros da Igreja. Entre eles distribuiu os bens da comunidade, antes de ser arrastado para o cruel martírio sobre grelha incandescente. Seu nome é lembrado na 1a Oração Eucarística, o Cânon Romano. Busquemos nesse que é o padroeiro dos diáconos as forças necessárias para enfrentar as adversidades do .

II. Comentário

 Lourenço é um dos mártires mais conhecidos e venerados, já desde os primeiros

 séculos. Encarregado de cuidar dos bens da Igreja, repartiu-os entre os pobres, já que

 pressentia prisão iminente.

 Aprisionado junto com o papa Sisto II, não sofreu de imediato o martírio, mas

 suportou corajosamente atrozes dores na grelha incandescente. Alguns escritos permitem

 introduzir aqui um gracejo de Lourenço.

 No meio de tormentos, ele teria dito ao carrasco: “Vira-me, pois deste lado já estou

 bem assado”. Entretanto, a maioria dos escritores modernos julga que Lourenço tenha sido

 decapitado como o papa Sisto II, martirizado três dias antes. Morreu em 258 e foi sepultado

 no Campo Verano, na Via Tiburtina (Roma), onde Constantino edificou a basílica que tem o

 seu nome.

 III. Atualização

 Hoje, são Lourenço, diácono e mártir, emerge como um expoente da ação

caritativa vivida pela Igreja desde suas origens. A Ele, como responsável da

 assistência aos pobres de Roma, depois de serem apressados seus

 companheiros e o Papa Sixto, foi lhe concedido um tempo para recolher os

 tesouros da Igreja e entregá-los às autoridades. Lourenço distribuiu o dinheiro

 disponível aos pobres e depois os apresentou às autoridades como

 verdadeiros tesouros da Igreja.

  A Igreja não é uma ONG. Sua atividade caritativa deve fundar-se,

principalmente, sobre a experiência de um encontro pessoal com Cristo, cujo

 amor tocou o coração do crente, suscitando nele o amor pelo próximo. São

 Lourenço continuou esta senda até as últimas consequências, aceitando

 livremente o martírio, numa prova suprema de fé e caridade.

 

 Senhor, por intercessão de são Lourenço te pedimos que inflames nosso

coração para ser capazes de amar como tu nos tem amado, levando por todos

 a cruz de cada dia



terça-feira, 9 de agosto de 2022

Homília da TERÇA-FEIRA do 19° COMUM

I. Introdução

II. Comentário

 Hoje, o Evangelho volta a nos revelar o coração de Deus que nos faz entender com que sentimentos atua o Pai do céu em relação a seus filhos.

A solicitude mais fervorosa é para com os pequenos, aqueles com os quais não se presta atenção, aqueles que não chegam aonde todo mundo

  chega.

  Sabíamos que o Pai, como bom Pai que é, tem predileção pelos filhos pequenos, mas hoje, nos damos conta de outro desejo do Pai, que se converte em obrigação para nós: «Se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, não entrareis no Reino dos Céus» (Mt 18,3).

Portanto, entendemos que o Pai não valoriza tanto o “ser pequeno”, mas o “fazer-se pequeno”. «Quem se faz pequeno (...), esse é o maior no Reino dos Céus» (Mt 18,4). Por isso, devemos entender nossa responsabilidade nesta ação de nos diminuirmos.

Não se trata tanto de ter sido criado pequeno ou simples, limitado ou com mais ou menos capacidade, mas de saber prescindir da possível grandeza

 de cada um, para nos mantermos no nível dos mais humildes e simples.

A verdadeira importância de cada um está em nos assemelharmos a um destes pequenos que Jesus mesmo nos apresenta com cara e olhos.

Para terminar, o Evangelho ainda nos amplia a lição de hoje. Há, e muito perto de nós!, uns “pequenos” que estão mais abandonados do que os outros: aqueles que são como ovelhas que se desgarraram; e o Pai as busca e, quando as encontra, se alegra porque as faz voltar para casa e já não se perdem.

Talvez, se contemplássemos a quem nos rodeia como ovelhas procuradas pelo Pai e devolvidas, mais do que desgarradas, seriam capazes de ver, mais frequentemente, e mais de perto, o rosto de Deus. Como diz Santo

 Asterio de Amasea: «A parábola da ovelha perdida e do pastor nos ensina que não devemos desconfiar precipitadamente dos homens, nem desistir de ajudar aos que se encontram em risco».

 III. Atualização

 • «Sou uma alma muito pequenina que apenas pode oferecer a Deus pequenas coisas» (Santa Teresinha de Lisieux)


 • «Em que consiste exatamente, ser-se criança? No sentido de Jesus Cristo, significa aprender a dizer “Pai”. Só se conservar a existência filial vivida por Jesus, o homem poderá entrar com o Filho na divindade» (Bento XVI)

• «Jesus lembrou-o ao terminar a parábola da ovelha perdida: «Assim, não é da vontade do meu Pai, que está nos céus, que se perca um só destes pequeninos» (Mt 18, 14) (...)» (Catecismo da Igreja Católica, no 605)




sábado, 6 de agosto de 2022

Homília da transfiguração do Senhor.

I. Introdução

II. Comentário

   que mais nos interessa é contemplar a reação espontânea dos “interlocutores

 terrestres” dessa cena.

 Uma vez mais, é Simão Pedro que toma a palavra: «Mestre, é bom ficarmos

 aqui» (Lc 9,33). É maravilhoso comprovar que, só por ver o Corpo de Cristo em estado

 glorioso, Pedro se sente plenamente feliz: não sente falta de mais nada.

  «Vamos fazer três tendas, uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias».

 A reação de Pedro mostra o dinamismo mais autêntico do amor: já não pensa na sua

 comodidade; ele quer manter aquela situação de profunda felicidade, procurando o

 bem dos outros (neste caso, interpretado de uma maneira muito humana: umas

 tendas!). É a manifestação mais clara do verdadeiro amor: sou feliz porque te faço

 feliz; sou feliz entregando-me à tua felicidade.

 Além disso, é muito revelador o facto de Simão reconhecer intuitivamente

 Moisés e Elias. Pedro, logicamente, tinha conhecimento da sua existência, mas nunca

 os tinha visto (tinham vivido séculos antes!) E, apesar disso, reconhece-os

 imediatamente (como se os tivesse conhecido desde sempre).

 Eis aí uma amostra do elevado grau de conhecimento do homem no Céu: ao

 contemplar Deus “face a face”, experimentará um incremento inimaginável do seu

 saber (uma participação muito mais profunda na Verdade). Finalmente, «a

 “divinização” no outro mundo trará ao espírito humano uma tal “gama de

 experiências” da verdade e do amor, que o homem nunca teria podido alcançar na

 vida terrena» (S. João Paulo II).

 III.

• •

Hoje, meditando na Transfiguração, intuímos a situação do homem no Céu. O

Atualização

  Finalmente, Simão, só por ver Moisés e Elias, não somente os conhece de

repente, como também os ama imediatamente (pensa em fazer uma tenda

 para cada um deles).

  São Pedro, Papa (o primeiro da Igreja), mas pescador, expressa este amor de

uma maneira simples; Sta. Teresa, freira, mas Doutora (da Igreja) expressou a

 lógica do amor de maneira profunda: «O contentamento de contentar o outro

 excede o meu contentamento.



quinta-feira, 4 de agosto de 2022

HOMÍLIA DA QUINTA-FEIRA DO 18° COMUM

I. INTRODUÇÃO

II. COMENTÁRIO

 Hoje Jesus proclama afortunado a Pedro pela sua acertada declaração de fé: «Simão Pedro respondeu: ‘Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo’. L

Jesus então declarou: ‘Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi carne e sangue quem te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu’» (Mt

  16,16-17).

  Nesta saudação Jesus promete a Pedro o primado da sua Igreja; mas pouco depois faz-lhe uma reconvenção por lhe ter manifestado uma ideia demasiado humana e errada do Messias: «Então Pedro o chamou de lado e começou a censurá-lo: «Deus não permita tal coisa, Senhor! Que isto nunca te aconteça!». Jesus, porém, voltou-se para Pedro e disse: «Vai para trás de mim, satanás! Tu estás sendo para mim uma pedra de tropeço, pois não tens em mente as coisas de Deus, e sim, as dos homens!» (Mt 16,22-23).

Devemos agradecer aos evangelistas o fato de nos terem apresentado os primeiros discípulos de Jesus tal como eram: não como personagens idealizados, mas como gente de carne e osso, como nós, com as suas virtudes e os seus defeitos; esta circunstância aproxima-os de nós e ajuda-nos a ver que o aperfeiçoamento na vida cristã é um caminho que todos devemos fazer,

 pois ninguém nasce ensinado.

Dado que já sabemos como foi a história, aceitamos que Jesus Cristo tenha sido o Messias sofredor, profetizado por Isaías e tenha entregue a sua vida na cruz. O que mais nos custa aceitar é que tenhamos de manter presente a sua obra a través do mesmo caminho de entrega, renuncia e sacrifício.

Imbuídos como estamos numa sociedade que pugna pelo êxito rápido, por aprender sem esforço e de modo divertido, e por conseguir o máximo aproveitamento com o mínimo de trabalho, é fácil acabarmos vendo as coisas mais como os homens do que como Deus. Uma vez recebido o Espírito Santo, Pedro aprendeu por onde passava o caminho que devia seguir e viveu na

 esperança. «As tribulações do mundo estão cheias de penas e vazias de prémio; mas as que se padecem por Deus ficam suavizadas com a esperança de um prémio eterno» (Santo Efrén).

 III. ATUALIZAÇÃO

 • «Ninguém pode ter a Deus como Pai, se não tiver a Igreja como sua Mãe» (São Cipriano)


 • «Fé e seguir a Cristo estão intimamente relacionados. E uma vez que implica seguir o Mestre, a fé deve ser consolidada e crescer. Pedro e os outros apóstolos tiveram de percorrer esse caminho, até que o encontro com o Senhor Ressuscitado lhes abriu os olhos para uma fé plena» (Bento XVI)

• «Movidos pela graça do Espírito Santo e atraídos pelo Pai, nós cremos e confessamos a respeito de Jesus: `Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo ́ (Mt 16, 16). Foi sobre o rochedo desta fé, confessada por Pedro, que Cristo edificou a sua Igreja» (Catecismo da Igreja Católica, no 424



quarta-feira, 3 de agosto de 2022

Homília da QUARTA-FEIRA da 18° COMUM

I. Introdução

Na primitiva comunidade cristã, havia uma classe de cristãos, provenientes do judaísmo, cuja tendência era não se abrir para os pagãos. Acreditavam ser os destinatários

II. Comentário

Foi preciso combater esta rigidez, apelando para a sensibilidade do Mestre em relação à fé dos pagãos. O episódio

     exclusivos da Boa Nova cristã.

Por conseguinte, os pagãos estariam excluídos do Reino anunciado por Jesus.

    da mulher cananeia prestou-se bem para esta finalidade.

A mulher pagã foi persistente no seu objetivo: a cura da filha atormentada por um demônio. Por isto, não se intimidou diante dos discípulos, nem de Jesus, até ver realizado o seu desejo.

Nem a má-vontade daqueles, nem a dureza das palavras do

 Mestre foram suficientemente fortes para fazê-la esmorecer. Os discípulos queriam ver-se livres daquela mulher

 importuna. Sua gritaria deixava-os irritados, a ponto de pedirem


 a Jesus que a mandasse embora. Não convinha que o pedido de uma mulher pagã fosse atendido por ele.

 III. Atualização

• Jesus, por sua vez, também deu mostras de relutar em atendê-la, até o ponto de usar o termo - cães -, com que os

 judeus costumavam chamar os pagãos.

• Mas, afinal, dobrou-se diante de uma fé evidente, tendo realizado o desejo da mulher pagã.

• Como Jesus, a comunidade cristã deveria deixar de ser inflexível em relação aos pagãos convertidos à fé, abrindo para eles as portas da comunidade.