I. Introdução
II. Comentário
que mais nos interessa é contemplar a reação espontânea dos “interlocutores
terrestres” dessa cena.
Uma vez mais, é Simão Pedro que toma a palavra: «Mestre, é bom ficarmos
aqui» (Lc 9,33). É maravilhoso comprovar que, só por ver o Corpo de Cristo em estado
glorioso, Pedro se sente plenamente feliz: não sente falta de mais nada.
«Vamos fazer três tendas, uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias».
A reação de Pedro mostra o dinamismo mais autêntico do amor: já não pensa na sua
comodidade; ele quer manter aquela situação de profunda felicidade, procurando o
bem dos outros (neste caso, interpretado de uma maneira muito humana: umas
tendas!). É a manifestação mais clara do verdadeiro amor: sou feliz porque te faço
feliz; sou feliz entregando-me à tua felicidade.
Além disso, é muito revelador o facto de Simão reconhecer intuitivamente
Moisés e Elias. Pedro, logicamente, tinha conhecimento da sua existência, mas nunca
os tinha visto (tinham vivido séculos antes!) E, apesar disso, reconhece-os
imediatamente (como se os tivesse conhecido desde sempre).
Eis aí uma amostra do elevado grau de conhecimento do homem no Céu: ao
contemplar Deus “face a face”, experimentará um incremento inimaginável do seu
saber (uma participação muito mais profunda na Verdade). Finalmente, «a
“divinização” no outro mundo trará ao espírito humano uma tal “gama de
experiências” da verdade e do amor, que o homem nunca teria podido alcançar na
vida terrena» (S. João Paulo II).
III.
• •
Hoje, meditando na Transfiguração, intuímos a situação do homem no Céu. O
Atualização
Finalmente, Simão, só por ver Moisés e Elias, não somente os conhece de
repente, como também os ama imediatamente (pensa em fazer uma tenda
para cada um deles).
São Pedro, Papa (o primeiro da Igreja), mas pescador, expressa este amor de
uma maneira simples; Sta. Teresa, freira, mas Doutora (da Igreja) expressou a
lógica do amor de maneira profunda: «O contentamento de contentar o outro
excede o meu contentamento.
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