sábado, 6 de agosto de 2022

Homília da transfiguração do Senhor.

I. Introdução

II. Comentário

   que mais nos interessa é contemplar a reação espontânea dos “interlocutores

 terrestres” dessa cena.

 Uma vez mais, é Simão Pedro que toma a palavra: «Mestre, é bom ficarmos

 aqui» (Lc 9,33). É maravilhoso comprovar que, só por ver o Corpo de Cristo em estado

 glorioso, Pedro se sente plenamente feliz: não sente falta de mais nada.

  «Vamos fazer três tendas, uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias».

 A reação de Pedro mostra o dinamismo mais autêntico do amor: já não pensa na sua

 comodidade; ele quer manter aquela situação de profunda felicidade, procurando o

 bem dos outros (neste caso, interpretado de uma maneira muito humana: umas

 tendas!). É a manifestação mais clara do verdadeiro amor: sou feliz porque te faço

 feliz; sou feliz entregando-me à tua felicidade.

 Além disso, é muito revelador o facto de Simão reconhecer intuitivamente

 Moisés e Elias. Pedro, logicamente, tinha conhecimento da sua existência, mas nunca

 os tinha visto (tinham vivido séculos antes!) E, apesar disso, reconhece-os

 imediatamente (como se os tivesse conhecido desde sempre).

 Eis aí uma amostra do elevado grau de conhecimento do homem no Céu: ao

 contemplar Deus “face a face”, experimentará um incremento inimaginável do seu

 saber (uma participação muito mais profunda na Verdade). Finalmente, «a

 “divinização” no outro mundo trará ao espírito humano uma tal “gama de

 experiências” da verdade e do amor, que o homem nunca teria podido alcançar na

 vida terrena» (S. João Paulo II).

 III.

• •

Hoje, meditando na Transfiguração, intuímos a situação do homem no Céu. O

Atualização

  Finalmente, Simão, só por ver Moisés e Elias, não somente os conhece de

repente, como também os ama imediatamente (pensa em fazer uma tenda

 para cada um deles).

  São Pedro, Papa (o primeiro da Igreja), mas pescador, expressa este amor de

uma maneira simples; Sta. Teresa, freira, mas Doutora (da Igreja) expressou a

 lógica do amor de maneira profunda: «O contentamento de contentar o outro

 excede o meu contentamento.



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