I. Introdução
II. Comentário
Hoje, o Evangelho volta a nos revelar o coração de Deus que nos faz entender com que sentimentos atua o Pai do céu em relação a seus filhos.
A solicitude mais fervorosa é para com os pequenos, aqueles com os quais não se presta atenção, aqueles que não chegam aonde todo mundo
chega.
Sabíamos que o Pai, como bom Pai que é, tem predileção pelos filhos pequenos, mas hoje, nos damos conta de outro desejo do Pai, que se converte em obrigação para nós: «Se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, não entrareis no Reino dos Céus» (Mt 18,3).
Portanto, entendemos que o Pai não valoriza tanto o “ser pequeno”, mas o “fazer-se pequeno”. «Quem se faz pequeno (...), esse é o maior no Reino dos Céus» (Mt 18,4). Por isso, devemos entender nossa responsabilidade nesta ação de nos diminuirmos.
Não se trata tanto de ter sido criado pequeno ou simples, limitado ou com mais ou menos capacidade, mas de saber prescindir da possível grandeza
de cada um, para nos mantermos no nível dos mais humildes e simples.
A verdadeira importância de cada um está em nos assemelharmos a um destes pequenos que Jesus mesmo nos apresenta com cara e olhos.
Para terminar, o Evangelho ainda nos amplia a lição de hoje. Há, e muito perto de nós!, uns “pequenos” que estão mais abandonados do que os outros: aqueles que são como ovelhas que se desgarraram; e o Pai as busca e, quando as encontra, se alegra porque as faz voltar para casa e já não se perdem.
Talvez, se contemplássemos a quem nos rodeia como ovelhas procuradas pelo Pai e devolvidas, mais do que desgarradas, seriam capazes de ver, mais frequentemente, e mais de perto, o rosto de Deus. Como diz Santo
Asterio de Amasea: «A parábola da ovelha perdida e do pastor nos ensina que não devemos desconfiar precipitadamente dos homens, nem desistir de ajudar aos que se encontram em risco».
III. Atualização
• «Sou uma alma muito pequenina que apenas pode oferecer a Deus pequenas coisas» (Santa Teresinha de Lisieux)
• «Em que consiste exatamente, ser-se criança? No sentido de Jesus Cristo, significa aprender a dizer “Pai”. Só se conservar a existência filial vivida por Jesus, o homem poderá entrar com o Filho na divindade» (Bento XVI)
• «Jesus lembrou-o ao terminar a parábola da ovelha perdida: «Assim, não é da vontade do meu Pai, que está nos céus, que se perca um só destes pequeninos» (Mt 18, 14) (...)» (Catecismo da Igreja Católica, no 605)
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