sábado, 30 de abril de 2022

Homília do Sábado da 2° semana da Páscoa

Quando Cristo diz "não julgue", não está proibindo o exercício de nossa capacidade de discernimento, nem está dizendo que devemos aprovar tudo o que nosso irmão faz. O que Ele proíbe é atribuir uma má intenção à pessoa que age dessa maneira. Só Deus sabe o que está no coração de uma pessoa. "O homem olha às aparências, o Senhor vê o coração" (1Sm 16:7). Portanto, julgar é uma prerrogativa de Deus, uma prerrogativa que usurpamos quando julgamos nosso irmão.

 O importante no Cristianismo é o amor: "Assim como eu vos amei, amem-se uns aos outros" (Jo 13,34). Este amor é derramado em nossos corações pelo Espírito Santo (cf. Rm 5,5). Na Eucaristia, Cristo nos dá o Seu Coração como dom e assim podemos amar cada um com o Seu Coração e ser misericordiosos como o Pai Celestial é misericordioso.

Comentário

«Jesus preferiu proclamar-se e manifestar-se como Cristo com suas ações, e não com suas palavras» (Origens)

«Entre a multiplicação dos pães e o discurso eucarístico na Sinagoga de Cafarnaum, decorre a cena de Jesus Cristo caminhando sobre as águas. Um evento oportuno para introduzir a comparação entre Moisés e Jesus. O primeiro — pelo poder de Deus — dividiu as águas do mar para atravessá-lo pisando em

 terra; Jesus simplesmente caminha sobre eles. Ele é o “Eu sou”» (Bento XVI)

«Orar é sempre possível: O tempo do cristão é o de Cristo Ressuscitado, que está «conosco todos os dias» (Mt 28, 20), sejam quais forem as tempestades (31). O nosso tempo está na mão de Deus» (Catecismo da Igreja Católica, no 2.743)

III. Atualização

 • Hoje, Jesus nos desconcerta. Acostumávamos-nos a um Redentor que, disposto a atender todo tipo de indigência humana, não duvidava em

 recorrer ao seu poder divino. De fato, a ação transcorre justo após a multiplicação dos pães e peixes, a favor da multidão faminta. Agora, ao contrário, nos perturba um milagre —o fato de andar sobre as águas— que parece, à primeira vista, uma ação de cara à galeria. Mas não!, Jesus já descartara fazer uso do seu poder divino para buscar sobressair ou o benefício próprio quando, ao inicio da sua missão, rejeitou as tentações

  do Maligno.


 • Ao andar sobre as águas, Jesus Cristo está mostrando seu senhorio sobre as coisas criadas. Mas também podemos ver uma encenação do seu domínio sobre o Maligno, representado por um mar embravecido na escuridão.

• «Não tenhais medo» (Jo 6,20), dizia-lhes Jesus naquela ocasião. «Mas tende coragem! eu venci o mundo» (Jo 16,33), lhes dirá depois, no Cenáculo. Finalmente, é Jesus quem diz às mulheres na manhã da Páscoa, depois de se levantar do sepulcro: «Não tenhais medo». Nós, pelo testemunho dos Apóstolos, sabemos de sua vitória sobre os

inimigos do homem, o pecado e a morte. Por isso, hoje, suas palavras ressoam em nossos corações com força especial, porque são as palavras de Alguém que está vivo.

• As mesmas palavras que Jesus dirigia a Pedro e aos Apóstolos, as repetia João Paulo II, sucessor de Pedro, ao início do seu pontificado: «Não tenhais medo». Era um chamado para abrir o coração, a própria existência, ao Redentor, para que, com Ele, não temamos diante dos embates dos inimigos de Cristo.

• Diante à própria fragilidade para levar a bom porto as missões que o Senhor nos pede (uma vocação, um projeto apostólico, um serviço...), nos consola saber que Maria também —criatura como nós— ouviu as mesmas palavras de parte do anjo, antes de enfrentar a missão que o Senhor tinha-lhe encomendado. Aprendamos dela, acolher o convite de

Jesus a cada dia, em cada circunstância.





sexta-feira, 29 de abril de 2022

SANTA CATARINA DE SENA VIRGEM E DOUTORA DA IGREJA

HOMÍLIA DA SEXTA-FEIRA DA 2° SEMANA DA PÁSCOA

  SANTA CATARINA DE SENA

VIRGEM E DOUTORA DA IGREJA

(branco, pref. pascal ou das virgens, – ofício da memória)

 I.

Introdução

Esta é uma virgem sábia, uma das jovens prudentes, que foi ao encontro de

  Cristo com sua lâmpada acesa, aleluia!

Catarina nasceu em 1347 na Itália e lá faleceu em 1380. Aos 16 anos, foi admitida na Ordem Terceira Dominicana, conciliando a vida contemplativa com intensa atividade junto aos doentes e encarcerados.

Exerceu importante papel diplomático a favor da unidade da Igreja. Ditou inúmeras cartas, repletas de sabedoria espiritual. A seu exemplo, apliquemos nossas energias a serviço do Reino de Deus.

II.

Comentário

  Ao se deparar com a multidão que tinha fome e não havendo local nem dinheiro

 suficiente para comprar o necessário para todos, André, um dos discípulos, apresenta ao

 Mestre um rapaz que tem consigo cinco pães e dois peixinhos; a partir dessa realidade a

 grande partilha se dá.

 André, em grego, significa precisamente homem e, nesse sentido, podemos

 considerar que a resolução dos problemas e dificuldades da vida está presente ou pode ser

 suscitada do interior de cada pessoa. Ao propor que a multidão se sente, podemos perceber

 aqui dois movimentos: a perspectiva da dignidade e da organização.

 Noutras palavras, é difícil que encontremos a resolução para aquilo que nos aflige em

 meio à desorganização e ao caos. Quando nos propomos a partilhar, e é isso o que se dá aqui,

 todos passam a ter acesso ao que necessitam em abundância, ao ponto de haver sobra onde

 antes havia escassez.

 III.

Atualização

A multiplicação dos pães levou a multidão a considerar Jesus como o verdadeiro profeta, aquele que todos esperavam, desde longa data.

   

 • O fato de ter alimentado uma imensa multidão, contando apenas com cinco pães de cevada e dois peixes, revelou-se como sinal inequívoco da messianidade de Jesus.

• Daí o desejo do povo de fazê-lo rei, na esperança de que

 todos os seus problemas fossem resolvidos da mesma forma eficiente e rápida, que acabavam de presenciar. Foi grande a expectativa criada em torno dele.




quinta-feira, 28 de abril de 2022

Homília da QUINTA-FEIRA da 2° semana da Páscoa

Introdução

Ai está também nossa vida mais autêntica. Comentário

 Hoje Jesus fala de sua procedência e, também desvela-nos nosso destino. Ele

 vem de “cima”, do céu eterno, onde sempre existiu unido ao Pai e ao Espírito Santo.

   O Filho de Deus veio para nos descobrir esta maravilha, mas custa-nos

  despegarmos da terra e acordar nossa aspiração à eternidade.

Desde suas origens, o homem considerou com respeito sua morte e a vida além

 da “terra”. Mas, realmente, nós pouco sabíamos dessa “vida de cima” e de seu

 conteúdo.

 Com a encarnação do Filho de Deus se nos desvelou a verdadeira vida, a mais

 real: A vida de amizade com Deus, que é “sobrenatural” e, por isso, sem fim. Só se

 acaba o da terra.

 Quero viver, meu Deus, uma vida de amizade contigo. Concede-me entender

 as coisas como Tu as entendes e amar como Tu amas. Jesus, confio na tua Palavra.

 Hoje, o Evangelho nos convida a deixar de ser “terrenais”, a deixar de ser

 homens que só falam de coisas mundanas, para falar e mover-nos como «Aquele que

 vem do alto» (Jo 3,31), que é Jesus. Neste texto vemos —mais uma vez— que na

 radicalidade evangélica não há meio termo.

 É necessário que em todo momento e circunstância nos esforcemos por ter o

 pensamento de Deus, ambicionemos ter os mesmos sentimentos de Cristo e

 aspiremos a olhar os homens e às circunstancias da mesma forma que vemos o Verbo

 feito homem.

 Se atuarmos como «aquele que vem do alto» descobriremos uma quantidade

 de coisas positivas que acontecem continuamente ao nosso entorno, porque o amor

 de Deus é ação contínua em favor do homem. Se viermos do alto amaremos a todo o

 mundo sem exceção, sendo nossa vida um convite para fazer o mesmo.

 III.

Atualização

  «Aquele que vem do alto está acima de todos» (Jo 3,31), por isso pode servir

a cada homem e a cada mulher justamente naquilo que necessita; além

 disso, «Ele dá testemunho do que viu e ouviu, mas ninguém aceita o seu

 testemunho» (Jo 3,32). E seu serviço tem a marca da gratuidade.

  Esta atitude de servir sem esperar nada a troco, sem necessitar a resposta

do outro, cria um ambiente profundamente humano e de respeito ao livre

 alvedrio da pessoa; esta atitude se contagia e os outros se sentem

 livremente movidos a responder e atuar da mesma maneira.

  Serviço e testemunho sempre vão juntos, um e outro se identificam. Nosso

mundo tem necessidade daquilo que é autêntico: e o que é mais autêntico

 que as palavras de Deus? que mais autêntico do que quem dá o Espírito

 sem medida? «Ele dá o espírito sem medida» (Jo 3,34)

 •


 «Acreditar no Filho» quer dizer ter vida eterna, significa que o dia do Juízo

não pesa em cima do crente porque já foi julgado e com um juízo favorável;

 no entanto, «Aquele, porém, que se recusa a crer no Filho não verá a vida,

 mas a ira de Deus permanece sobre ele» (Jo 3,36)..., enquanto não acredite.



 

quarta-feira, 27 de abril de 2022

Meu Deus!

 Meu Deus, escuta o meu clamor:

- Até quando eu só vou conseguir chorar ao ficar na tua presença e depois não mudar generosamente de vida!?!

- Até quando vou mendigar eventos e grandes encontros e depois não me comprometer Contigo!?!

- Até quando, Senhor irei barganhar Contigo afim de sabotar a minha própria salvação!?!

- Até quando vou te decepcionar, meu Senhor meu Deus!?!

- Até quando vou me auto justificar, que sou fraco, permitindo do que o diabo me separe de Vós?!!

- Até quando meu Jesus, te confundirei com qualquer prazer, que me satisfaz temporariamente!?!

- Até quando permitirei que as minhas decisões me impeça de atingir os ideias que mim propus alcançar!?!




Homília da Quarta-feira da 2° semana da Páscoa

Filho único para que todos tenham acesso à vida plena.

Deus está profundamente comprometido com o ser humano a ponto de entregar seu

Nosso Deus não é castigador ou rancoroso, ao contrário, ele é amoroso e compassivo.

 Contudo, o texto que nos ilumina hoje deixa bem claro que a salvação ou a condenação está

 nas mãos do próprio ser humano.

São as escolhas feitas por cada pessoa e suas consequências que mostram se estamos

 caminhando sob a luz ou em plena escuridão.

 Nossas palavras podem, sim, revelar nossas opções; entretanto, são nossas atitudes

 que revelam a verdade mais profunda do nosso coração.

 Nesse sentido, fica muito claro que não somos manipulados por Deus, mas

 caminhamos com ele e temos total responsabilidade sobre aquilo que fazemos.

 Cabe, sim, a nós escolher se a nossa vida será luz ou trevas, e não podemos culpar

 Deus ou outras pessoas por aquilo que é nossa responsabilidade.

 Atualização

 Os ensinamentos de Jesus ultrapassam todas as formas de obstáculos, pois a Palavra

 de Deus, luz em meio às trevas, não pode ser aprisionada.

 O Espírito Santo nos impulsione a agir conforme a verdade do Evangelho Os

 ensinamentos de Jesus ultrapassam todas as formas de obstáculos, pois a Palavra de

 Deus, luz em meio às trevas, não pode ser aprisionada.

 O Espírito Santo nos impulsione a agir conforme a verdade do Evangelho.




terça-feira, 26 de abril de 2022

Homília da Terça-feira da 2° semana do tempo Pascal

Introdução

Comentário

Hoje, Jesus nos expõe a dificuldade de prevenir e conhecer a ação do Espírito Santo: de fato, «sopra onde quer» (Jo 3,8).

Isto relaciona-o com o testemunho que Ele mesmo está dando e com a necessidade de nascer do alto.

  «É necessário para vós nascer» (Jo 3,7), diz o Senhor com claridade, é necessária uma nova vida para poder entrar na vida eterna. Não é suficiente com um ir puxando para chegar ao Reino dos Céus, é necessária uma vida nova regenerada pela ação do Espírito de Deus.

A nossa vida profissional, familiar, esportiva, cultural, lúdica e, sobretudo, de piedade tem que ser transformada pelo sentido cristão e pela ação de Deus. Tudo, transversalmente, tem que ser impregnado pelo seu Espírito.

Nada, absolutamente, nada deveria ficar fora da renovação que Deus realiza em nós com o seu Espírito.

Uma transformação que tem Jesus Cristo como catalisador. Ele, que

  antes tinha que ser elevado na Cruz e que também tinha que ressuscitar, é quem pode fazer com que o Espírito de Deus nos seja enviado.

Ele que tem vindo do alto. Ele que tem mostrado com muitos milagres o seu poder e a sua bondade. Ele que em tudo faz a vontade do Pai. Ele que tem sofrido até derramar a última gota de sangue por nós.

Graças ao Espírito que nos enviará, nós «podemos subir ao Reino dos Céus, por Ele obtemos a adoção filial, por Ele se nos dá a confiança de nomear Deus com o nome de “Pai”, a participação da graça de Cristo e o direito a participar da gloria eterna» (São Basílio Magno).

Façamos que a ação do Espírito tenha acolhimento em nós, escutemo- lhe e, apliquemos as suas inspirações para que cada um seja –no seu lugar habitual- um bom exemplo elevado que irradie a Luz de Cristo.

  III.

Atualização

«[Cristo], em sua venida, trouxe consigo toda novidade» (Santo Irineu)

 

 • «Ele sempre pode, com sua novidade, renovar nossa vida e nossa comunidade e, embora passe épocas obscuras e debilidades eclesiais, a proposta Cristiana nunca envelhece» (Francisco)

• «A água baptismal é então consagrada por uma oração de epiclese (ou no próprio momento, ou na Vigília Pascal). A igreja pede a Deus que, pelo seu Filho, o poder do Espírito Santo desça a esta água, para que os que nela forem batizados “nasçam da água e do Espírito” (Jo 3,5)» (Catecismo da Igreja Católica, n° 1238).




segunda-feira, 25 de abril de 2022

HOMÍLIA DA SEGUNDA-FEIRA DA 2° SEMANA DA PÁSCOA

I. INTRODUÇÃO

Ide por todo o mundo e anunciai o Evangelho a todas as criaturas, aleluia!

  SÃO MARCOS, EVANGELISTA

(vermelho, glória, pref. dos apóstolos II, – ofício da festa)

   (Mc 16,15)

João Marcos era membro de uma família de Jerusalém que pôs sua casa à disposição dos primeiros cristãos.

Acompanhou Paulo em sua primeira viagem apostólica. Foi discípulo de Pedro em Roma.

A ele é atribuída a redação do primeiro Evangelho, o qual nos apresenta um Messias humilhado, sofredor, crucificado e reconhecido como Filho de Deus pelo centurião.

Celebremos esta festa com o sincero desejo de conhecer e amar, de maneira

 mais profunda, nosso Mestre Jesus Cristo.

 II. Comentário

 O evangelista Marcos não pertenceu ao grupo dos doze apóstolos, porém deve

 ter sido discípulo de Jesus.

Pertencia a uma família de Jerusalém, que pôs sua casa à disposição dos primeiros cristãos (cf. At 12,12-16).

Participou da primeira viagem apostólica de Paulo (At 12,25; 13,5). Marcos

 acompanhou Pedro a Roma e prestou-lhe serviços durante a prisão do chefe dos apóstolos (cf. Cl 4,10).

Se essas informações se confirmam, ficamos sabendo que Marcos extraiu de

 fontes genuínas o Evangelho que ele põe por escrito, “o Evangelho de Marcos”.

As últimas palavras do seu Evangelho testemunham que muitos sinais e prodígios haveriam de acompanhar e confirmar a obra dos seguidores de Jesus.


 Isso de fato aconteceu; a Igreja primitiva o comprova (Atos dos Apóstolos).

III. Atualização

 • «Assim como o sol, criatura de Deus, é um e o mesmo em todo o mundo, também a pregação da verdade brilha em todos os lugares e ilumina todos aqueles que querem chegar ao conhecimento da verdade» (Santo Irineu de Lyon)

• «Todos somos chamados a ser escritores vivos do Evangelho,

 portadores da Boa Nova a cada homem e mulher de hoje» (Francisco)

• «Desde a Ascensão, o plano de Deus entrou na sua consumação. Estamos na 'última hora' (1Jn 2,18). “O fim da história chegou para nós e a renovação do mundo já está decidida de forma irrevogável e até de alguma forma real já antecipada neste mundo. A Igreja, de fato, e na terra, caracteriza-se pela verdadeira santidade, ainda que imperfeita” (Concílio Vaticano II). O Reino de Cristo manifesta a sua presença através dos sinais milagrosos (cf. Mc 16,17-18) que acompanham o seu anúncio pela Igreja (cf. Mc 16,20)» (Catecismo da Igreja Católica, no 670.


  

domingo, 24 de abril de 2022

HOMÍLIA II DOMINGO DA PÁSCOA

Domingo da Misericórdia

 I. Introdução

II. Comentário

 Hoje, segundo Domingo da Páscoa, completamos a oitava deste tempo litúrgico, uma das oitavas —juntamente com a do Natal— que a renovação litúrgica do Concílio Vaticano II manteve.

 Durante oito dias, contemplamos o mesmo mistério a aprofundamo-lo à luz do Espírito Santo.

 Por desígnio do Papa João Paulo II, a este Domingo chama-se o Domingo da Divina Misericórdia. Trata-se de algo que vai muito mais além de uma devoção particular.

Como explicou o Santo Padre na sua encíclica Dives in misericordia, a Divina Misericórdia é a manifestação amorosa de Deus em uma história ferida pelo pecado.

A palavra “Misericórdia” tem a sua origem em duas palavras: “Miséria” e “Coração”. Deus coloca a nossa miserável situação devida ao pecado no Seu coração de Pai, que é fiel aos Seus desígnios. Jesus Cristo, morto e

  ressuscitado, é a suprema manifestação e atuação da Divina Misericórdia.

«Tanto amou Deus o mundo, que lhe entregou o seu Filho Unigénito» (Jo 3,16) e entregou-O à morte para que fossemos salvos. «Para redimir o escravo sacrificou o Filho», temos proclamado no Pregão pascal da Vígilia.

E, uma vez ressuscitado, constituiu-O em fonte de salvação para todos os que crêem nele. Pela fé e pela conversão, acolhemos o tesouro da Divina Misericórdia.

A Santa Madre Igreja, que quer que os seus filhos vivam da vida do Ressuscitado, manda que —pelo menos na Páscoa— se comungue na graça de

Deus. A cinquentena pascal é o tempo oportuno para cumprir esta determinação.

É um bom momento para confessar-se, acolhendo o poder de perdoar os pecados que o Senhor ressuscitado conferiu à sua Igreja, já que Ele disse

  aos Apóstolos: «Recebei o Espírito Santo.

Áqueles a quem perdoardes os pecados, ficarão perdoados» (Jo 20,22- 23). Assim iremos ao encontro das fontes da Divina Misericórdia. E não


 hesitemos em levar os nossos amigos a estas fontes de vida: à Eucaristia e à Confissão. Jesus ressuscitado conta conosco.

 III. Atualização

• «E a Vós, Senhor, que vedes claramente, com os vossos olhos, os abismos da consciência humana o que, de mim, Te poderia passar despercebido, mesmo que me recusasse a confessa-lo?» (Santo Agostinho)

• «Muitas vezes pensamos que confessar-nos é como ir à lavandaria. Mas

 Jesus, no confessionário, não é uma lavandaria. A confissão é um encontro com Jesus que nos espera tal qual somos» (Francisco)

• «Cristo age em cada um dos sacramentos. Ele dirige-Se pessoalmente a cada um dos pecadores: “Meu filho, os teus pecados são-te perdoados” (Mc 2, 5); Ele é o médico que Se inclina sobre cada um dos doentes com necessidade d'Ele para os curar: alivia-os e reintegra-os na comunhão fraterna. A confissão pessoal é, pois, a forma mais significativa da reconciliação com Deus e com a Igreja» (Catecismo da Igreja Católica, no 1.484)


 

sábado, 23 de abril de 2022

CAMPANHA DA FRATERNIDADE -2022 IV

A educação católica e a sociedade

Há uma íntima união entre a Igreja e toda a família humana. Isso foi afirmado no Concílio Ecumênico Vaticano II, na Constituição Gaudium Et Spes, afirmando: “As alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos aqueles que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo; e não há realidade alguma verdadeiramente humana que não encontre eco no seu coração.

 Porque a sua comunidade é formada por homens, que, reunidos em Cristo, são guiados pelo Espírito Santo na sua peregrinação em demanda do reino do Pai, e receberam a mensagem da salvação para a comunicar a todos. Por este motivo, a Igreja sente-se real e intimamente ligada ao género humano e à sua história” (GS,1).

Dessas consistentes afirmações podemos extrair diversas importantes conclusões:

 1. Aeducaçãoestáprofundamenteencarnadanahistória;nãoháautêntica educação sem historicidade e quando isso acontece torna-se alienada e alienante;

2. Significa que a Igreja, os discípulos de Jesus Cristo, não formam uma sociedade à parte, mas fazem parte da mesma história na qual vivemos juntos, com outros que não fazem parte da Igreja, mas formamos a

 mesma família humana;

3. Tudo o que a Igreja faz, tem um impacto social: a liturgia tem consequências comunitárias, a doutrina tem uma dimensão social, a educação católica é portadora de uma força transformadora da sociedade;

4. A educação católica reconhecendo que há uma só família humana deve estimular nos educandos a consciência da irmandade universal, da fraternidade e o dever da promoção da experiência da solidariedade e da empatia em todas as circunstâncias;

 5. Aeducaçãocatólicanaescolaounauniversidade,ouemqualqueroutra instituição, não deve se fechar numa redoma, mas estimular internamente a consciência da ação conjunta e da responsabilidade social;

6. A consciência da responsabilidade da educação gera a criatividade na promoção de novas práticas pedagógicas estimulando, assim, um mutirão

 para a transformação interna e da sociedade em vista da transformação do mundo.



Homília do sábado da Oitava da Páscoa.

 I. Introdução

II. Comentário

Homília do sábado da Oitava da Páscoa,

  O evangelista Marcos, no relato que nos apresenta hoje, condensa várias narrativas

 que vemos em Lucas e Mateus.

 O cerne dessa brevíssima mensagem é simples e, ao mesmo tempo, profundamente

 desafiador: é preciso crer que ele próprio, Jesus, ressuscitou e, por causa da sua ressurreição,

 anunciar o Evangelho a toda criatura.

  Ouvistes o que o Senhor disse aos seus discípulos depois da ressurreição:

 enviou-os a pregar o Evangelho, e eles assim fizeram. Escutai: «O seu eco ressoou por

 toda a Terra, e a sua palavra até aos confins do mundo» (Sl 19,5).

 Passo a passo, o Evangelho chegou até nós e até aos confins da Terra. Em

 poucas palavras, o Senhor disse aos seus discípulos, e por eles a todos nós, o que temos

 de fazer e o que devemos esperar: «Quem acreditar e for batizado, será salvo» (Mc

 16,16).

 Ele pede-nos fé e oferece-nos a salvação. É tão precioso o que nos oferece que

 o que nos pede nada é. «Ó Deus, [...] os filhos dos homens refugiam-se sob as tuas asas

 [...], Tu os inebrias no rio das tuas delícias. Em Ti está a fonte da vida» (Sl 35,8s).

 Jesus Cristo é a fonte da vida. Antes de a fonte da vida ter vindo até nós, só

 tínhamos uma salvação humana, uma salvação semelhante à dos animais de que fala

 o salmo: «Tu, Senhor, salvas os homens e os animais» (Sl 35,7). Mas agora a fonte da

 vida veio até nós, a fonte da vida morreu por nós; como poderá recusar-nos a vida Aquele

 que Se ofereceu à morte por nós? Ele é a salvação, e esta salvação não é ineficaz como

 a outra.

 Porquê? Porque não desaparece. O Salvador veio. Ele morreu, mas matou a

 morte; em Si, pôs fim à morte; assumiu-a e matou-a. Onde está agora a morte? Procurai-

 a em Cristo e não a encontrareis. Esteve nele, mas foi morta nele. Ó vida, morte da morte!

 Recuperai a coragem: também em nós ela morrerá. O que foi alcançado na Cabeça

 também será realizado nos membros, e a morte morrerá também em nós.

III.

Atualização

 Tarefas fáceis? Não! Precisamos pedir a Deus que venha em nosso auxílio e nos

 conceda o dom da fé. E precisamos estar abertos à novidade que é o Reino de

 Deus, acolhê-lo em nossas vidas e levá-lo a nossos irmãos e irmãs em toda parte.

 Jesus não nos pede pouco! Afinal, ele entregou a sua própria vida como

 consequência de vocacionado fiel ao Pai.

 A ressurreição de Jesus pode nos credenciar como discípulos-missionários, e nos

 habitar a sermos anunciadores de um novo tempo de paz e prosperidade para

todos.




sexta-feira, 22 de abril de 2022

CAMPANHA DA FRATERNIDADE – 2022 III Educação profissional

A educação nos possibilita a qualificação profissional; não existe profissional que não tenha passado por um processo de educação, de formação, treinamento... A nossa vida profissional tem uma dimensão social, depende da sociedade; a formação profissional é resposta às demandas ou necessidades da sociedade... Enfim, todas as dimensões da pessoa devem ser formadas.

 Uma dimensão sem formação, ou mal-educada, pode levar a pessoa a promover crimes; por isso há crimes na esfera afetiva, na dimensão sexual, profissional, religiosa, na comunicação etc. Todo crime está sempre diretamente relacionado à uma dimensão humana e com forte repercussão social.

Quando a educação prescinde do dinamismo da sociedade, ela engana a pessoa; não a capacita para a vida, aliena, engessa, bitola, aprisiona; por isso, se fala nas famílias de formar para vida; formar homens e formar mulheres!

A sociedade molda a educação, a condiciona e a educação, por sua vez, contribuição para a transformação da sociedade através das ideias, de valores, parâmetros, exigências, critérios, modelos apresentados. Há uma íntima relação entre sociedade e educação. Por tudo isso a educação deve estar a serviço da sociedade!




OITAVA DA PÁSCOA V

Esse ano, a Oitava da Páscoa e o tempo pascal terão um significado especial.

 Depois de dois anos sem poder se reunir em comunidade para celebrar o mistério pascal

 de Cristo, esse ano toda a comunidade pode celebrá-lo.

 Que o Espírito Santo infunda no coração dos fiéis o Espírito Santo da nova

 criação e, de uma vez por todas, possamos ficar livres da Covid-19 e que a paz seja

 restabelecida no mundo, particularmente, na Ucrânia.

 Desejo uma feliz e santa Páscoa para todos e um excelente tempo pascal. Que

 o Espírito Santo nos santifique.



Homília da sexta-feira da Oitava da Páscoa

I. Introdução

II. Comentário

  Hoje, pela terceira vez Jesus aparece aos discípulos desde que ressuscitou.

 Pedro voltava ao seu trabalho de pescador e os outros se encorajam para

 acompanhá-lo.

 É lógico que como ele era pescador antes de seguir a Jesus, o continue sendo

 depois, não obstante haja quem ache estranho que ele não tenha abandonado seu

 honrado trabalho para seguir a Cristo.

 Naquela noite eles não pescaram nada! Quando ao amanhecer Jesus

 aparece, eles não o reconhecem, até que Ele lhes pede algo para comer. Ao dizer-

 lhe que não têm nada, Ele lhes indica onde devem lançar a rede.

 Muito embora os pescadores saibam de todas as coisas, e neste caso

 tinham lutado sem conseguir resultados, eles lhe obedecem. «Oh, poder da

 obediência! — O lago de Genezaré negava seus peixes à rede de Pedro. Uma noite

 inteira em vão. – Agora, obediente, tornou a lançar a rede na água e pescaram (...)

 uma grande quantidade de peixes. Creiam em mim: o milagre se repete a cada

 dia» (São Josemaria Escrivá)

 O evangelista faz notar que eram «cento e cinquenta e três» grandes peixes

 (cf. Jo 21,11) e, embora sendo tantos, as redes não se romperam. São detalhes que

 se deve ter em conta, já que a Redenção foi realizada com obediência responsável

 e em meio às tarefas habituais.

 Todos sabiam «que era o Senhor. Jesus aproximou-se, tomou o pão e deu

 a eles» (cf. Jo 21, 12-13). Fez o mesmo com os peixes. Tanto o alimento espiritual

 como também o alimento material não faltarão, se obedecemos. Ele ensina aos

 seus seguidores mais próximos e nos torna a dizer através de João Paulo II: «No

 início do novo milênio ressoam no nosso coração as palavras com que um dia

 Jesus (...) convidou o Apóstolo a ‘fazer-se ao largo” para a pesca: ‘Duc in altumc’

 (Lc 5,4). Pedro e os primeiros companheiros confiaram na palavra de Cristo e

 ‘pegaram uma grande quantidade de peixes’ (cf. Lc 5, 6). Estas palavras ressoam

 hoje aos nossos ouvidos».

 Pela obediência, como a de Maria, pedimos ao Senhor que continue dando

 frutos apostólicos para toda a Igreja.

  III. Atualização

• «Os apóstolos e todos os discípulos, que ficaram perturbados com a sua morte na cruz e duvidaram da sua ressurreição, foram fortalecidos de tal maneira pela evidência da verdade que, quando o Senhor subiu ao céu, eles não só não experimentaram tristeza, mas encheram-se de

 grande alegria» (São Leão Magno)

 

 • «O Evangelista sublinha que «nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar-Lhe: “Quem és tu?”, porque bem sabiam que era o Senhor» (Jo 21, 12). Está aqui um dado importante para nós: temos de viver num relacionamento intenso com Jesus, numa intimidade tal, feita de diálogo e de vida, que O reconheçamos como “o Senhor”» (Francisco)

• «Muitíssimas vezes, nos evangelhos, aparecem pessoas que se dirigem a Jesus chamando-lhe “Senhor”. Este título exprime o respeito e a confiança dos que se aproximam de Jesus e d'Ele esperam socorro e cura (...). No encontro com Jesus ressuscitado, transforma-se em

adoração: ‘Meu Senhor e meu Deus’ (Jo 20, 28). Assume então uma conotação de amor e afeição, que vai ficar como típica da tradição cristã: ‘E o Senhor!’ (Jo 21, 7)» (Catecismo da Igreja Católica, no 448)



 

quinta-feira, 21 de abril de 2022

Homília da Quinta-feira da Oitava da Páscoa

 I. Introdução

 A paixão e a morte conduziram Jesus à ressurreição. Agora, depois de ter estado em

 Emaús com dois discípulos, o Ressuscitado aparece no local onde os demais discípulos estão

 reunidos.

 Percebemos no texto uma grande mistura de sentimentos, sensações e percepções;

 afinal, o evento que eles estão testemunhando é novidade absoluta. O que vivem não é algo

 que seja de fácil compreensão; é preciso que passos sejam dados e que se volte às Escrituras,

 por exemplo, a fim de que se recolham luzes que clarifiquem essa experiência de encontro

 com aquele que literalmente venceu a morte e retomou a vida.

 A experiência vivida pelos discípulos de Jesus é, de algum modo, a nossa experiência

 diante da ressurreição do Filho de Deus e de muitas realidades que nos desafiam a perceber

 que a vida tem a última palavra. Somos, como diz o final do texto, testemunhas de um novo

 tempo, tempo de graça.

 II. Comentário

 Dou graças a Jesus Cristo, nosso Deus, por nos ter inspirado tal sabedoria.

 Descobri que estáveis unidos numa fé inabalável, pregados de corpo e alma, se assim

 posso dizer, à cruz do Senhor Jesus Cristo, fortalecidos pelo seu sangue no amor,

 inteiramente convencidos de que Nosso Senhor é verdadeiramente «filho de David pela

 carne» (Rom 1,3), filho de Deus pela vontade e o poder divinos; verdadeiramente nascido

 de uma virgem, batizado por João «para cumprir toda a justiça» (Mt 3,15);

 verdadeiramente trespassado por pregos por nós na sua carne por ordem de Pôncio

 Pilatos e do tetrarca Herodes.

 E é ao fruto da cruz, à sua divina e bem-aventurada Paixão, que nós devemos a

 nossa existência. Pois pela sua ressurreição Ele «eleva o seu estandarte» (Is 5,26) sobre

 os séculos vindouros, a fim de escolher os seus santos e os seus fiéis de entre judeus

 e pagãos e os reunir num só corpo, o da sua Igreja (cf Ef 2,16).

 Ele aceitou todos estes sofrimentos por nós, pela nossa salvação. E sofreu

 verdadeiramente, tal como verdadeiramente ressuscitou. E a sua Paixão não foi, como

 afirmam certos descrentes, uma simples aparência. [...] Quanto a mim, sei e acredito

 que, mesmo após a sua ressurreição, Jesus era carne. Quando Se aproximou de Pedro

 e dos seus companheiros, disse-lhes: «Tocai-Me e vede: um espírito não tem carne nem

 ossos». Eles tocaram nele e acreditaram.

 Esta comunhão estreita com a sua carne e o seu espírito ajudou-os a enfrentar a

 morte e a serem mais fortes do que ela. Após a ressurreição, Jesus comeu e bebeu com

 eles, como um ser de carne, quando Se tinha tornado um só espírito com o Pai. Recordo-

 vos estas verdades, bem-amados, sabendo que esta é também a vossa profissão de fé.

 III. Atualização •

 Hoje estamos —de novo— no cenáculo, onde Jesus havia instituído a Eucaristia

durante a Páscoa. Ali mesmo —escondidos por medo aos judeus— reuniam-se

 os Apóstolos e lhes apareceu Jesus Cristo ressuscitado. Deseja-lhes a paz,

 

 •

mostra-lhes o seu Corpo e lembra-lhes que as Escrituras antecipam

profeticamente aqueles fatos. E, o mais importante: faz que sejam

 testemunhos destes acontecimentos.

  Depois da Ascensão, os Apóstolos anunciaram o que haviam visto de primeira

mão. Eles entregaram às seguintes gerações este testemunho. Fizeram-no

 oralmente, quer dizer de viva voz: isso é a Tradição. Mais tarde estas formas

 de ensinar foram postas por escrito, formando o Novo Testamento. Tradição e

 Sagrada escritura formam o caudal de um único “rio” (a Revelação) que

 durante séculos não parou de fluir e influir no coração de muitos homens.

  Espírito Santo, ilumina-me para conhecer e compreender o tesouro da

Revelação, com o que a Igreja me guia e protege a minha consciência.


 

Cartilha de Orientação Política 2022 é inspirada na encíclica Fratelli Tutti

Já é uma tradição no Regional Sul 2 da CNBB a elaboração de cartilhas de orientação política nos anos de eleições. Segundo os arquivos do Regional, desde o ano de 2008, ininterruptamente, foram publicadas cartilhas nos anos eleitorais. Essa foi uma iniciativa que partiu do episcopado paranaense, após um longo debate e discernimento, durante uma assembleia que aconteceu em setembro de 2007.  

Histórico 

Segundo o padre Carlos Alberto Chiquim, secretário executivo do Regional Sul 2 da CNBB na época, a motivação para a produção de uma cartilha regional veio da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e do Conselho Nacional de Leigos (CNLB). O intuito inicial era ajudar os cristãos a discernir para a escolha de bons candidatos. “O foco da reflexão, naquela época, era sobre o dever de escolher bons candidatos, conhecendo sua história e sua proposta de governo e também conscientizar sobre o crime de vender votos”. O sacerdote recorda que uma frase nascida em um encontro do CNLB – Sul 2 ganhou uma repercussão nacional: “voto não tem preço, mas consequência”.  

O então arcebispo de Maringá (PR), hoje emérito, Dom Anuar Battisti, relatou que nessa assembleia os bispos trouxeram em pauta o apelo do povo, que em suas dioceses, pediam uma orientação da Igreja quanto às eleições. Então, acharam por bem, produzir um subsídio regional, no qual fosse oferecida a orientação comum dos bispos para a Igreja do Paraná. 

No ano de 2006, a CNBB já havia publicado o documento 82: “Eleições 2006 – Orientações da CNBB”, no qual incentivava a elaboração de cartilhas em cada realidade. “As presentes orientações também poderão inspirar a elaboração de textos mais breves e cartilhas apropriadas às diversas realidades locais do Brasil”, dizia o texto de apresentação, assinado pelo Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer, então Secretário-Geral da Conferência.  

A primeira Cartilha de Orientação Política do Regional Sul 2 foi publicada em 2008, ano de eleições municipais. O tema da cartilha foi: “Voto não tem preço. Voto tem consequências!”. Desde então, com o intuito de falar sobre política de uma forma simples e didática, essas cartilhas visam ajudar os cidadãos a tomar consciência da importância do compromisso com a democracia. Elas trazem indicações básicas sobre o universo da política, reforçando aquilo que a política tem de positivo, nobre e essencial para a vida em sociedade.  

Dez anos após o lançamento da primeira cartilha, a CNBB decidiu assumir a Cartilha de Orientação Política do Regional Sul 2 em âmbito nacional, apoiando e colaborando na sua elaboração. Em 20 de fevereiro de 2018, padre Mário Spaki, então secretário executivo do Regional Sul 2, hoje bispo de Paranavaí (PR), apresentou o esquema da cartilha na Reunião do Conselho Permanente da CNBB. E durante a 56ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil (Aparecida, abril de 2018), a cartilha foi lançada para todos os bispos. O Regional Sul 2 continuou sendo o responsável pela publicação e distribuição.  
 

Apresentação da Cartilha no Conselho Permanente – 20 de fevereiro de 2018

Característica das cartilhas 

É importante destacar que o subsídio é apartidário, ou seja, ele trata sobre política na sua essência, sem posicionamento partidário ou ideológico. Essa é a posição da Igreja Católica e da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que não se identifica com nenhum partido ou ideologia política, mas é comprometida com a democracia e o bem comum, com o objetivo de que todos tenham condições de viver com dignidade, desde a sua concepção até o seu fim natural.  

Os valores de uma autêntica política, como a busca do bem-comum, que visa garantir vida digna a todos, são comuns também ao Evangelho e a Doutrina Social da Igreja. Sendo assim, como define o Papa Francisco, a política é muito nobre e é uma das mais altas formas de se viver a caridade. Por isso, a Igreja é um espaço aberto para acolher a todos, independente das opções político/partidárias, para um incansável diálogo sempre em vista do bem-comum. CLIQUE AQUI PARA ACESSAR O ARQUIVO DAS ÚLTIMAS CARTILHAS.

Cartilha de Orientação Política 2022: A política melhor 

Neste ano, a Cartilha possui uma característica original, pois está embasada no pensamento do Papa Francisco quanto à política, expresso na sua mais recente encíclica social: “Fratelli Tutti – Sobre a fraternidade e a amizade social”. No documento, o Papa dedica um capítulo inteiro à política, ao qual intitula “A política melhor”.  

“Para se tornar possível o desenvolvimento duma comunidade mundial capaz de realizar a fraternidade a partir de povos e nações que vivam a amizade social, é necessária a política melhor, a política colocada ao serviço do verdadeiro bem comum” (FT, n. 154), escreveu o Papa Francisco.  

A encíclica instiga a romper com aquela visão popular de que a política seja uma coisa suja e maléfica e enxergar o que ela possui de valorosa, nobre e tão necessária para o mundo. Afinal, como questiona o Papa: “poderá o mundo funcionar sem política? Poderá encontrar um caminho eficaz para a fraternidade universal e a paz social sem uma boa política?” (FT, n. 176).  

Para o arcebispo de Londrina (PR) e presidente do Regional Sul 2 da CNBB, Dom Geremias Steinmetz, o maior desafio da Cartilha nesse pleito eleitoral, será aprofundar a consciência de que todos precisam dar a sua contribuição por uma democracia cada vez mais forte e representativa. “Por isso é tão importante eliminar tantos problemas e tantos vícios que atingem as eleições. Por exemplo: as polarizações, a compra e venda de votos, a ideia de que a nossa participação não é importante na política. Todos nós, enquanto sociedade, como cidadãos, temos um importante papel para que o nosso Brasil seja cada vez melhor. Um instrumento importantíssimo para isso tudo é a eleição feita com consciência, transparência e com o objetivo de sermos melhores”, afirmou Dom Geremias. 

Produção da Cartilha 

Para a produção dessa Cartilha de Orientação Política, o Regional Sul 2 contou com uma comissão, composta pela assessoria política da CNBB, por bispos, padres e leigos peritos em várias áreas do conhecimento e da comunicação. Todas as etapas da produção, desde a escolha dos temas e da capa, até a assessoria para os conteúdos e a revisão do texto e diagramação foram acompanhadas por essa equipe.  

A capa da Cartilha foi desenvolvida pelo designer gráfico Hélder de Castro. Ele trabalhou o conceito de que “o altar dos leigos é o mundo” (Cf. Evangelii Gaudium, 102), mostrando pessoas de várias faixas etárias, em diferentes áreas de atuação: política, educação, saúde, comunicação, economia, segurança, agricultura, esportes e vários tipos de trabalho. Além disso, sobre o mapa está a urna eletrônica, que representa a democracia, e uma Bíblia, que representa a dimensão da fé cristã.  

A cor verde, predominante em toda capa, foi escolhida por remeter à esperança e à vida. Além disso, é a cor que representa a natureza e um dos temas propostos na cartilha é a ecologia integral. 

Segundo Dom Geremias, que também acompanhou todo o processo de produção da cartilha, o subsídio é uma contribuição importantíssima para a conscientização a respeito da boa política. “Essa cartilha quer contribuir para que o exercício do voto e da cidadania, realizado especialmente no dia da eleição, seja sempre motivado pelo desejo de darmos a nossa contribuição para um Brasil melhor. Certamente, há muitos pontos que nós precisamos esclarecer para que as pessoas possam sempre mais atingir esse objetivo de serem bons cristãos, que se colocam a serviço da construção de uma sociedade sempre mais justa, fraterna e solidária”, disse Dom Geremias. 

Podcasts: “A política melhor” 

Todos os temas da cartilha serão aprofundados por meio de uma série de podcasts, intitulada: “A política melhor”. Com o apoio da Pascom Brasil, da Signis Brasil e da Rede Católica de Rádio, semanalmente, a partir do dia 28 de abril, serão publicadas entrevistas, nas quais serão aprofundados os temas da Cartilha. No podcast de estreia teremos uma entrevista sobre: “A Igreja Católica e a Política”, com o secretário geral da CNBB, Dom Joel Portella Amado.  

A cartilha estará disponível para a venda a partir do dia 3 de maio no site da CNBB Regional Sul 2: www.cnbbs2.org.br . Ela tem 24 páginas, é colorida, possui imagens, ilustrações e indicações para vídeos, por meio de QR Codes. O conteúdo é apresentado de forma didática, com uma linguagem simples e de fácil compreensão. Ao final de cada um dos três blocos, são propostas duas questões para o diálogo em pequenos grupos. Confira, abaixo, o sumário com os temas da Cartilha.  

OITAVA DA PÁSCOA IV

Esse é o tempo litúrgico mais importante do ano, é a passagem da morte para a vida, Cristo volta de uma vez por todas para a eternidade. De certa maneira, também é a Páscoa da Igreja, porque Cristo é a cabeça, e nós somos os membros.

A Igreja vive por Ele e para Ele. No dia de Pentecostes, a Igreja é introduzida na vida nova do reino de Deus. A Igreja renasce junto com Cristo para uma vida nova e, a partir da sua ressurreição e da vinda do Espírito Santo,

 nasce a Igreja primitiva com os apóstolos e o Espírito Santo guia a Igreja até aos dias de hoje. Esse Espírito Santo é sinal de que Cristo acompanha a sua Igreja.

Vivamos intensamente a Oitava da Páscoa e o tempo pascal, que é um de graça dado por Deus a nós. Participemos desse tempo não deixando de lado aquelas práticas que iniciamos na quaresma, sobretudo, a oração e a meditação da Palavra de Deus e deixemos com que Cristo guie a nossa vida. Que seja um tempo de graça e uma oportunidade de agradecer a Deus por tantos bens que Ele nos concede.




CAMPANHA DA FRATERNIDADE – 2022 II A educação a serviço da sociedade

A educação está a serviço da sociedade. Não se pode pensar na educação sem a sua finalidade social. A educação nos leva a crescer na tomada de consciência da nossa identidade humana. Só existimos na relação com os outros e essa experiência nos leva a tomarmos consciência dos nossos recursos, limitações pessoais e a compartilhar com os semelhantes nossos sentimentos,

 experiências de vida, ideias e sonhos.

Pelo fato de sermos naturalmente sociais, a educação é um recurso a serviço do próprio ser humano para que possa saber viver, saber conviver, saber crer, saber fazer, saber interagir, saber gerir seus sentimentos, saber dialogar, saber discernir, saber tomar decisões, saber administrar seus interesses em harmonia com o dos outros e os parâmetros da sociedade, pois nem tudo é possível.

A educação está a serviço da sociedade porque conduz as pessoas à assimilação de valores, à experiência de virtudes; sem isso é impossível a harmonia social; como seria uma sociedade sem indivíduos virtuosos? Sem a confiança, honestidade, respeito, justiça, fidelidade, amizade, honradez, autenticidade, bondade, prudência, diligência, disciplina, cooperação, paciência, obediência?! Não é possível pensarmos numa sociedade sem virtudes. Portanto, isso significa que a educação tem uma dimensão moral e ética.




quarta-feira, 20 de abril de 2022

SÚPLICAS NA LUTA CONTRA O PODER DAS TREVAS

 1. ACOLHIDA – Cântico ao Espirito Santo.

2. LADAINHA – A seguir com estas palavras, o dirigente dirige-se aos presentes e os convida á oração:

Caríssimos irmãos e irmãs, supliquemos humildemente a misericórdia do Deus todo poderoso para que, movido pela intercessão de todos os Santos, ouça com bondade a voz de sua igreja em favor do nosso irmão (da nossa irmã) N., que é oprimido (a) por grave necessidade.

Senhor, tende piedade de nós.

Senhor, tende piedade de nós.

Cristo, tende piedade de nós.

Cristo, tende piedade de nós.

Senhor, tende piedade de nós.

Senhor, tende piedade de nós.

Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós (ou por ele[a]).

São Miguel, São Gabriel e São Rafael, rogai por nós (ou por ele[a]). Todos os Anjos de Deus, rogai por nós (ou por ele[a]).

Santo Elias, rogai por nós (ou por ele[a]).

São João Batista, rogai por nós (ou por ele[a]).

São José, rogai por nós (ou por ele[a]).

Todos os santos Patriarcas e profetas, rogai por nós (ou por ele[a]). São Pedro e São Paulo, rogai por nós (ou por ele[a]).

Santo André, rogai por nós (ou por ele[a])

São João e São Tiago, rogai por nós (ou por ele[a])

Todos os Santos Apóstolos e Evangelistas, rogai por nós (ou por ele[a]) Santa Maria Madalena, rogai por nós (ou por ele[a])

Todos os santos Mártires, rogai por nós (ou por ele[a])

São Gregório, rogai por nós (ou por ele[a])

Santo Ambrósio, rogai por nós (ou por ele[a])

São Jerônimo, rogai por nós (ou por ele[a])

Santo Agostinho, rogai por nós (ou por ele[a])

São Martinho, rogai por nós (ou por ele[a])

Santo Antão, rogai por nós (ou por ele[a])

São Bento, rogai por nós (ou por ele[a])

São Francisco e São Domingos, rogai por nós (ou por ele[a])

Santo Inácio e São Francisco Xavier, rogai por nós (ou por ele[a])

Santo Antônio de Pádua, rogai por nós (ou por ele[a])

São João Maria Vianney, rogai por nós (ou por ele[a])

Santa Catarina de sena, rogai por nós (ou por ele[a])

Santa Teresa de Jesus, rogai por nós (ou por ele [a])

Todos os Santos e Santas de Deus, rogai por nós (ou por ele[a]) Sede-nos propicio, livrai-nos (ou livrai-o[a], Senhor.

De todo mal, livrai-nos (ou livrai-o[a], Senhor.

De todo pecado, livrai-nos (ou livrai-o[a], Senhor.

Das insidias do demônio, livrai-nos (ou livrai-o[a], Senhor.

Da morte eterna, livrai-nos (ou livrai-o[a], Senhor.

Pela vossa encarnação, livrai-nos (ou livrai-o[a], Senhor.

Pelo vosso santo jejum, livrai-nos (ou livrai-o[a], Senhor.

Pela vossa cruz e paixão, livrai-nos (ou livrai-o[a], Senhor.

Pela vossa morte e sepultura, livrai-nos (ou livrai-o[a], Senhor.

Pela vossa santa ressureição, livrai-nos (ou livrai-o[a], Senhor.

Pela vossa admirável ascensão, livrai-nos (ou livrai-o[a], Senhor. Pela efusão do Espirito, livrai-nos (ou livrai-o[a], Senhor.

Santo Paráclito, livrai-nos (ou livrai-o[a], Senhor.

Cristo, Filho do Deus vivo, tende piedade de nós (ou dele [a])

Vós, que por nós fostes tentado pelo demônio, tende piedade de nós (ou dele [a])

Vós, que libertastes os que estavam atormentados por espíritos imundos, tende piedade de nós (ou dele [a])

Vós que destes aos vossos discípulos o poder sobre os demônios, tende piedade de nós (ou dele [a])

Vós que sentado á direita do Pai intercedeis por nós, tende piedade de nós (ou dele [a])

Vós que vireis julgar os vivos e os mortos, tende piedade de nós (ou dele [a])

Apesar de nossos pecados, nós vos rogamos, ouvi-nos

Para que nos poupeis, nós vos rogamos, ouvi-nos

Para que nos perdoeis, nós vos rogamos, ouvi-nos

Para que vos digneis confortar-nos e conservar-nos em vosso santo serviço, nós vos rogamos, ouvi-nos

Para que eleveis nossas mentes aos desejos celestes, nós vos rogamos, ouvi-nos

Para que a vossa Igreja vos sirva em segurança e liberdade, nós vos rogamos, ouvi-nos

Para que vos digneis dar a todos a paz e a verdadeira concórdia, nós vos rogamos, ouvi-nos

Para que vos digneis atender-nos, nós vos rogamos, ouvi-nos Cristo, ouvi-nos.

Cristo, ouvi-nos.

Cristo, atendei-nos.

Cristo, atendei-nos.

Todos Respondem:

Amém.


3. DEPOIS DA LADAINHA: Todos: Oração Espirito Santo Criador;

Espirito Santo Criador;

assisti, com bondade, a igreja católica, e por vossa força celestial

fotificai-a e confimai-a

contra os ataques dos inimigos;

por vossa caridade e graça,

renovai o espirito de vossa servos, que ungistes,

para que em vós glorifiquem o Pai

e seu filho unigênito,

Jesus Cristo, Senhor nosso.

4. LEITOR(A) 1: SALMO 90 Sob a proteção do Altíssimo

Eis vos dei o poder de pisar sobre serpentes e todas as forças do inimigo (Lc 10,19).

R. Vós sois meu refúgio, ó Senhor!

- Quem habita ao abrigo do Altíssimo e vive á sombra do Senhor onipotente,

diz ao Senhor: “Sois meu refúgio e proteção, sois o meu Deus, no qual confio inteiramente“.

R. Vós sois meu refúgio, ó Senhor!

- Do caçador e do se laço ele te livra. Ele te salva da palavra que destrói. - Com suas assas haverá de proteger-te, com seu escudo e suas armas defender-te.

R. Vós sois meu refúgio, ó Senhor!

- Não temerás terror algum durante a noite nem a flecha disparada em pleno dia;

nem a peste que caminha pelo escuro, nem a desgraça que devasta ao meu-dia.

R. Vós sois meu refúgio, ó Senhor!

- Podem cair muitos milhares a teu lado podem cair até mil á tua direita: nenhum mal há de chegar perto de ti.

R. Vós sois meu refúgio, ó Senhor!


- Os teus olhos haverão de contemplar o castigo infligido aos pecadores; - Pois fizeste do Senhor o te refúgio e no Altíssimo encontraste o te abrigo.

R. Vós sois meu refúgio, ó Senhor!

- Nenhum mal há de chegar perto de ti, nem a desgraça baterá á tua porta;

- Pois o Senhor deu uma ordem a seus anjos para em todos os caminhos te guardarem.

R. Vós sois meu refúgio, ó Senhor!

- Haverão de te levar em suas mãos, para o teu pé não se ferir nalguma pedra.

- Passarás por sobre cobras e serpente, pisarás sobre leões e outras feras.

R. Vós sois meu refúgio, ó Senhor!

- “Porque a mim se confiou, hei de livrá-lo e protegê-lo, pois meu nome ele conhece.

- Ao invocar-me hei de ouvi-lo e atendê-lo, e a seu lado eu estarei em suas dores.

R. Vós sois meu refúgio, ó Senhor!

- Hei de livrá-lo e de gloria coroá-lo, vou conceder-lhe vida longa e dias plenos, e vou mostrar-lhe minha graça e salvação”.

R. Vós sois meu refúgio, ó Senhor!

- Gloria ao Pai e ao Filho e ao Espirito Santo.

- Como era no princípio, agora e sempre Amém.

R. Vós sois meu refúgio, ó Senhor!

5. LEITOR(A) 1: Evangelho – A Cada encontro se ler uma das Opções abaixo.

a) Jo 1, 11,14 b) Mt 4, 1,14

c) Mc 16, 15,18 d) Lc 10, 17,20 e) Lc 11, 14,23

6. ORAÇÕES DOS FIÉIS - Depois das Orações reza o Pai Nosso.

7. O DIRIGENTE REZA A ORAÇÃO - Em nome de Jesus Cristo. Em nome de jesus Cristo, nosso Deus e Senhor;


pela intercessão da Imaculada Virgem Maria,

Mãe de Deus, de São Miguel Arcanjo, dos santos Apóstolos

Pedro e Paulo e de todos os Santos, e confiante na sagrada autoridade Do ministério recebido da Igreja, com segurança

Preparo-me para repelir os ataques da fraude diabólica.


8. Todos Juntos Recitam:

- Eis que Deus se põe de pé, e os inimigos se dispersam! Fogem longe de sua face os que odeiam o Senhor!

- Como a fumaça se dissipa, assim também os dissipais: como a cera se derrete, ao contato com o fogo,

assim pereçam os iníquos ante a face do Senhor!

V. Eis a Cruz do Senhor! Afastai-vos, inimigos da salvação. R. Venceu o Leão da Tribo de Judá, descendente de Davi. V. Senhor, venha sobre nós a vossa misericórdia.

R. Porque em vós nós esperamos.

V. Senhor, ouvi a minha oração.

R. E chegue a vós o meu clamor.


9. E todos, junto com o dirigente, rezam em silencio por uns momentos. A seguir, o dirigente, abrindo os braços diz a oração:

Ó Deus do céu e da terra,

Deus dos Anjos e dos Arcanjos,

Deus dos Apóstolos e dos Mártires,

Deus de todos os Santos e Santas,

Ó Deus que tendes o poder

de dar a vida depois da morte

e o repouso depois do trabalho,

não há outro Deus além de vós,

nem pode haver outro senão somente vós

criador de todas as coisas visíveis e invisíveis,

cujo reino não terá fim.

Humildemente invocamos a majestade da vossa glória, que por vossa força nos livreis

de todo o poder, do engano e do mal dos espíritos infernais e vos digneis guardar-nos e do mal

dos espíritos infernais

e vos digneis guardar-nos sempre incólumes.

Por Cristo, nosso Senhor.


10. ORAÇÃO DE SÃO MIGUEL ARCANJO.

São Miguel Arcanjo,

gloriosíssimo príncipe da milícia celeste,

defendei-nos no combate

contra os principados e as potestades,

contra os dirigentes das trevas deste mundo

e contra os espíritos do mal nos ares,

vinde em auxilio dos seres humanos

que Deus criou á sua imagem e semelhança

e, a grande preço resgatou da tirania do demônio.

A santa igreja vos venera como seu guarda e padroeiro;

o senhor vos entregou as almas das redimidos

para transportá-las á felicidade eterna.

pedi ao Deus da paz

que lance satanás sob os nossos pés,

para que nunca mais consiga aprisionar os seres humanos e prejudicar a igreja.

Levai nossas preces á presença do Altíssimo,

para que logo nos manifestem a bondade do Senhor, e prendais o dragão, a antiga serpente,

que é o demônio e Satanás,

e o lanceis amarrado no abismo,

para que nunca mais seduza as pessoas. Amém.

11.O DIRIGENTE ASPEGE O LUGAR COM ÁGUA BENTA.


12. INVOCAÇÃO Á BEM AVENTURADA VIRGEM MARIA

Á vossa proteção recorremos,

santa Mãe de Deus;

não desprezeis as nossas súplicas

em nossas necessidades,

mas livrai-nos sempre de todos os perigos,

ó Virgem gloriosa e bendita.

Consoladora dos aflitos, rogai por nós.

Auxilio dos Cristãos, rogai por nós.

Permiti que eu vos louve, Virgem santa;

dai-me força contra os vossos inimigos.

Minha mãe, a minha esperança!

Virgem Mãe de Deus, Maria,

intercedei por nossa paz e salvação,

vós, que gerastes o Cristo Senhor

e Salvador de todos.

Maria, Mãe da graça,

Mãe da Misericórdia,

protegei-nos do inimigo

e recebei-me, ó piedosíssima Virgem Maria, em todas as minhas tribulações,

angústias e necessidades

e suplicai ao vosso amado filho

que me conceda a libertação

de todos os males e perigo da alma e do corpo. Lembrei-vos, ó piedosíssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer

que algum daqueles

que recorreram á vossa assistência, reclamaram vosso socorro

fosse por vós desamparado.

Animado (a) eu, pois, com igual confiança,

a vós, Virgem entre todas singular,

como a Mãe recorro;

de vós meu valho

e, gemendo sob o peso de meus pecados,

me prostro aos vossos pés.

Não desprezeis as minhas súplicas,


 ó Mãe do Filho de Deus humanado, mas dignai-vos de as ouvir propicia

e de me alcançar o que vos rogo. Amém

13. Benção Final

DIRIGENTE: O DEUS QUE NOS CHAMOU PARA O AMOR VERDADEIRO NO SEU FILHO, NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, E PARA A MISSÃO DE AMAR A TODOS COM VERDADEIRA CARIDADE, NO ESPIRITO SANTO, NOS ABENÇOE E NOS GUARDE.

EM NOME DO PAI E DO FILHO E DO ESPIRITO SANTO.

TODOS: AMÉM







OITAVA DA PÁSCOA III

A Oitava Pascal, tempo atrás, era um período muito especial, sobretudo, para aqueles que haviam sido batizados na Vigília Pascal. Durante toda a Oitava da Páscoa, aqueles que foram batizados usavam vestes brancas e só tiravam essas vestes no 2o Domingo da Páscoa.

Era o momento para aqueles que foram renascidos para a fé experimentassem a vida nova em Cristo e fossem iniciados nos mistérios da fé. De igual modo, somos convidados a mergulhar nas águas do batismo e ressurgir

 para uma vida nova. É essa a transformação que a Páscoa nos proporciona, renascer para uma vida nova em Cristo.

Dessa forma, a Oitava da Páscoa convida-nos a fazer de cada dia dessa semana uma Páscoa contínua, um tempo de renovar as esperanças e a confiança no Senhor, colocando em suas mãos o nosso destino. É um tempo para que, ressuscitados com Cristo, aprendamos a buscar as coisas que são do alto.