I. Introdução
II. Comentário
Homília do sábado da Oitava da Páscoa,
O evangelista Marcos, no relato que nos apresenta hoje, condensa várias narrativas
que vemos em Lucas e Mateus.
O cerne dessa brevíssima mensagem é simples e, ao mesmo tempo, profundamente
desafiador: é preciso crer que ele próprio, Jesus, ressuscitou e, por causa da sua ressurreição,
anunciar o Evangelho a toda criatura.
Ouvistes o que o Senhor disse aos seus discípulos depois da ressurreição:
enviou-os a pregar o Evangelho, e eles assim fizeram. Escutai: «O seu eco ressoou por
toda a Terra, e a sua palavra até aos confins do mundo» (Sl 19,5).
Passo a passo, o Evangelho chegou até nós e até aos confins da Terra. Em
poucas palavras, o Senhor disse aos seus discípulos, e por eles a todos nós, o que temos
de fazer e o que devemos esperar: «Quem acreditar e for batizado, será salvo» (Mc
16,16).
Ele pede-nos fé e oferece-nos a salvação. É tão precioso o que nos oferece que
o que nos pede nada é. «Ó Deus, [...] os filhos dos homens refugiam-se sob as tuas asas
[...], Tu os inebrias no rio das tuas delícias. Em Ti está a fonte da vida» (Sl 35,8s).
Jesus Cristo é a fonte da vida. Antes de a fonte da vida ter vindo até nós, só
tínhamos uma salvação humana, uma salvação semelhante à dos animais de que fala
o salmo: «Tu, Senhor, salvas os homens e os animais» (Sl 35,7). Mas agora a fonte da
vida veio até nós, a fonte da vida morreu por nós; como poderá recusar-nos a vida Aquele
que Se ofereceu à morte por nós? Ele é a salvação, e esta salvação não é ineficaz como
a outra.
Porquê? Porque não desaparece. O Salvador veio. Ele morreu, mas matou a
morte; em Si, pôs fim à morte; assumiu-a e matou-a. Onde está agora a morte? Procurai-
a em Cristo e não a encontrareis. Esteve nele, mas foi morta nele. Ó vida, morte da morte!
Recuperai a coragem: também em nós ela morrerá. O que foi alcançado na Cabeça
também será realizado nos membros, e a morte morrerá também em nós.
III.
Atualização
Tarefas fáceis? Não! Precisamos pedir a Deus que venha em nosso auxílio e nos
conceda o dom da fé. E precisamos estar abertos à novidade que é o Reino de
Deus, acolhê-lo em nossas vidas e levá-lo a nossos irmãos e irmãs em toda parte.
•
•
•
Jesus não nos pede pouco! Afinal, ele entregou a sua própria vida como
consequência de vocacionado fiel ao Pai.
A ressurreição de Jesus pode nos credenciar como discípulos-missionários, e nos
habitar a sermos anunciadores de um novo tempo de paz e prosperidade para
todos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário