domingo, 8 de agosto de 2021

Homília do 19º DOMINGO DO TEMPO COMUM

I. Introdução

Considerai, Senhor, vossa Aliança e não abandoneis para sempre o vosso povo. Levantai-vos, Senhor, defendei vossa causa e não desprezeis o clamor de quem vos busca (Sl 73,20.19.22s).

Reunimo-nos em torno de Jesus, pão descido do céu. Sempre solidário conosco em nossa jornada, o Senhor nos alimenta com o pão da imortalidade. A Eucaristia é ação de graças que forma em nós um coração de filhos e filhas dispostos a viver no amor. Celebremos em comunhão com os vocacionados à vida em família, em especial com os pais.

II. Comentários

1ª 1 Reis 19,4-8

Os dois livros dos Reis relatam episódios relacionados com o período da monarquia de Israel. Não se preocupam em fazer descrições jornalísticas dos fatos, mas em apontar a ação de Deus na história e em gerar fé nas pessoas que leem o texto. Entre tantos eventos ligados aos reis, há um espaço para o profeta Elias.

Elias percorre o caminho do povo a quem ele serve como profeta e recorda a Aliança de Deus com seu povo. As imagens do deserto, do monte, do alimento e do anjo remetem à experiência do êxodo. Assim como Deus guiou seu povo no passado, guiará igualmente Elias para a continuidade da missão.

2ª Ef 4,30-5,2

autor apresenta as proposições afirmativas (Ef 4,32-5,2). Os fiéis devem ser bons uns com os outros, compassivos, perdoar a quem precisa, imitar a Deus, enfim, amar como Cristo, ofertando a própria vida como oblação. Ocorre nesse último versículo a linguagem cultual para apresentar a maneira de Cristo amar, como uma “oferenda de agradável odor” (v. 2).

O pão que nos sustenta e alimenta pode nos inspirar posturas diferentes para a ação cotidiana. A palavra ouvida, saciada e celebrada deve nos ajudar a ter, uns para com os outros, atitudes e gestos mais condizentes com a escolha da fé.

Evangelho: João 6,41-51

Os conterrâneos de Jesus, em tom de censura, questionavam: “Como pode o filho de José dizer abertamente: ‘Eu desci do céu’?”. Tal afirmação, segundo eles, soava como blasfêmia: que atrevimento era aquele, a ponto de chamar a Deus de Pai? Conheciam a Deus como um juiz distante, ao qual se agradava com a observância dos preceitos da Lei.

Além disso, Jesus oferecia a ressurreição como consequência da adesão a sua pessoa. Como seria isso possível, se eles aceitavam a ressurreição apenas como recompensa pelas boas obras praticadas? Jesus aproveitou o ensejo para reforçar seus ensinamentos, reafirmando: “Quem acredita em mim tem a vida eterna”. 

O debate prossegue, porém, as palavras de Jesus parecem não encontrar boa ressonância naqueles corações endurecidos.

III Atualização

• Jesus, então, adverte-os para que tenham outra postura, diferente da dos antepassados no deserto (Nm 14). Ensina que as pessoas que vão até ele, são atraídas pelo Pai, a quem os judeus chamam de Deus. Jesus ressuscitará esses fiéis no último dia (v. 44). Portanto, quem não acolhe sua mensagem, como os judeus nesse trecho do Evangelho, não está em sintonia com o Pai, não conhece os desígnios divinos.
• A passagem conclui com a afirmação de Jesus de que quem nele crê tem a vida eterna (Jo 3,15.16.36). Jesus é o pão da vida! Os antepassados dos interlocutores dele comeram o maná no deserto e morreram por lá. O maná saciava apenas a matéria, que se deteriora com o tempo. Jesus é um alimento que vem de Deus (desce do céu) para gerar vida eterna em quem dele se aproxima. Ele não apenas dá a vida, mas possui a vida em si mesmo (Jo 1,4; 5,26).
• A Eucaristia dada por Jesus e celebrada por nós é o memorial dessa entrega que culminou na cruz. Cada vez que comungamos do pão “eucaristizado”, estamos acolhendo o dom de sua vida, entregue por amor a cada um de nós. Esse alimento gera a vida eterna em nós e nos conduz à eternidade definitiva para a qual fomos criados.

 

Oração

Ó Jesus, pão vivo que desceu do céu, faze-nos compreender a importância de criar comunhão contigo. Dizias: “Quem comer deste pão viverá para sempre”. Comer do pão celeste é assimilar teus ensinamentos e pôr em prática teus mandamentos. Vem, Senhor, transformar a nossa vida e a vida do mundo. Amém.



 

 

Pe. Edivânio José.

sábado, 7 de agosto de 2021

Homília do Sábado XVIII do Tempo Comum


I. Introdução


A Palavra de Deus põe na nossa frente a reflexão sobre a qualidade de nossa fé e, a maneira como a aprofundamos e, nos lembra aquela atitude do pai de família que se aproxima a Jesus e lhe roga com a profundidade do amor de seu coração.

II. Comentário

Hoje, uma vez mais, Jesus dá a entender que a medida dos milagres é a medida de nossa fé: Eu vos asseguro: se tiverdes fé do tamanho de um grão de mostarda, direis a esta montanha: Vai daqui para lá, e ela irá (Mt 17,20). 

De fato, como fazem notar São Jerônimo e Santo Agostinho, na obra de nossa santidade (algo que claramente supera as nossas forças) se realiza esse deslocar-se o monte. Por tanto, os milagres aí estão e, se não vemos mais é porque não lhe permitimos os fazer por nossa pouca fé.

Ante uma situação desconcertante e para todos incompreensíveis, o ser humano reage de diversas maneiras. A epilepsia era considerada como uma doença incurável e que sofriam as pessoas que se encontravam possuídas por algum espírito maligno.

III Atualização

• O pai daquela criatura expressa seu amor para o filho buscando sua cura integral, e vai a Jesus. Sua ação é mostrada como um verdadeiro ato de fé. Ele se ajoelha ante Jesus e o impreca diretamente com a convicção interior de que sua petição será escutada favoravelmente. 
• A maneira de expressar a demanda mostra, ao mesmo tempo, a aceitação de sua condição e, o reconhecimento da misericórdia daquele que pode sentir compaixão dos outros.
• Aquele pai menciona o fato de que os discípulos não puderam jogar àquele demônio. Esse elemento introduz a instrução de Jesus fazendo notar a pouca fé dos discípulos.

Oração 

Ó Jesus, Filho do Homem, pela transfiguração, revelaste aos apóstolos que a tua vida não caminha para o fracasso, mas para a glória eterna. Revelaste também que és o Filho amado do Pai, a quem devemos sempre escutar. Concede-nos coração receptivo e ouvidos atentos aos teus ensinamentos. Amém.

➢ Pela fé, homens e mulheres de todas as idades, cujos nomes estão escritos no livro da vida, confessaram ao longo dos séculos a beleza de seguir o Senhor.



 

Pe. Edivânio José.

 

sexta-feira, 6 de agosto de 2021

Homília da SEXTA-FEIRA TRANSFIGURAÇÃO DO SENHOR

I. Introdução

O Espírito Santo apareceu na nuvem luminosa, e a voz do Pai se fez ouvir: Este é o meu Filho amado, nele depositei todo o meu amor. Escutai-o (Mt 17,5).

A festa da Transfiguração do Senhor tem sua origem mais remota entre os monges que viviam no deserto. Depois de ser assumida por diversas dioceses e abadias, foi introduzida em Roma em 1457. Nela celebramos o mistério pascal de Jesus, que se deixa ver em sua glória, antes de sofrer a paixão. Acolhamos o Filho amado do Pai em nossa vida e deixemo-nos também transfigurar por ele.

II. Comentário

O episódio da transfiguração do Senhor tornou-se objeto de uma festa litúrgica oriental já no século V. Na Igreja ocidental, esta festa surge pela primeira vez no século X e se difunde com rapidez. Só foi introduzida em toda a Igreja pelo papa Calisto III, em 1456 (6 de agosto). 

Aos três discípulos, entristecidos com o anúncio de sua paixão e morte, Jesus quer mostrar que sua vida não será um fracasso, mas terá um fim vitorioso, a ressurreição. No alto monte, lugar da manifestação divina, Jesus se transfigura diante dos três mais representativos entre os apóstolos. 

Dois representantes de todo o Antigo Testamento (Moisés, a Lei; Elias, os profetas) conversam com Jesus: o Antigo Testamento não tem uma mensagem direta para os cristãos; ela deve passar pelo filtro, isto é, pela interpretação de Jesus.

III. Atualização
• Senhor, obrigado porque sempre nos mantem na fé por meio do serviço de teu Vicário, o Papa. Acompanha-o para que ele nunca se debilite!
• A Transfiguração nos recorda que as alegrias semeadas por Deus na vida não são pontos de chegada, e sim luzes que Ele nos dá na peregrinação terrena para que “Jesus só” seja nossa Lei, e sua Palavra seja o critério, o gozo e a bem-aventurança de nossa existência.

Oração

Ó Jesus, Filho do Homem, pela transfiguração, revelaste aos apóstolos que a tua vida não caminha para o fracasso, mas para a glória eterna. Revelaste também que és o Filho amado do Pai, a quem devemos sempre escutar. Concede-nos coração receptivo e ouvidos atentos aos teus ensinamentos. Amém.

➢ Hoje e todos os dias podemos escutar Jesus. Vai até ao sacrário, faz silêncio, ajoelha-te e vais ouvi-Lo.



 

Pe. Edivânio José.

 

quinta-feira, 5 de agosto de 2021

Homília da Quinta-feira da 18ª semana do Tempo Comum

I. Introdução

Hoje Jesus proclama afortunado a Pedro pela sua acertada declaração de fé: Simão Pedro respondeu: ‘Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo’. Jesus então declarou: ‘Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi carne e sangue quem te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu’ (Mt 16,16-17).

II. Comentário

Nesta saudação Jesus promete a Pedro o primado da sua Igreja; mas pouco depois faz-lhe uma reconvenção por lhe ter manifestado uma ideia demasiado humana e errada do Messias: Então Pedro o chamou de lado e começou a censurá-lo.” 

Deus não permita tal coisa, Senhor! Que isto nunca te aconteça!. Jesus, porém, voltou-se para Pedro e disse: Vai para trás de mim, satanás! Tu estás sendo para mim uma pedra de tropeço, pois não tens em mente as coisas de Deus, e sim, as dos homens! (Mt 16,22-23).

Devemos agradecer aos evangelistas o fato de nos terem apresentado os primeiros discípulos de Jesus tal como eram: não como personagens idealizados, mas como gente de carne e osso, como nós, com as suas virtudes e os seus defeitos; esta circunstância aproxima-os de nós e ajuda-nos a ver que o aperfeiçoamento na vida cristã é um caminho que todos devemos fazer, pois ninguém nasce ensinado.

III. Atualização
• Dado que já sabemos como foi a história, aceitamos que Jesus Cristo tenha sido o Messias sofredor, profetizado por Isaías e tenha entregue a sua vida na cruz. O que mais nos custa aceitar é que tenhamos de manter presente a sua obra a través do mesmo caminho de entrega, renúncia e sacrifício. 
• Imbuídos como estamos numa sociedade que pugna pelo êxito rápido, por aprender sem esforço e de modo divertido, e por conseguir o máximo aproveitamento com o mínimo de trabalho, é fácil acabarmos vendo as coisas mais como os homens do que como Deus. Uma vez recebido o Espírito Santo, Pedro aprendeu por onde passava o caminho que devia seguir e viveu na esperança. 
• As tribulações do mundo estão cheias de penas e vazias de prémio; mas as que se padecem por Deus ficam suavizadas com a esperança de um prémio eterno (Santo Efrén).



 

 

Pe. Edivânio José.

quarta-feira, 4 de agosto de 2021

Homília de SÃO JOÃO MARIA VIANNEY PRESBÍTERO E CONFESSOR


I. Introdução

Eu vos darei pastores segundo o meu coração, que vos conduzam com inteligência e sabedoria (Jr 3,15).

Vianney nasceu na França em 1786 e lá faleceu em 1859. Tendo ingressado no seminário, foi barrado por apresentar dificuldades nos estudos. Seu pároco, porém, encarregou-se de prepará-lo para a vida sacerdotal. Ordenado sacerdote, exerceu seu ministério, na pequena aldeia de Ars, por mais de 40 anos. Dedicava horas no atendimento às confissões. O papa Pio 11 o canonizou e o proclamou “patrono dos párocos”. Esta memória nos convida a sermos atenciosos e solidários com os dirigentes de nossas comunidades.

I. Comentário

O Ser de Deus é o mais verdadeiro: É o eterno, a origem e o fundamento de tudo. E Cristo é a imagem encarnada dessa Verdade, o espelho no qual nós podemos contemplá-la. 

Jesus Cristo não disse “Eu sou o costume”, senão “Eu sou a Verdade” Cristo não sanciona simplesmente o costume: pelo contrário, Ele nos arranca dos costumes (“todos o fazem...", dizemos sempre). 

Ele deseja que os abandonemos e nos exige que procuremos a verdade, o que nos introduz na realidade do Criador, de nosso próprio ser.

Hoje, o Mestre ensina-nos que é muito importante insistir na nossa oração. Como aquela mulher cananeia: parece que Jesus não lhe liga, mas ela insiste com humildade. Talvez, alguma vez, penses que perante Deus és como um “cachorrinho”: não te rendas! reza! pede!

II. Atualização
• Devemos aprender da atitude dessa mulher Cananéia, quer dizer, não judia: Prostra-se diante da Verdade. Que é a verdade? Expressado num tom despectivo, é o que escutou Jesus enquanto o julgavam injustamente. A Cananéia, porém, inclinou-se diante da Verdade não só fisicamente, senão também intelectualmente: “É verdade, Senhor” afirmou.
• Admirável é a fé da mulher cananeia. É Jesus quem o reconhece e proclama em voz alta: “Mulher, é grande a sua fé”. Na verdade, Jesus se havia retirado para essa região estrangeira e pagã a fim de espairecer um pouco, já que tinha tido anteriormente uma desgastante audiência com os doutores da Lei e os fariseus sobre a questão do que é puro ou impuro.
• Ao ouvir os rogos da mulher para libertar sua filha, Jesus parece não querer dar-lhe ouvidos. Seus apóstolos intercedem: “Atende-a”. Pelo diálogo forte entabulado com a mulher, ficamos com a impressão de que Jesus queria testar a qualidade de sua fé. Logo veio a comprovação de que se tratava de fé profunda. Por isso, o milagre se deu em benefício da mãe, atendendo sua súplica, e da filha, libertando-a das forças malignas.



Pe. Edivânio José.

 

terça-feira, 3 de agosto de 2021

Homília da Segunda-feira da 18ª semana do Tempo Comum I.


I. Introdução

Evangelho toca nossos "esquemas mentais"... Por isso, hoje, como nos tempos de Jesus, podem surgir as vozes dos prudentes para sopesar se vale a pena determinado assunto. 

Os discípulos, ao ver que se fazia tarde e, como não sabiam como atender àquelas pessoas reunidas em torno de Jesus, encontraram uma saída honrosa: Que possam ir aos povoados comprar comida! (Mt14,15). 

Não podiam esperar que seu Mestre e Senhor contrariasse esse raciocínio, aparentemente tão prudente, dizendo-lhes: Vós mesmos dai-lhes de comer! (Mt 14,16).

II. Comentários

Um ditado popular diz: Aquele que deixa Deus fora de suas contas, não sabe contar. E é verdade, os discípulos e nós também não sabemos contar, porque nos esquecemos frequentemente, de acrescentar o elemento de maior importância na soma: Deus mesmo entre nós.

Os discípulos fizeram bem as contas; contaram com exatidão o número de pães e peixes, mas ao dividi-los mentalmente entre tanta gente, eles obtinham sempre um zero periódico; por isso optaram pelo realismo prudente: Só temos aqui cinco pães e dois peixes” (Mt 14,17). Não percebem que eles têm a Jesus verdadeiro Deus e verdadeiro homem entre eles!

Seria bom se você e eu, quando confrontados com as dificuldades, antes de darmos uma sentença de morte à ousadia e ao otimismo do espírito cristão, contássemos com Deus. Tomara que possamos dizer como São Francisco, naquela oração genial: Onde houver ódio que eu leve o amor, isto é, onde as contas não baterem, que contemos com Deus.

III. Atualização
• Se destacam os elementos muito próprios da Eucaristia. Primeiro: para instituir a Eucaristia Jesus Cristo escolhe o "pão", porque é como uma imagem da paixão. O pão se supõe que a semente o grão de trigo caiu na terra, "morreu", e que de sua morte cresceu a nova espiga. O pão terrenal pode chegar a ser portador da presença de Cristo porque reúne em si "morte" e "ressurreição".
• Segundo a "bênção". Dizem-nos que Jesus tomou o pão e pronunciou a bênção (e a ação de graças). Não se come sem agradecer a Deus pelo dom que Ele oferece. As palavras da instituição estão neste contexto de oração; nelas, o agradecimento se converte em bênção e transformação: finalmente, Cristo é Ele mesmo o "pão de vida" que nos é oferecido como alimento espiritual.




 

Pe. Edivânio José.

 

segunda-feira, 2 de agosto de 2021

Homília da Segunda-feira da 18ª semana do Tempo Comum


I. Introdução

Evangelho toca nossos "esquemas mentais"... Por isso, hoje, como nos tempos de Jesus, podem surgir as vozes dos prudentes para sopesar se vale a pena determinado assunto. 

Os discípulos, ao ver que se fazia tarde e, como não sabiam como atender àquelas pessoas reunidas em torno de Jesus, encontraram uma saída honrosa: Que possam ir aos povoados comprar comida! (Mt14,15). 

Não podiam esperar que seu Mestre e Senhor contrariasse esse raciocínio, aparentemente tão prudente, dizendo-lhes: Vós mesmos dai-lhes de comer! (Mt 14,16).

II. Comentários

Um ditado popular diz: Aquele que deixa Deus fora de suas contas, não sabe contar. E é verdade, os discípulos e nós também não sabemos contar, porque nos esquecemos frequentemente, de acrescentar o elemento de maior importância na soma: Deus mesmo entre nós.

Os discípulos fizeram bem as contas; contaram com exatidão o número de pães e peixes, mas ao dividi-los mentalmente entre tanta gente, eles obtinham sempre um zero periódico; por isso optaram pelo realismo prudente: Só temos aqui cinco pães e dois peixes” (Mt 14,17). Não percebem que eles têm a Jesus verdadeiro Deus e verdadeiro homem entre eles!

Seria bom se você e eu, quando confrontados com as dificuldades, antes de darmos uma sentença de morte à ousadia e ao otimismo do espírito cristão, contássemos com Deus. Tomara que possamos dizer como São Francisco, naquela oração genial: Onde houver ódio que eu leve o amor, isto é, onde as contas não baterem, que contemos com Deus.

III. Atualização
• Se destacam os elementos muito próprios da Eucaristia. Primeiro: para instituir a Eucaristia Jesus Cristo escolhe o "pão", porque é como uma imagem da paixão. O pão se supõe que a semente o grão de trigo caiu na terra, "morreu", e que de sua morte cresceu a nova espiga. O pão terrenal pode chegar a ser portador da presença de Cristo porque reúne em si "morte" e "ressurreição".
• Segundo a "bênção". Dizem-nos que Jesus tomou o pão e pronunciou a bênção (e a ação de graças). Não se come sem agradecer a Deus pelo dom que Ele oferece. As palavras da instituição estão neste contexto de oração; nelas, o agradecimento se converte em bênção e transformação: finalmente, Cristo é Ele mesmo o "pão de vida" que nos é oferecido como alimento espiritual.


 

Pe. Edivânio José.