quinta-feira, 5 de agosto de 2021

Homília da Quinta-feira da 18ª semana do Tempo Comum

I. Introdução

Hoje Jesus proclama afortunado a Pedro pela sua acertada declaração de fé: Simão Pedro respondeu: ‘Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo’. Jesus então declarou: ‘Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi carne e sangue quem te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu’ (Mt 16,16-17).

II. Comentário

Nesta saudação Jesus promete a Pedro o primado da sua Igreja; mas pouco depois faz-lhe uma reconvenção por lhe ter manifestado uma ideia demasiado humana e errada do Messias: Então Pedro o chamou de lado e começou a censurá-lo.” 

Deus não permita tal coisa, Senhor! Que isto nunca te aconteça!. Jesus, porém, voltou-se para Pedro e disse: Vai para trás de mim, satanás! Tu estás sendo para mim uma pedra de tropeço, pois não tens em mente as coisas de Deus, e sim, as dos homens! (Mt 16,22-23).

Devemos agradecer aos evangelistas o fato de nos terem apresentado os primeiros discípulos de Jesus tal como eram: não como personagens idealizados, mas como gente de carne e osso, como nós, com as suas virtudes e os seus defeitos; esta circunstância aproxima-os de nós e ajuda-nos a ver que o aperfeiçoamento na vida cristã é um caminho que todos devemos fazer, pois ninguém nasce ensinado.

III. Atualização
• Dado que já sabemos como foi a história, aceitamos que Jesus Cristo tenha sido o Messias sofredor, profetizado por Isaías e tenha entregue a sua vida na cruz. O que mais nos custa aceitar é que tenhamos de manter presente a sua obra a través do mesmo caminho de entrega, renúncia e sacrifício. 
• Imbuídos como estamos numa sociedade que pugna pelo êxito rápido, por aprender sem esforço e de modo divertido, e por conseguir o máximo aproveitamento com o mínimo de trabalho, é fácil acabarmos vendo as coisas mais como os homens do que como Deus. Uma vez recebido o Espírito Santo, Pedro aprendeu por onde passava o caminho que devia seguir e viveu na esperança. 
• As tribulações do mundo estão cheias de penas e vazias de prémio; mas as que se padecem por Deus ficam suavizadas com a esperança de um prémio eterno (Santo Efrén).



 

 

Pe. Edivânio José.

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