O Evangelho toca nossos "esquemas mentais"... Por isso, hoje, como nos tempos de Jesus, podem surgir as vozes dos prudentes para sopesar se vale a pena determinado assunto.
Os discípulos, ao ver que se fazia tarde e, como não sabiam como atender àquelas pessoas reunidas em torno de Jesus, encontraram uma saída honrosa: “Que possam ir aos povoados comprar comida!” (Mt14,15).
Não podiam esperar que seu Mestre e Senhor contrariasse esse raciocínio, aparentemente tão prudente, dizendo-lhes: “Vós mesmos dai-lhes de comer!” (Mt 14,16).
Um ditado popular diz: “Aquele que deixa Deus fora de suas contas, não sabe contar”. E é verdade, os discípulos e nós também não sabemos contar, porque nos esquecemos frequentemente, de acrescentar o elemento de maior importância na soma: Deus mesmo entre nós.
Os discípulos fizeram bem as contas; contaram com exatidão o número de pães e peixes, mas ao dividi-los mentalmente entre tanta gente, eles obtinham sempre um zero periódico; por isso optaram pelo realismo prudente: “Só temos aqui cinco pães e dois peixes” (Mt 14,17). Não percebem que eles têm a Jesus verdadeiro Deus e verdadeiro homem entre eles!
Seria bom se você e eu, quando confrontados com as dificuldades, antes de darmos uma sentença de morte à ousadia e ao otimismo do espírito cristão, contássemos com Deus. Tomara que possamos dizer como São Francisco, naquela oração genial: “Onde houver ódio que eu leve o amor”, isto é, onde as contas não baterem, que contemos com Deus.
Pe. Edivânio José.
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