segunda-feira, 2 de agosto de 2021

Homília da Segunda-feira da 18ª semana do Tempo Comum


I. Introdução

Evangelho toca nossos "esquemas mentais"... Por isso, hoje, como nos tempos de Jesus, podem surgir as vozes dos prudentes para sopesar se vale a pena determinado assunto. 

Os discípulos, ao ver que se fazia tarde e, como não sabiam como atender àquelas pessoas reunidas em torno de Jesus, encontraram uma saída honrosa: Que possam ir aos povoados comprar comida! (Mt14,15). 

Não podiam esperar que seu Mestre e Senhor contrariasse esse raciocínio, aparentemente tão prudente, dizendo-lhes: Vós mesmos dai-lhes de comer! (Mt 14,16).

II. Comentários

Um ditado popular diz: Aquele que deixa Deus fora de suas contas, não sabe contar. E é verdade, os discípulos e nós também não sabemos contar, porque nos esquecemos frequentemente, de acrescentar o elemento de maior importância na soma: Deus mesmo entre nós.

Os discípulos fizeram bem as contas; contaram com exatidão o número de pães e peixes, mas ao dividi-los mentalmente entre tanta gente, eles obtinham sempre um zero periódico; por isso optaram pelo realismo prudente: Só temos aqui cinco pães e dois peixes” (Mt 14,17). Não percebem que eles têm a Jesus verdadeiro Deus e verdadeiro homem entre eles!

Seria bom se você e eu, quando confrontados com as dificuldades, antes de darmos uma sentença de morte à ousadia e ao otimismo do espírito cristão, contássemos com Deus. Tomara que possamos dizer como São Francisco, naquela oração genial: Onde houver ódio que eu leve o amor, isto é, onde as contas não baterem, que contemos com Deus.

III. Atualização
• Se destacam os elementos muito próprios da Eucaristia. Primeiro: para instituir a Eucaristia Jesus Cristo escolhe o "pão", porque é como uma imagem da paixão. O pão se supõe que a semente o grão de trigo caiu na terra, "morreu", e que de sua morte cresceu a nova espiga. O pão terrenal pode chegar a ser portador da presença de Cristo porque reúne em si "morte" e "ressurreição".
• Segundo a "bênção". Dizem-nos que Jesus tomou o pão e pronunciou a bênção (e a ação de graças). Não se come sem agradecer a Deus pelo dom que Ele oferece. As palavras da instituição estão neste contexto de oração; nelas, o agradecimento se converte em bênção e transformação: finalmente, Cristo é Ele mesmo o "pão de vida" que nos é oferecido como alimento espiritual.


 

Pe. Edivânio José.

 

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