segunda-feira, 30 de maio de 2022

Meditação da Liturgia diária

Primeira Leitura: At 19,1-8

1. O discípulo que não é batizado no nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo (Sacramento), mas no batismo de João Batista (Conversão), ainda não está Apto para receber os dons do Espírito.

2. A observação do apóstolo Paulo, deve ser também a nossa, se todos os cristãos dentre nós são legitimamente cristãos, ou seja, batizados na Santíssima Trindade, para o bem das almas, pois é a parti daí que somos iniciados numa vida em Deus.

3. A missão primeira da Santa Igreja Católica é de acolher e gerar novos filhos para o Reino de Deus.


Salmo Responsorial

Sl 57(68),2-3.4-5ac.6-7ab

1. Nesta primeira estrofe  o salmista canta a grandeza do Criador sobre todas as suas criaturas principalmente as que se rebelaram contra a Ele, a tal ponto de chama- lós de inimigos, pois diante da sua majestade, a sua face esplendorosa todos se dispersam.

2. A segunda estrofe, é um convite de exortação a permanecermos na justiça diante Dele e cantarmos os seus feitos, a garantia é o júbilo de satisfação e a alegria por ter feito a sua vontade. É Ele o nosso Senhor!

3.  A conclusão afirmativa da terceira estrofe é o que todo filho procura: “ dos órfãos ele é pai, e das viúvas protetor “, jamais seu olhar passará despercebido. Por isso , Ele é abrigo que guarda, libertador que cuida e alimento que sacia fartamente!


Evangelho do Dia Jo 16,39-33

1. Jesus parece-me que fica escandalizado com a declaração dos seus discípulos: “Eis, agora falas claramente e não usas mais parábolas “. Deveria ser uma resposta de fé, mas no conjunto do tempo e acontecimentos, eles foram lentos para ver e ler os sinais. No obstante, a revelação da onisciência de Jesus os faz ver o Divino Nele.

2. A pergunta de Jesus, não é retórica, porém, desconcertante – “ Credes agora”? Jesus diante deles profetiza que será abandonado quando for pego pelo Sinédrio (a paixão), contudo, a certeza de Jesus é que nunca está só, o Pai está sempre com Ele.

3. Que homem é este que logo depois de ter afirmado o abandono, Ele é consolo para os que irão salvar a própria pele? Fico impressionado com a resiliência Dele que não apenas consola, mas se colocar como modelo de coragem e ousadia, para obter vitória sobre o mundo.



Homília da Segunda-feira da 7° da Páscoa

 I. Introdução

Hoje, uns discípulos garantem a Jesus que acreditam que Ele tenha «saído de

 Deus». «Agora acreditais?», diz o Senhor. O Mestre faz esta pergunta com um tom de

 tristeza: Ele sabe que, na hora da verdade, O vão abandonar. E assim sucedeu durante

  Deus ama-nos, embora saiba que por vezes falhamos. Talvez por medo aos

 comentários que possam fazer os nossos companheiros, talvez por cansaço... Jesus, o

  Mestre, já nos advertiu quanto às dificuldades. Mas o seu triunfo, a sua ressurreição,

dá-nos coragem.

  II. Comentário

Hoje os discípulos dizem que Jesus fala abertamente, que entendem a sua

 revelação; creem que chegou sua “hora”. Mas, eles não entendem que revela um Reino

 espiritual, não político como eles sonham. Jesus dissuade-lhes: a sua fé se segura com

 pinças. Profetiza que o abandonarão e o deixarão só com o Pai.

 Deus revelou-se ao seu povo pelos profetas e prometeu-lhes que seu Filho

 coroaria esta revelação. Os patriarcas mantiveram esta esperança. Deus enviou o

 Filho, a sua Palavra, para que a revelação chegasse à sua plenitude. Já não podemos

 esperar mais revelações. As “particulares” não acrescentam nada à revelação básica

 terminada por Jesus e confirmada pelo seu Espírito.

 Pai, nós, te damos graças porque teu filho revela-nos o mistério da tua

 divindade e teu Espírito nos o confirma em Pentecostes. Faz que incorporemos tua

 Vida Trinitária nas nossas vidas. Amém.

 III. Atualização

 • «Durante todo este tempo entre a ressurreição do Senhor e a sua ascensão, a providência de Deus encarregou-se de demonstrar, insinuando-se nos olhos e no coração dos seus, que a ressurreição do Senhor Jesus Cristo foi tão real quanto o seu nascimento, paixão e morte» (São Leão Magno)

• «Aqui nos interessa destacar o segredo da alegria insondável que Jesus traz consigo e que é sua. Se Jesus irradia essa paz, essa segurança, essa alegria, essa disponibilidade, é pelo amor inefável com que se sabe

  amado pelo Pai» (São Paulo VI)

• «(...) A virtude da fortaleza dá capacidade para vencer o medo, mesmo da morte, e enfrentar a provação e as perseguições. Dispõe a ir até à renúncia e ao sacrifício da própria vida, na defesa duma causa justa. (...)

‘No mundo haveis de sofrer tribulações: mas tende coragem! Eu venci o mundo!’ (Jo 16, 33)» (Catecismo da Igreja Católica, no 1.808



 

domingo, 29 de maio de 2022

Domingo da Solenidade da Ascensão do Senhor

I. Introdução

II. Comentário

 Hoje, Ascensão do Senhor, recordamos mais uma vez a "missão que" temos confiada: «Vós sois as testemunhas destas coisas» (Lc 24,48).

  A palavra de Deus continua sendo hoje atualidade viva: «Descerá sobre vós o Espírito Santo e vos dará força (...) e sereis minhas testemunhas» (At 1,8) até os confins do mundo.

A palavra de Deus é exigência de urgente atualidade: «Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura» (Mc 16,15).

Nesta Solenidade ressoa com força o convite de nosso Mestre, que — revestido da nossa humanidade— acabada a sua missão neste mundo, deixa nos para sentar-se à destra do Pai e enviar-nos a força do alto, o Espírito Santo.

Mas eu devo perguntar-me: —o Senhor atua por meio de mim? Quais são os sinais que acompanham a minha testemunha? Algo me recorda os versos de um poeta: «Não podes esperar até que Deus chegue e te diga 'Eu sou'.

Um Deus que declara o seu poder carece de sentido. “Deves saber que

  Deus sopra por meio de ti desde o começo, e se teu peito arde e nada denota então Deus está obrando nele».

E este deve ser o nosso sinal: o fogo que arde em nosso interior, o fogo que —como no profeta Jeremias— não se pode conter: a Palavra viva de Deus.

E precisamos dizer: Povos todos, batei palmas, aclamai a Deus com vozes alegres. Deus subiu por entre aclamações, o SENHOR ao som da trombeta. Cantai hinos a Deus, cantai hinos; cantai hinos ao nosso rei, cantai hinos!» (Sal 47,2.6-7).

O seu reinado está se formando no coração dos povos, em seu coração,

como uma semente pronta para brotar. —Canta, dança para o Senhor. E se não sabe como fazê-lo, ponha a Palavra nos seus lábios até que desça ao seu coração: —Deus, Pai do nosso Senhor Jesus Cristo, me dá espírito de sabedoria e revelação para conhecer-te.

Ilumina os olhos do meu coração para compreender o teu chamado à

 esperança, a riqueza da glória que tendes preparada e a grandeza do teu poder que despregastes com a ressurreição de Cristo. III. Atualização

 

• «Cristo é um só corpo composto de muitos membros. Ele desceu, portanto, do céu, pela sua misericórdia, mas já não subiu Ele só, pois também nós subimos Nele pela graça» (Santo Agostinho)

• «O Senhor dirige o olhar dos Apóstolos – o nosso olhar – para o céu para lhes mostrar como seguir o caminho do bem durante a vida terrena. Podemos ouvir, ver e tocar ao Senhor Jesus na Igreja, especialmente através da palavra e dos sacramentos» (Bento XVI)

• «Nos céus, Cristo exerce permanentemente o seu sacerdócio, sempre vivo

 para interceder a favor daqueles que, por seu intermédio, se aproximam de Deus. Como ‘sumo sacerdote dos bens futuros’ (Heb 9, 11), Ele é o centro e o actor principal da liturgia que honra o Pai que está nos céus» (Catecismo da Igreja Católica, no 662


 

sábado, 28 de maio de 2022

Homília do Sábado da 6° da Páscoa

Introdução

Ele reza por nós diante do Pai. Eu sempre gostei disso.

  Jesus, em sua ressurreição, tinha um belo corpo: as chagas do flagelo,

 dos espinhos, desapareceram, todas elas.

 Os hematomas dos golpes desapareceram. Mas ele sempre quis ter as

 chagas, e as chagas são precisamente sua oração de intercessão ao Pai: 'Mas

 ... olha ... este Te pede em meu nome, olha! Esta é a novidade que Jesus nos

 diz. Ele nos diz esta novidade: confiar em sua paixão, confiar em sua vitória

 sobre a morte, confiar em suas chagas.

 Ele é o sacerdote e este é o sacrifício: suas chagas. E isso nos dá

 confiança, não é? Isso nos dá a coragem de rezar".

 II.

Comentário

 III.

• • •

A nossa relação com o Pai deve ser marcada pela proximidade e confiança. Nosso

 mediador é o próprio Jesus que veio do Pai e para ele retorna.

 Estar unido ao Pai é algo processual, pois, como seres humanos, vamos

 compreendendo e amadurecendo aos poucos. Deus é sempre o mesmo, somos nós quem

 experimentamos muitas fragilidades e, por isso, tornamos nosso relacionamento com Deus

 nem sempre tão pleno.

 Uma vez que nossa fé esteja abrigada de fato em Deus, teremos a liberdade e a

 confiança de pedir a ele o que nos for necessário, e ele nos atenderá.

 E, certamente, aquilo que pedirmos estará em sintonia com a relação estabelecida

 entre nós e ele.

 Atualização

 Hoje já no nos parece estranho ter a Deus como nosso Pai do céu. Mas há 2.000

anos isto foi um descobrimento: Jesus revelou o mistério do Deus Trinitário.

  Mistério grande!: Deus é único (só há um Deus), mas não é um “Ser solitário”.

Com razão Jesus dizia: «Sai do Pai e vou ao Pai».

  Ponha audácia a tué fe: dirija-se a Deus-Pai através de seu Filho. Jesus Cristo

é nosso melhor aliado!



sexta-feira, 27 de maio de 2022

Homília da sexta-feira da 6° da Páscoa

 I. Introdução

II. Comentário

 Hoje nós começamos a Novena do Espírito Santo.

Revivendo o Cenáculo, vemos a Mãe de Jesus, Mãe do Bom Conselho, conversando com os Apóstolos.

  Que diálogo tão cordial e tão pleno! A recordação de todas as alegrias que tiveram ao lado do Mestre, os dias pascoais, a Ascenção e as promessas de Jesus.

Os sofrimentos dos dias da Paixão se converteram em alegrias. Que belíssimo ambiente no Cenáculo! E quanta beleza está sendo preparada, como Jesus lhes prometeu.

Nós sabemos que Maria, Rainha dos Apóstolos, Esposa do Espírito Santo, Mãe da Igreja nascente, nos guia para receber os dons e os frutos do Espírito Santo.

Os dons são como a vela desdobrada de uma embarcação e o vento — que representa a graça— está a seu favor: que rapidez e facilidade no caminho!

O Senhor nos promete também, em nossa rota, converter as fadigas em alegria: «ninguém poderá tirar a vossa alegria» (Jo 16, 22). E no Salmo 126,6: «Quando vai, vai chorando, levando a semente para plantar; mas quando volta, volta alegre, trazendo seus feixes».

Durante toda esta semana, a liturgia nos fala de rejuvenescer, de exultar (pular de alegria), da felicidade segura e eterna.

Tudo nos leva a viver de oração. Como nos diz São Josemaria: «Quero que estejas sempre contente, porque a alegria é parte integrante de teu caminho. — Pede essa mesma alegria sobrenatural para todos».

  O ser humano necessita sorrir para ter boa saúde física e espiritual. O humor sadio ensina a viver. São Paulo nos dirá: «Sabemos que tudo contribui para o bem daqueles que amam a Deus» (Rm 8, 28). Eis aqui uma boa jaculatória: «Tudo é para o bem!»; «Omnia in bonum!» III. Atualização

 • «Enquanto o Senhor nasce, os anjos cantam cheios de gozo. Como não deveria então alegrar-se a pequenez humana perante esta obra indizível


da misericórdia divina, quando, inclusivamente os coros sublimes dos anjos encontravam nela um gozo tão intenso?» (São Leão Magno)

• «A alegria humana pode ser apagada em qualquer momento, perante uma qualquer dificuldade. Mas, esta alegria que o Senhor nos dá, faz-nos regozijarmo-nos na esperança de O encontrar, mesmo nos momentos mais obscuros» (Benedito XVI)

• «(...) Cristo, que tudo assumiu a fim de tudo resgatar, é glorificado pelos

 pedidos que dirigimos ao Pai em seu nome (Cf. Jo 14,13). É com esta certeza que Tiago e Paulo nos exortam a orar em todas as ocasiões» (Catecismo da Igreja Católica, no 2.633)



 

quarta-feira, 25 de maio de 2022

Homília da Quarta-feira da 6° da Páscoa

II.Introdução

Comentário

E o que hoje se nos diz é bem diferente: deixar que Ele nos guie.

  de que com demasiada frequência fazemos as coisas ao contrário.

 «O Espírito da Verdade, vos guiará em toda a verdade» ( Jo 16,13), aquilo que o

  «Tenho ainda muitas coisas a vos dizer» (Jo 16,12). —Não de retenhas, Senhor, em

 dirigir-nos a tua voz para revelar-nos as nossas próprias identidades! Que o teu

 Espírito de Verdade nos leve a reconhecer tudo aquilo de falso que possa haver nas

 nossas vidas e nos faça valentes para emendá-lo.

 III.

• •

Hoje, Senhor, uma vez mais, queres abrir-nos os olhos para que demos conta

 Pai deu a conhecer ao filho.

  curioso!: mais que deixar-nos guiar pelo Espírito (que grande desconhecido em

nossas vidas!), o que fazemos é, seguir a direito, impor-lhe as coisas uma vez que já

 tomamos as decisões.

 Penso, Senhor, em voz alta... Volto a ler o Evangelho de hoje e veem-me à cabeça os

 meninos e meninas que receberam a Confirmação este ano.

 Vejo os que me rodeiam e estou tentado a pensar: —Estão tão verdes! A estes,

 o teu Espírito não os leva nem pela frente nem por detrás; e melhor se deixam guiar

 por tudo e por nada!

 Aos que somos considerados adultos na fé, faz-nos instrumentos eficazes do

 teu Espírito para chegar a ser “contagiadores” da tua verdade; para tentar “guiar-

 acompanhar”, e ajudar a abrir os corações e os ouvidos daqueles que nos rodeiam.

 Atualização

  Que ponha luz nos nossos corações para que reconheçamos, também, aquilo

que de autentico há dentro de nós e que já participa da tua Verdade.

  Que reconhecendo-o saibamos agradecê-lo e vivê-lo com alegria.

Espírito de verdade, abre os nossos corações e as nossas vidas ao Evangelho

 de Cristo: que seja esta a luz que ilumine a nossa vida quotidiana.

  Espírito Defensor, faz-nos fortes para viver a Verdade de Cristo, dando

testemunho a todos.



 

segunda-feira, 23 de maio de 2022

HOMÍLIA DA 6a Semana DA Segunda-feira DA Páscoa


I.Introdução

Isto é bonito e dá alegria, principalmente às próprias mulheres.

Comentários

1. Primeira leitura: Atos 16, 11-15

Para Lucas, ela é o paralelo feminino de Cornélio, é «uma crente em Deus». 2. Evangelho: João 15, 26 - 16, 4a

  II.

   III.

Atualização

A primeira criatura humana a acolher a Palavra foi Maria. Quando a Palavra

 chegou à Europa, foi também uma mulher, Lídia, que, por primeira, a acolheu, com

 outras mulheres.

 A vida cristã é tempo de tentação e tempo de testemunho, tempo de luta e

 tempo de colaboração com o Espírito no testemunho de Cristo Ressuscitado.

 Os judeus eram muito poucos, como denota o facto de não haver sinagoga e o

 costume de se reunirem, no dia de sábado, junto ao rio.

 Paulo parece encontrar lá apenas mulheres. Entre elas, destaca-se Lídia, uma

 rica comerciante de púrpura, que parece ter aderido ao judaísmo, pelo menos como

 ouvinte.

 Jesus viveu entre a animosidade e a perseguição. Que podem esperar os seus

 discípulos, chamados a anunciar a mensagem que O levou à morte? É verdade que nem

 todos recusaram Jesus e a sua palavra.

 Alguns amaram-no por causa do testemunho de João Batista, e por causa do

 testemunho que o próprio Jesus deu de Si mesmo. Por isso, é preciso continuar a

 testemunhar o Senhor, para que aumente o número dos que O amam.

 Nessa tarefa, os discípulos são ajudados pelo testemunho do Espírito de verdade

 que Jesus enviará do Pai.

 E a poderosa ação do Espírito irá manifestar-se exatamente nas perseguições.

 Há que não esquecê-lo, quando chegar a hora.

 Discípulos são considerados inevitáveis. Até se julgam fazerem parte daquela

 intensificação do mal, que preludia o juízo.


 • •

A vida cristã é tempo de tentação e tempo de testemunho, tempo de luta e

 tempo de colaboração com o Espírito no testemunho de Cristo Ressuscitado.

 A realidade de Cristo é tão decisiva para a humanidade e, ao mesmo tempo, tão estranha ao modo comum de pensar, que todo aquele que alinha por Cristo é quase inevitavelmente marginalizado e, por vezes, chega a ser eliminado. A

 história dos mártires mostra claramente essa realidade.