I. Introdução
Hoje, uns discípulos garantem a Jesus que acreditam que Ele tenha «saído de
Deus». «Agora acreditais?», diz o Senhor. O Mestre faz esta pergunta com um tom de
tristeza: Ele sabe que, na hora da verdade, O vão abandonar. E assim sucedeu durante
Deus ama-nos, embora saiba que por vezes falhamos. Talvez por medo aos
comentários que possam fazer os nossos companheiros, talvez por cansaço... Jesus, o
Mestre, já nos advertiu quanto às dificuldades. Mas o seu triunfo, a sua ressurreição,
dá-nos coragem.
II. Comentário
Hoje os discípulos dizem que Jesus fala abertamente, que entendem a sua
revelação; creem que chegou sua “hora”. Mas, eles não entendem que revela um Reino
espiritual, não político como eles sonham. Jesus dissuade-lhes: a sua fé se segura com
pinças. Profetiza que o abandonarão e o deixarão só com o Pai.
Deus revelou-se ao seu povo pelos profetas e prometeu-lhes que seu Filho
coroaria esta revelação. Os patriarcas mantiveram esta esperança. Deus enviou o
Filho, a sua Palavra, para que a revelação chegasse à sua plenitude. Já não podemos
esperar mais revelações. As “particulares” não acrescentam nada à revelação básica
terminada por Jesus e confirmada pelo seu Espírito.
Pai, nós, te damos graças porque teu filho revela-nos o mistério da tua
divindade e teu Espírito nos o confirma em Pentecostes. Faz que incorporemos tua
Vida Trinitária nas nossas vidas. Amém.
III. Atualização
• «Durante todo este tempo entre a ressurreição do Senhor e a sua ascensão, a providência de Deus encarregou-se de demonstrar, insinuando-se nos olhos e no coração dos seus, que a ressurreição do Senhor Jesus Cristo foi tão real quanto o seu nascimento, paixão e morte» (São Leão Magno)
• «Aqui nos interessa destacar o segredo da alegria insondável que Jesus traz consigo e que é sua. Se Jesus irradia essa paz, essa segurança, essa alegria, essa disponibilidade, é pelo amor inefável com que se sabe
amado pelo Pai» (São Paulo VI)
• «(...) A virtude da fortaleza dá capacidade para vencer o medo, mesmo da morte, e enfrentar a provação e as perseguições. Dispõe a ir até à renúncia e ao sacrifício da própria vida, na defesa duma causa justa. (...)
‘No mundo haveis de sofrer tribulações: mas tende coragem! Eu venci o mundo!’ (Jo 16, 33)» (Catecismo da Igreja Católica, no 1.808
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