segunda-feira, 10 de outubro de 2022

ORAÇÃO DE PADRE PIO AOS PÉS DA CRUZ

 Ó meu Jesus, dai-me a vossa força quando a minha pobre natureza se revolta diante dos males que a ameaçam, para que possa aceitar com amor as penas e aflições desta vida de exílio. Uno-me com toda a veemência aos vossos méritos, às vossas dores, à vossa expiação, às vossas lágrimas, para poder trabalhar convosco na obra da salvação. Possa eu ter a força de fugir ao pecado, causa única da vossa agonia, do vosso suor de sangue, e da

 vossa morte.

Afasteis de mim o que vos desagrada, e imprimi no meu coração com o fogo do vosso santo amor todos os vossos sofrimentos. Abraçai-me tão intimamente, em abraço tão forte e tão doce, que nunca eu possa deixar-vos sozinho no meio dos vossos cruéis sofrimentos.

Só desejo um único alívio: repousar sobre o vosso coração. Só desejo uma única coisa: partilhar da vossa Santa Agonia. Possa a minha alma inebriar-se com o vosso Sangue e alimentar-se com o pão da vossa dor!

Amém.



quarta-feira, 28 de setembro de 2022

HOMÍLIA DA QUARTA -FEIRA DO 26° COMUM

I. INTRODUÇÃO

II. COMENTÁRIO

  Hoje, o Evangelho invita-nos a reflexionar, com muita claridade e não com

 menos insistência, sobre o ponto central da nossa fé: o seguimento radical de Jesus.

 «Eu te seguirei aonde quer que tu vás» (Lc 9,57). Com que simplicidade a

 expressão que propõe um cambio total da vida de uma pessoa!: «Segue-me» (Lc 9,59).

 Palavras do Senhor que não admitem desculpas, demoras, condições, nem traições...

  A vida cristã é este seguimento radical de Jesus. Radical, não só porque em

 toda a sua duração quere estar debaixo da guia do Evangelho (porque compreende,

 portanto, todo o tempo da nossa vida), mas sim -sobretudo- porque todos os seus

 aspectos -desde os mais extraordinários até aos mais ordinários- querem ser e hão

 de ser manifestação do Espírito Santo de Jesus Cristo que nos anima.

 nós.

III.

• •

Efetivamente, desde o Batismo, a nossa já não é a vida de uma pessoa

 qualquer: levamos a vida de Cristo inserida em nós! Pelo Espírito Santo derramado

 nos nossos corações, já não somos nós que vivemos, senão que é Cristo que vive em

 Assim é a vida do cristão, é vida cheia de Cristo, ressume Cristo desde as suas

 raízes mais profundas: esta é a vida somos chamados a viver.

 ATUALIZAÇÃO

  O Senhor, quando veio ao mundo, ainda que «todo o gênero humano tinha o

seu lugar, Ele não o teve: não encontrou lugar no meio dos homens (...), só

 numa manjedoura, no meio do gado e dos animais, e ao lado das pessoas mais

 simples e inocentes.

  Por isso disse: As raposas têm tocas e os pássaros do céu têm ninhos; mas o

Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça» (São Jerônimo).

  O Senhor encontrará sitio no meio de nós se como João Batista, deixamos que

Ele cresça e que nós diminuamos, quer dizer, se deixamos crescer a Aquele

 que já vive em nós sendo dúcteis e dóceis ao seu Espírito, a fonte de toda

 humildade e inocência.



 

terça-feira, 27 de setembro de 2022

HOMÍLIA DA TERÇA-FEIRA DO 26° COMUM

 II.Introdução

Hoje, o Evangelho nos oferece dois pontos principais para a reflexão pessoal.

Comentário

  ser levado ao céu, Jesus tomou a decisão de ir a Jerusalém» (Lc 9,51).

   realizando sua vontade redentora.

 III.

• •

Em primeiro lugar, nos diz que «quando se completaram os dias em que ia a

 O verbo que usa são Lucas significa “completar”, “consumar”; Jesus leva a

  plenitude o tempo marcado pelo Padre para completar sua missão salvífica por meio

da crucificação, morte e ressurreição.

 Então ele será glorificado, "levado ao céu". Diante dessa perspectiva, Jesus

 Cristo “tomou a decisão de subir a Jerusalém”, ou seja, a decisão firme de amar o Pai

Jesus morre na cruz dizendo: "Tudo está consumado" (Jo 19,30). O Senhor viveu

 para cumprir a vontade do Pai e manteve essa atitude de fidelidade até a morte.

 Assim devemos viver também, mesmo que experimentemos no caminho que

 nos leva a Deus a oposição ou a rejeição, o desprezo ou a marginalização por ser fiel

 ao Senhor.

 Segundo o Papa Francisco: «O verdadeiro progresso da vida espiritual não

 consiste em multiplicar os êxtases, mas em saber perseverar nos tempos difíceis:

 caminhar, caminhar, caminhar; se estiver cansado, pare um pouco e volte a andar,

 com perseverança.

  Atualização

 Em segundo lugar, diante da rejeição dos Os samaritanos, Tiago e João querem

fazer descer fogo do céu (cf. Lc 9,54).

  O Senhor os repreende por seu zelo indiscreto. Devemos nos lembrar da

paciência que Deus tem conosco, e ser pacientes com nossos irmãos em seu

 caminho para Deus, mesmo que eles não respondam imediatamente à sua

 graça.

  Deus quer que todos os homens sejam salvos e deu seu único Filho na cruz

por todos. Deus esgota todas as possibilidades de se aproximar de cada

 homem e espera com divina paciência o momento em que cada coração se

 abre à sua Misericórdia.



 

segunda-feira, 26 de setembro de 2022

HOMÍLIA DA Segunda-feira do 26° Comum

I. Introdução

II. Comentário

  uma discussão sobre qual deles seria o maior» (Lc 9,46).

 Cada dia os meios de comunicação e também nossas conversas estão cheias

 de comentários sobre a importância das pessoas: dos outros e de nós mesmos.

   Esta lógica só humana produz, frequentemente, desejo de vitória, de ser

reconhecido, apreciado, correspondido, e a falta de paz, quando estes

 reconhecimentos não chegam.

 A resposta de Jesus a estes pensamentos -até mesmo comentários- dos

 discípulos, lembra o estilo dos antigos profetas. Antes das palavras estão os gestos.

 Jesus «pegou uma criança, colocou-a perto de si» (Lc 9,47).

 Depois vem o ensinamento: «aquele que entre todos vós for o menor, esse é

 o maior» (Lc 9,48). -Jesus, por que custa tanto aceitar que isto não é uma utopia para

 as pessoas que não estão implicadas no tráfico de uma tarefa intensa, na qual não

 faltam os golpes de uns contra os outros, e que, com a tua graça, podemos vivê-lo

 todos? Se o fizéssemos, teríamos mais paz interior e trabalharíamos com mais

 serenidade e alegria.

 III.

• •

Hoje, caminho de Jerusalém em direção à paixão, «surgiu entre os discípulos

 Esta atitude é também a fonte da onde brota a alegria, ao ver que outros

 trabalham bem por Deus, com um estilo diferente do nosso, mas sempre assumindo

 o nome de Jesus. Os discípulos queriam impedi-lo.

 Em troca, o Mestre defende aquelas outras pessoas. Novamente, o fato de

 sentir-nos filhos pequenos de Deus facilita-nos a ter o coração aberto para todos e

 crescer na paz, na alegria e na gratidão.

 Atualização

  Estes ensinamentos valeram à Santa Teresinha de Lisieux o titulo de Doutora

da Igreja: em seu livro História de uma alma, ela admira o belo jardim de flores

 que é a Igreja, e está contenta de perceber-se uma pequena flor.

  Ao lado dos grandes santos -rosas e açucenas- estão as pequenas flores -como

as margaridas ou as violetas- destinadas a dar prazer aos olhos de Deus,

 quando Ele dirige o seu olhar à terra.



 

sexta-feira, 23 de setembro de 2022

HOMÍLIA DA SEXTA-FEIRA DA 25° COMUM

Introdução

 Hoje, no Evangelho, há dois interrogantes que o mesmo Maestro formula a todos.

   como resolvem a questão os outros: os vizinhos, os colegas de trabalho, os amigos,

 os familiares mais próximos.

 •

Comentário

  depende dos casos- de algumas dessas respostas que formulam quem têm relação

 conosco e com nosso âmbito, as pessoas.

 E a resposta diz-nos muito, informa-nos, situa-nos e faz que tomemos

 consciência daquilo que desejam, precisam, buscam os que vivem ao nosso lado.

 Ajuda-nos a sintonizar, a descobrir com o outro, um ponto de encontro para ir além.

 Há uma segunda interrogação que pede por nós: «E vós, quem dizeis que eu

 sou?» (Lc 9,20).

 É uma questão fundamental que chama à porta, que mendiga a cada um de

 nós: uma adesão ou uma rejeição; uma veneração ou uma indiferença; caminhar com

 Ele e Nele ou finalizar numa aproximação de simples simpatia.

 Esta questão é delicada, é determinante porque nos afeta. Que dizem nossos

 lábios e nossas atitudes? Queremos ser fiéis àquele que é e dá sentido ao nosso ser?

 Há em nós uma sincera disposição a segui-lo nos caminhos da vida? Estamos

 dispostos a acompanhá-lo à Jerusalém da cruz e da glória?

 III.

• • •

Atualização

O primeiro interrogante pede uma resposta estatística, aproximada: «Quem

 dizem as multidões que eu sou?» (Lc 9,18). Faz que giremos ao redor e contemplemos

Olhamos o entorno e sentimo-nos mais ou menos responsáveis ou próximos -

«É um caminho de cruz e ressurreição (...). A cruz é exaltação de Cristo.

  Disse-o Ele mesmo: Quando seja levantado, atrairei a todos para mim. (...)

A cruz, pois, é glória e exaltação de Cristo» (São André de Creta).

  Dispostos para avançar para Jerusalém? Somente com Ele e Nele, verdade




quarta-feira, 21 de setembro de 2022

HOMÍLIA DA QUARTA-FEIRA DO 20° COMUM

I Introdução

Comentário

  conta no seu Evangelho sobre a sua conversão.

    Com Mateus chega ao grupo dos Doze um homem totalmente diferente

dos outros apóstolos, tanto pela sua formação como pela sua posição social e

 riqueza.

 Seu pai lhe fez estudar economia para poder fixar o preço do trigo e do

 vinho, dos peixes que seriam trazidos por Pedro e André e os filhos de Zebedeu e

 o das pérolas preciosas das quais fala o Evangelho.

Seu ofício, de coletor de

  impostos, era mal visto.

 Aqueles que o exerciam eram considerados publicanos e pecadores. Estava

 ao serviço do rei Herodes, senhor da Galiléia, um rei detestado pelo seu povo e

 que o Novo Testamento nos apresenta como um adúltero, o assassino de João

 Batista e aquele que escarneceu Jesus a Sexta Feira Santa.

 O que pensaria Mateus quando ia render contas ao Rei Herodes? A

 conversão de Mateus devia supor uma verdadeira liberação, como o demonstra o

 banquete ao que convidou os publicanos e pecadores. Foi a sua maneira de

 demonstrar agradecimento ao Mestre por ter podido sair de uma situação

 miserável e encontrar a verdadeira felicidade.

 III.

• •

Hoje celebramos a festa do apóstolo e evangelista São Mateus. Ele mesmo nos

Estava sentado na coletoria de impostos e Jesus o convidou a segui-lo. Mateus

 -diz o Evangelho- «se levantou e seguiu-o» (Mt 9,9).

Atualização

  São Beda o Venerável, comentando a conversão de Mateus, escreve: «A

conversão de um coletor de impostos dá exemplo de penitência e de

 indulgência a outros coletores de impostos e pecadores (...).

  No primeiro instante da sua conversão, atrai até Ele, que é como dizer até

a salvação, a um grupo inteiro de pecadores».

  Na sua conversão se faz presente a misericórdia de Deus como se

manifesta nas palavras de Jesus frente à crítica dos fariseus: «Misericórdia

 eu quero, não sacrifícios. De fato, não é a justos que vim chamar, mas a

 pecadores» (Mt 9,13).



 

terça-feira, 20 de setembro de 2022

HOMÍLIA DA TERÇA-FEIRA DO 25° COMUM


«Só no Verbo que se fez carne, cujo amor se cumpre na cruz, a obediência é perfeita» (Benedito XVI).

«Pela fé, o homem submete completamente a Deus a inteligência e a vontade; com todo o seu ser, o homem dá assentimento a Deus revelador. A Sagrada Escritura chama «obediência da fé» a esta resposta do homem a Deus revelador (cf. Rom 1,5)» (Catecismo da Igreja Católica, no 143).

III. Atualização

• •

Hoje, lemos uma formosa passagem do Evangelho. Jesus não ofende, de modo

 algum, a Sua Mãe, já que Ela é a primeira a escutar a Palavra de Deus e dela nasce

 Aquele que é a Palavra.

  E, simultaneamente, Ela é a que mais perfeitamente cumpriu a vontade de

Deus: Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra (Lc 1,38),

 responde ao anjo na Anunciação.

   Jesus revela-nos de que precisamos, também nós, para chegar a ser seus

familiares: Aqueles que ouvem...(Lc 8,21) e, para ouvir é necessário que nos

 aproximemos, tal como os seus familiares, que chegaram até onde Ele estava,

 mas não podiam aproximar-se por causa da multidão.

  Os familiares esforçam-se por se aproximar, seria conveniente que nos

perguntássemos se lutamos e procuramos vencer os obstáculos que

 encontramos na hora de nos aproximarmos da Palavra de Deus.

  Dedico, todos os dias, uns minutos a ler, escutar e meditar a Sagrada Escritura?

S. Tomás de Aquino recorda-nos que: é necessário que meditemos

 continuamente a Palavra de Deus(...) ; esta meditação ajuda fortemente na luta

 contra o pecado.