terça-feira, 10 de maio de 2022

HOMÍLIA DA TERÇA-FEIRA DA 4° DA PÁSCOA

I. Introdução

II. Comentário

   outros que a sacrifiquem.

 Há uma dimensão da experiência cristã que talvez deixemos um pouco

 encoberta: a dimensão espiritual e afetiva.

  A relação que se estabelece entre Jesus e seus discípulos é comparada à ligação que

 conecta o pastor e as ovelhas pelas quais ele – o pastor – é responsável. Como já foi

 mencionado anteriormente, talvez para nós, hoje, a relação pastor-ovelha não diga muito;

 contudo, podemos extrair dela o ensinamento proposto.

 Os judeus querem uma certeza ou uma prova definitiva de quem é Jesus; essa prova,

 porém, já foi dada por meio das palavras e atitudes assumidas por Jesus ao longo de sua vida.

 Poderíamos mencionar aqui que há, da parte dos judeus, cegueira e surdez que os impedem

 de ver e ouvir com boa vontade e abertura aquilo que está sendo dito.

 III.

• • •

Jesus, bom pastor e porta das ovelhas, é um chefe cuja autoridade se

 expressa no serviço, um chefe que para comandar doa a vida e não pede a

Os judeus tinham um caminho consolidado e era difícil para eles admitir uma postura

 completamente nova. A forma como os judeus se relacionaram com Jesus pode nos ajudar a

 refletir sobre quão aberto está o nosso coração para acolher a voz do Pastor.

 Atualização

 Por vezes racionalizamos demasiado a fé e arriscamos perder a

 percepção do timbre daquela voz, da voz de Jesus bom pastor, que

 estimula e fascina.

 Para Ele nunca somos desconhecidos, mas amigos e irmãos. Contudo,

 nem sempre é fácil distinguir a voz do bom pastor. Estai atentos. Há

 sempre o risco de se distrair com o barulho de tantas vozes.

 Hoje somos convidados a não nos deixarmos distrair pelas falsas

 sabedorias deste mundo, mas a seguir Jesus, o Ressuscitado, como

 única guia segura que dá sentido à nossa vida.





segunda-feira, 9 de maio de 2022

HOMÍLIA da segunda-feira da 4° do tempo da páscoa

I. Introdução

Os discípulos devem estar alertas. De todos os lados,

   surgem pressões, visando afastá-los do projeto de Jesus.

 Quem não está atento, corre o risco de ser enganado. O pastor das ovelhas age de maneira muito diferente dos salteadores e ladrões.

 II. Comentário

Cada um é reconhecido por seu modo de proceder. O pastor tem com as ovelhas um relacionamento feito de

   confiança e amizade.

 A intimidade permite que se conheçam mutuamente. As ovelhas conhecem-no pela voz. Ele as chama pelo nome. Cada ovelha tem um valor particular.

Elas são levadas para pastar, sob a atenta vigilância do pastor, que lhes dá segurança e as defende.

 Esta é a imagem do relacionamento de Jesus com seus discípulos.

Contrariamente ao pastor, agem os estranhos que não nutrem um autêntico interesse pelas ovelhas. Atuando com


 engodo, podem colocá-las em perigo. Sua única preocupação consiste em tirar proveito de sua ingenuidade, abandonando-as quando não se prestam às suas perversas intenções.

A atitude natural das ovelhas é fugir, quando se aproxima um estranho, cuja voz não conhecem.

 III. Atualização

• Elas sabem que estão correndo perigo. Contudo, são suficientemente espertas para não se deixarem levar por quem é ladrão e salteador.

• O discípulo de Jesus não se deixa enganar.

• Ele sabe distinguir muito bem entre o pastor e os ladrões e

 salteadores. Por isso, não hesita em fugir, quando estes se aproximam.



domingo, 8 de maio de 2022

DIA DAS MÃES I

Celebramos no próximo dia 8 de maio, segundo domingo de maio, o Dia das Mães aqui no Brasil e em algumas partes do mundo. O Dia das Mães aqui no Brasil ocorre no mês de maio, que é o mês mariano por excelência e quando celebramos a memória de Nossa Senhora de Fátima.

Maria é o exemplo de Mãe para todas as mães e, para nós, é importante que o Dia das Mães ocorra neste mês. Todas as mães devem se espelhar no exemplo de Maria como esposa e mãe que em tudo fez a vontade de Deus.

Atualmente, há muita inversão de valores, seja pela própria crise ideológica em que não querem mais festejar esse dia, seja porque, os filhos não

 respeitam as suas mães, não cuidam delas na velhice e acabam esquecendo de quem os colocou no mundo.

Não devemos apenas nos lembrar das mães no Dia das Mães, mas durante todos os dias do ano. Não é somente nesse dia que devemos presentear as nossas mães, mas devemos nos fazer presentes todos os dias na vida delas.



HOMÍLIA do DOMINGO do 4o DA PÁSCOA

(branco, glória, creio – 4a semana do saltério) I. Introdução

A terra está repleta do amor de Deus; por sua palavra foram feitos os céus,

     aleluia! (Sl 32,5s)

 Somos convidados pelo Bom Pastor a fazer parte do seu rebanho e aprender dele o jeito de ser Igreja. Ele nos conduz às fontes da vida, e suas palavras nos dão segurança: nada pode nos arrebatar de suas mãos.

Neste dia de oração pelas vocações presbiterais e religiosas, celebremos também em comunhão com todas as mães, vivas e falecidas.

 II. Comentário

O quarto domingo da Páscoa é conhecido como o “domingo do Bom Pastor”. Nos três anos do ciclo litúrgico, é lida uma passagem do capítulo 10 do Evangelho de

   João.

 O capítulo do Bom Pastor é um alerta sobre os maus pastores do tempo da comunidade joanina e ao longo da história da humanidade.

Se há “bons pastores”, isso é sinal de que há também “maus pastores”. É importante distinguir o “bom pastor” do “mau pastor”. O texto de hoje apresenta algumas características do “bom pastor”: ele conhece seus seguidores, é capaz de doar a própria vida em favor deles, tem cuidado especial com cada um em particular.

Diante desse cuidado todo do “bom pastor”, seus seguidores escutam sua voz e seguem suas pegadas. Ouvir a voz do Mestre e seguir seus passos significa aderir a

 ele não apenas com palavras, mas principalmente no compromisso do dia a dia.

É importante se deixar conduzir pela voz do Mestre, pois ele sempre propõe a defesa da vida. Jesus, novo templo, revela a presença do próprio Pai, “eu e o Pai somos um”. O Pai está presente e se manifesta em Jesus, e, através dele, realiza sua obra.


 Jesus e seu Pai revelam perfeita unidade. A exemplo de Jesus, a vida de cada cristão deveria revelar a presença de Deus.

 III. Atualização

• «”Se alguém entrar por Mim, será salvo", poderá entrar e sair e encontrará pastagem abundante. De facto, entrará, efetivamente, abrindo-se à fé; sairá ao passar da fé à visão e à contemplação, e encontrará pasto abundante no banquete eterno» (São Gregório

 Magno)

• «Esta é precisamente a grande diferença entre o verdadeiro pastor e o ladrão: para o ladrão, para os ideólogos e ditadores, as pessoas são apenas coisas que se podem possuir. Mas para o verdadeiro pastor, pelo contrário, eles são seres livres com o objetivo de alcançar a verdade e o amor» (Benedito XVI)

• «A participação na celebração comum da Eucaristia dominical é um testemunho de pertença e fidelidade a Cristo e à sua Igreja. Os fiéis atestam desse modo a sua comunhão na fé e na caridade. Juntos, dão testemunho da santidade de Deus e da sua esperança na salvação. E reconfortam-se mutuamente, sob a ação do Espírito Santo» (Catecismo da Igreja Católica, no 2.182



  

Mês de Nossa Senhora


A Igreja afirma, e isto faz parte de nossa fé, que a Virgem Maria é o exemplo mais perfeito dessa resposta. Ela é exemplo de acolhimento da Palavra de Deus e de disponibilidade inteira à missão que a Palavra convoca.

Ao acolher a Palavra ela se torna morada da graça, templo do Espírito, tabernáculo da força do Altíssimo. Em Maria, dá-se o perfeito encontro entre proposta divina e resposta humana, como nos recordou o Papa emérito Bento XVI, na Exortação XVI, Exort. Apost. Verbum Domini, 27). apostólica pós-sinodal

MÊS DE NOSSA SENHORA III

Verbum Domini

 é necessário olhar para uma pessoa em Quem a reciprocidade entre Palavra

 de Deus e fé foi perfeita, ou seja, para a Virgem Maria, que, com o seu sim à Palavra da

 Aliança e à sua missão, realiza perfeitamente a vocação divina da humanidade” (Bento



 


 

sábado, 7 de maio de 2022

HOMÍLIA DO SÁBADO DA 3°SEMANA DA PÁSCOA

I. Introdução

II. COMENTÁRIO

  Hoje, Simão Pedro faz um gesto admirável com Jesus. Quase todo aquele grupo

 de judeus O abandona porque lhes parecem duras as suas palavras. O Senhor fica

 sozinho. Até pergunta aos seus doze Apóstolos: «Quereis vós também retirar-vos?».

 Com Simão Pedro dizemos a Jesus: - Senhor, a mim às vezes custa-me entender

 as tuas palavras, mas eu confio em Ti. Porque, se não fosse a Ti, a quem iria eu? Tu és

 o Santo de Deus.

  Hoje acabamos de ler no Evangelho o discurso de Jesus sobre o Pão de Vida,

 que é Ele mesmo que se dará a nós como alimento para as nossas almas e para a

 nossa vida cristã. Como costuma acontecer, contemplamos duas reações bem

 diferentes, por parte de quem lhe escuta.

 Para alguns, a sua linguagem é muito dura, incompreensível para a sua

 mentalidade obtusa à Palavra salvadora do Senhor, São João diz – com uma certa

 tristeza- que «A partir daquele momento, muitos discípulos o abandonaram e não

 mais andavam com ele» (Jo 6,66). E o mesmo evangelista dá-nos uma pista para

 entender a atitude destas pessoas: não acreditavam, não estavam dispostas a aceitar

 os ensinamentos de Jesus, frequentemente incompreensíveis para eles.

 Por outro lado, vemos a reação dos Apóstolos, representada por Pedro: «A

 quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna. Nós cremos» (Jo 6,68-69). Não

 é que os doze sejam mais inteligentes que os outros, nem tampouco melhores, nem

 sequer mais expertos em temas de Bíblia; sim que são mais simples, mais confiados,

 mais abertos ao Espírito, mais dóceis. Surpreendemos-lhes de quando em quando

 nas páginas dos evangelhos, equivocando-se, não entendem a Jesus, discutem sobre

 qual de eles é mais importante, corrigem o Mestre quando lhes anuncia a sua paixão;

 mas sempre os encontramos ao seu lado, fieis. O seu segredo: amavam-lhe de

 verdade.

 Santo Agostinho o expressa assim: «Não deixam sinais na alma os bons

 costumes, senão os bons amores (...). Isto é em verdade o amor: obedecer e crer a

 quem amamos». À luz deste Evangelho podemos perguntar-nos: onde tenho posto o

 meu amor? Que fé e que obediência tenho no Senhor e no que a Igreja ensina? Que

 docilidade, simplicidade e confiança vivo com as coisas de Deus?

  III. ATUALIZAÇÃO

Hoje contemplamos à Eucaristia como o grande encontro permanente de Deus

 com os homens, onde o Senhor entrega-se como "carne" para que —Nele— nos

 transformemos em "espírito". Ele, através da Cruz, se transformou em uma nova forma

 de humanidade que se compenetra com a natureza de Deus; paralelamente, a

 Eucaristia deve ser para nós um passo através da Cruz e, uma antecipação da nova

 vida em Deus e, com Deus.

 No fim do discurso, onde se anuncia a encarnação de Jesus e, o comer e beber

 a Carne e o Sangue do Senhor, Jesus Cristo conclui dizendo que «o Espirito é que dá

 a vida». Isso nos lembra das palavras de são Paulo: «O primeiro homem, Adão, foi “um

 

ser natural, dotado de vida”; o último Adão é um ser espiritual e que dá vida» (1

 Cor15,45)

 Somente através da Cruz e da transformação que esta produz nos faz acessível

 essa “Carne”, arrastando-nos também a nós no processo de dita transformação.



 

MÊS DE NOSSA SENHORA II

O mês de maio é dedicado a Nossa Senhora. É uma oportunidade para evangelização e para a reflexão sobre o princípio Mariano de nossa fé.

 Ao meditarmos como a Palavra de Deus nos apresenta a figura e o papel da Virgem Maria na obra da redenção e na história da salvação, podemos ver que a nossa fé se ilumina pelas atitudes Marianas.

Às demonstrações de afeto filial, de verdadeira devoção, de ternura para com a Mãe do Senhor, devemos juntar nossa convicção de fé em relação ao exemplo eminente  da Virgem Maria. Seremos cristãos se estamos atentos ao que a graça de Deus realizadas nas  pessoas que acolhem a proposta divina. 

De fato, este é o princípio que norteia a nossa fé: Deus vem ao nosso encontro, propõe algo para nós, isto é, Ele mesmo se dá a nós, Ele nos fala e nós somos convidados a dar uma resposta.

Podemos dizer, com base na reflexão teológica atual, que o ser humano foi criado para dar reposta ao Deus que vem ao seu encontro. Existimos para o encontro pessoal, não com uma coisa, uma realidade abstrata, sem nome, não com um “deus-spray”, como recordou o Papa Francisco, mas com um “acontecimento, com uma

Pessoa” (Bento XVI, carta Encíclica Deus é amor, 1), que nos interpela à comunhão de vida, que nos chama à santidade, isto é, a uma relação com Ele.