terça-feira, 19 de abril de 2022

59ª ASSEMBLEIA GERAL DA CNBB TEM INÍCIO NA PRÓXIMA SEGUNDA-FEIRA COM ETAPA VIRTUAL

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) abre, na próxima segunda-feira, 25, a sua 59ª Assembleia Geral, com a primeira etapa do encontro, no formato virtual. Assim como no ano passado, serão cinco dias de trabalho por meio da plataforma Zoom. E entre os dias 29 de agosto e 2 de setembro, será realizada a segunda etapa, de forma presencial, em Aparecida (SP).

Foi definido como tema central da assembleia “Igreja Sinodal – Comunhão, Participação e Missão”, em sintonia com o processo do Sínodo 2021-2023, convocado pelo Papa Francisco.

O encontro terá seis temas prioritários, entre eles o relatório anual do Presidente, o informe econômico e assuntos das Comissões Episcopais para a Liturgia, para a Tradução dos Textos Litúrgicos (CETEL) e para a Doutrina da Fé (CEPDF).

Outros 30 temas estão na pauta desta etapa virtual da 59ª Assembleia Geral da CNBB. São assuntos de estudo, comunicações, análises de conjuntura e os temas que não exigem votações presenciais do episcopado brasileiro.

Será também nesta primeira etapa que os bispos se ocuparão de preparar as mensagens ao Papa, ao prefeito da Congregação para os Bispos e ao povo brasileiro.

Na carta convocatória da 59ª Assembleia Geral, o presidente da CNBB, dom Walmor Oliveira de Azevedo, e o secretário-geral, dom Joel Portella Amado, expressaram seus votos para o encontro:

“Permita o Bom Deus que nossa Assembleia seja rica e fecunda experiência de comunhão, fraternidade e compromisso com o anúncio da Palavra de Deus, geradora de comunidades eclesiais missionárias, em todos os recantos do nosso amado Brasil. Que a Mãe Aparecida nos acompanhe e proteja com sua intercessão”.

Escolha da modalidade virtual

Em entrevista ao Portal da Canção Nova, dom Joel ressaltou o planejamento da assembleia, realizado com antecedência e levado em consideração vários fatores. Um deles justifica a realização virtual do encontro, mesmo com a realidade mais controlada da pandemia. “Quando começamos a planejar a 59ª, o contexto ainda inspirava insegurança”, explicou.

Outro fator é a presença dos bispos nas suas dioceses. As Assembleias Gerais da CNBB tradiocionalmente são realizadas ao longo de dez dias e, neste ano, foram retomadas as agendas das visitas Ad Limina, quando os bispos visitam o Papa e os organismos da Cúria Romana.

“Como os bispos deverão viajar para as visitas Ad Limina, é importante que fiquem mais tempo em suas dioceses. Com isso, aproveitamos a experiência da 58ª AGO, que foi totalmente virtual”, disse dom Joel.

Etapa presencial

A segunda etapa da Assembleia, no Santuário Nacional de Aparecida, marcará o reencontro do episcopado depois de três anos do encontro anterior, em 2019. Nela, serão priorizados os assuntos que o Estatuto da CNBB e o Direito Canônico exigem presencialidade para votação, como por exemplo a aprovação da terceira edição do Missal e do novo Estatuto da CNBB.

Acompanhe e esteja em comunhão

Diariamente, a CNBB vai transmitir as missas da Assembleia, pelas redes sociais, às 7h.

No portal da CNBB e nas redes sociais, a cobertura dos principais temas abordados nas sessões. Serão divulgados também boletins diários: uma newsletter com as notícias publicadas e o boletim Igreja no Brasil especial.

Esteja em comunhão com sua oração e partilhe seus votos de uma boa assembleia nas redes sociais com a hashtag #59AGCNBB.



OITAVA DA PÁSCOA II

A Oitava Pascal traz para o centro da celebração litúrgica da Igreja o mistério da ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. Em toda missa, recordamos o mistério da paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo. O que nós celebramos na Páscoa é o que fazemos em toda Eucaristia, e é o mistério da nossa fé.

O Tríduo que celebramos de Quinta-feira Santa até o Sábado da Vigília Pascal, é o que dá sentido ao que celebramos em todas as missas durante o

 ano inteiro. Acreditamos que o Senhor nos deixou a memória de seu corpo e sangue e nos acompanha até aos dias de hoje e se Ele morreu e ressuscitou por nós, da mesma forma nós viveremos para sempre ao lado de Deus na eternidade.

Na verdade, todo domingo celebramos a Páscoa de Jesus, durante a Oitava da Páscoa, todo dia se torna um domingo e, consequentemente, todo dia é Páscoa. Durante os dias da Oitava da Páscoa, entoa-se o hino do Glória, que em outros tempos só se entoa aos domingos e festas, com exceção da Quaresma e do Advento, que não se canta. Por isso, durante oito dias, celebramos solenemente a Páscoa da Ressurreição de Jesus, como se fosse um único dia, “o dia que o Senhor fez para nós”.




Homília da Terça-feira da oitava de Páscoa

I. Introdução

  Maria sofre duplamente: antes de tudo pela morte de Jesus, e depois

 pelo inexplicável desaparecimento do seu corpo. Enquanto está inclinada

 perto do túmulo, com os olhos rasos de água, Deus surpreende-a da maneira

 mais inesperada.

 O evangelista João sublinha como a sua cegueira é persistente: não se

 dá conta da presença de dois anjos que a interrogam, e nem sequer desconfia

 vendo o homem atrás de si, que ela julga ser o guardião do jardim.

 E, ao contrário, descobre o acontecimento mais surpreendente da

 história humana, quando finalmente é chamada por nome: «Maria!»

 II. Comentário

A cena comovente do encontro de Maria de Magdala com Jesus evidencia a mudança de relacionamento entre o discípulo e o Mestre, operada a partir da ressurreição. A nova condição de

    Jesus exigia um novo tipo de relacionamento.

Maria expressou o carinho que nutria por Jesus nos vários detalhes de seu comportamento. A notícia do desaparecimento

 do corpo do Senhor deixou-a perplexa. Com isso, perdia um sinal seguro da presença do amigo querido, mesmo reduzido a um cadáver.

Sem ele, não teria um lugar preciso ao qual se dirigir quando quisesse prantear a perda irreparável do amigo. Por isso, mesmo que todos tivessem se afastado, ela permaneceu

 sozinha, à entrada do túmulo, chorando.

Seu diálogo com os anjos ocorreu de maneira espontânea,

 sem ela se dar conta de estar falando com seres celestes. Só lhe importava saber onde puseram "o meu Senhor". Da mesma


 forma aconteceu o diálogo com o Ressuscitado. Num primeiro momento, Maria pensou tratar-se de um jardineiro. Demonstrando uma admirável fortaleza de ânimo mostrou-se disposta a ir, sozinha, buscar o cadáver do Mestre para recolocá- lo no sepulcro.

 Tão logo reconheceu a voz do Mestre, tentou agarrar-se a ele. Ele, porém, exortou-a a mudar de comportamento. Doravante, o sinal de amizade que o Senhor queria dela era que se tornasse missionária da ressurreição. Já se fora o tempo em que podia tocá-lo fisicamente.

 III. Atualização

• Porque somos humanos, diante de alguns eventos, é natural que nos entristeçamos profundamente. A morte de Jesus para aqueles que o

 acompanharam de perto foi um golpe muito duro. Contudo, após o momento do luto, é preciso levantar a cabeça e seguir adiante. Maria experimenta este pesar, mas, ao mesmo tempo, tem o privilégio de encontrar-se com o Mestre ressuscitado.

• Como a ovelha que reconhece a voz do pastor, Maria reconhece que aquele homem é Jesus quando pronuncia seu nome. A voz que lhe chega aos ouvidos

 atinge imediatamente o coração. Ao constatar que o Senhor vive, ela recebe imediatamente a missão – do próprio mestre – de anunciá-lo.


 • Esse relato apresentado por João pode ser tomado como inspirador para nós hoje. Precisamos estar atentos às vozes que nos rodeiam. O ressuscitado nos convoca a anunciar a vitória da vida sobre a morte.



segunda-feira, 18 de abril de 2022

OITAVA DA PÁSCOA I

O período da Oitava da Páscoa engloba do Domingo de Páscoa ao Domingo seguinte da Páscoa, o domingo da misericórdia, antigamente o domingo in albis. São oito dias em que podemos desejar uns ao outros uma Feliz Páscoa. É que a festa da Páscoa é tão importante que não pode ser celebrada em um dia só. O tempo da Páscoa dura 50 dias e vai até a festa de Pentecostes, que é a vinda do Espírito Santo. É um tempo de grande alegria, em que a Igreja se reveste de branco e celebra as alegrias da ressurreição. Mas durante oito dias, tem a Oitava da Páscoa em que cada dia dessa semana é como se fosse

 um novo Domingo de Páscoa, até chegarmos no domingo seguinte, que é o segundo Domingo da Páscoa.

A Oitava Pascal é, portanto, os primeiros oito dias do tempo Pascal, que tem seu início no domingo, após a Vigília Pascal, e termina no segundo Domingo da Páscoa. Durante o tempo pascal, os domingos têm uma sequência solene, ou seja, não se diz “2o Domingo depois da Páscoa”, mas sim, 2o Domingo da Páscoa. Após a Oitava da Páscoa, todo domingo é Páscoa.

Por isso, durante a Oitava Pascal, a Igreja, comunidade de ressuscitados, proclama solenemente: “Este é o dia que o Senhor fez para nós, alegremo-nos e nele exultemos” (Sl 118,24). Ou seja, a Páscoa tem esse significado, a vida venceu a morte. Para nós, cristãos, a Páscoa tem um novo sentido, que é a passagem da morte para a vida. O Senhor não podia ficar no sepulcro, não podia haver morte, onde a vida era a missa fundamental.




HOMÍLIA DA SEGUNDA-FEIRA DA OITAVA DA PÁSCOA.

 I. INTRODUÇÃO

Hoje, mas que nunca, se faz necessário a adoração. Adorar é prostar-se, é

 reconhecer desde a humildade, a grandeza infinita de Deus. Só más que nunca, se Só

 a verdadeira humildade pode reconhecer a verdadeira grandeza, e reconhecer

 também o pequeno que pretende apresentar-se como grande.

 Uma das maiores perversões de nosso tempo é que nos propõem adorar o

 humano deixando de lado o divino. “Só ao senhor adorarás” é o grande desafio ante

  tantas propostas de nada e de vazio. Não adorar os ídolos contemporâneos com seus

cantos de sereias, é o grande desafio de nosso presente. Ídolos que causam morte

 não merecem adoração alguma, só o Deus da vida merece adoração e gloria.

 Adorar é dizer “Deus” e dizer “vida”. Adorar é ser testemunha alegres de sua

 vitória, é não deixarmos vencer pela a grande tribulação e gostar antecipadamente

 da festa do encontro com o cordeiro, o único digno de adoração e em quem

 celebramos o triunfo da vida e do amor sobre a morte e o desamparo.

  II. Comentário

  o dia da ressurreição do Senhor. Somos convidados a experimentar, como as mulheres

 presentes no relato de Mateus, medo e alegria. A ressurreição de Jesus é um evento

 inédito e de difícil compreensão.

 Ao reconhecer e constatar que Jesus venceu a morte, além do medo e da alegria,

 veremos ao longo dos próximos dias desconfiança, espanto, incredulidade,

 incompreensões; afinal, a ressurreição é novidade para todos, e eles, os discípulos do

 Senhor, precisam, a seu tempo, assimilar o que está acontecendo depois da experiência

 devastadora que foi a prisão, paixão e morte de Jesus no madeiro.

 III.

Esta semana é, do ponto de vista da nossa fé e da liturgia, um grande e alegre dia:

A ressurreição de Jesus, ao contrário do que alguns quiseram fazer parecer, não

 se trata de boato ou mentira. A ressurreição de Jesus é verdade que ressignifica a história

 da humanidade e inaugura novo tempo. Aleluia. Alegria!

 Atualização

 Hoje as mulheres que foram ao túmulo sentem uma grande alegria em seus

corações por causa do anuncio do anjo sobre a ressurreição do Mestre. E saem

 "correndo": seus corações explodiriam se não o comunicam a todos os

 discípulos. Jesus se faz o "encontrado": o faz com Maria Madalena e a outra

 Maria... E com todos os homens.

  Pela sua encarnação, Deus uniu-se, de algum jeito, a todo homem. As reações

das mulheres ante a presença do Senhor expressam as atitudes mais

 profundas do ser humano ante nosso Criador e Redentor: a submissão— pois

 se "seguraram" a seus pés— e a adoração. A adoração é a submissão terna que,

 em sua totalidade, só devemos dar a Deus.

  "Não tenhais medo", nos diz Jesus. Medo do Senhor? Nunca, Ele é o Amor dos

amores! Medo de perdê-lo? Sim, porque conhecemos a própria debilidade. Por

 isto, seguramos bem forte seus pés: Senhor não nos deixe



domingo, 17 de abril de 2022

HOMÍLIA DO DOMINGO DA RESSURREIÇÃO

I. INTRODUÇÃO

II. Comentário

  Hoje, Jesus não voltou a uma vida humana normal deste mundo, como Lázaro

 e os outros mortos que Jesus ressuscitou. Ele entrou em uma vida diferente, nova; na

 imensidade de Deus e, desde lá, Ele se manifesta aos seus.

 Isto era algo totalmente inesperado também para os discípulos, diante o qual

 necessitaram de certo tempo para orientar-se.

  tempos.

É verdade que a fé do judeu conhecia a ressurreição dos mortos ao final dos

  Mas a ressurreição a uma condição definitiva e diferente em pleno "mundo

 velho" que ainda continua existindo era algo não previsto e, por tanto, também não

 era evidente ao inicio. Por isso, a promessa da ressurreição resultava incompreensível

 para os discípulos em um primeiro momento.

 O processo pelo qual se chega a ser crente se desenvolve de modo análogo ao

 ocorrido com a cruz: ninguém havia pensado em um Messias crucificado; agora o

 "fato" estava ali, e este fato requereria ler a Escritura de um modo novo.

 Hoje, nesta manhã de Páscoa, vemos muito movimento: uma mulher que vai

 da sua casa ao túmulo e do túmulo onde estão os Apóstolos. Pedro e João correm à

 tumba, verificam, vêem. E depois de uns momentos entre a dúvida e a esperança,

 vêem com os olhos do seu espírito, e crêem na ressurreição de Jesus.

 Entre tanto movimento, o maior, o mais decisivo foi o de Jesus. Depois da

 sexta-feira da paixão e morte na cruz, e do sábado de “repouso” e silêncio, saiu do

 túmulo vivo e ressuscitado, deixando mortalhas e sudário bem ordenados no seu

 lugar, dando-nos com a sua ressurreição a prova mais clara da sua divindade.

 Senhor Jesus, cremos que a tua ressurreição é a garantia da nossa, por que tu

 disseste que eras a Ressurreição e a Vida e quem crê em Ti, ainda que morra viverá e

 tu o ressuscitarás no último dia.

  III. Atualização

• «O que deve ser considerado nestes acontecimentos é a intensidade do amor que ardia no coração daquela mulher que nunca se afastou do túmulo. Ela foi a única a vê-lo, pois tinha permanecido à sua

  procura, o que dá força às boas obras é a perseverança nelas» (São Gregório Magno)

• «Jesus não regressou a uma vida humana normal deste mundo, como Lázaro e os outros mortos que Jesus ressuscitou. Ele entrou numa vida

 diferente, nova; na imensidão de Deus» (Benedito XVI)


 • «O mistério da ressurreição de Cristo é um acontecimento real, com manifestações historicamente verificadas, como atesta o Novo Testamento. Já São Paulo, por volta do ano 56, pôde escrever aos Coríntios: «Transmiti-vos, em primeiro lugar, o mesmo que havia recebido: Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras: a seguir, apareceu a Pedro, depois aos Doze». O Apóstolo fala aqui da tradição viva da Ressurreição, de que tinha tomado conhecimento após a sua conversão, às portas de Damasco» (Catecismo da Igreja Católica, no 639



sábado, 16 de abril de 2022

Sábado Santo

 I. Introdução

II. Comentário

 Hoje, propriamente, não há “evangelho” para meditar ou —melhor—

 deveríamos meditar todo o Evangelho em maiúscula (a Boa Nova), porque todo ele

 desemboca no que hoje recordamos: a entrega de Jesus à Morte para ressuscitar e

 dar-nos uma Vida Nova.

   Hoje, a Igreja não se separa do sepulcro do Senhor, meditando sua Paixão

e sua Morte. Não celebramos a Eucaristia até que haja terminado o dia, até

 amanhã, que começará com a Solene Vigília da ressurreição. Hoje é dia de silêncio,

 de dor, de tristeza, de reflexão e de espera. Hoje não encontramos a Reserva

 Eucarística no sacrário. Há só a lembrança e o símbolo de seu “amor até o

 extremo”, a Santa Cruz que adoramos devotamente.

 Hoje é o dia para acompanhar Maria, a mãe. Devemos acompanhá-la para

 poder entender um pouco o significado deste sepulcro o qual velamos. Ela, que

 com ternura e amor guardava em seu coração de mãe os mistérios que não

 acabava de entender daquele Filho que era o Salvador dos homens, está triste e

 sofrendo: «Ela veio para a sua casa, mas os seus não a receberam» (Jo 1,11). É

 também a tristeza da outra mãe, a Santa Igreja, que sofre pela rejeição de tantos

 homens e mulheres que não acolheram Aquele que para eles era a Luz e a Vida.

 Hoje, rezando com estas duas mães, o seguidor de Cristo reflete e vai

 repetindo a antífona da pregaria das Laudes: «Cristo humilhou-se a si mesmo

 tornando-se obediente até a morte e morte de cruz! «Por isso o exaltou

 grandemente e lhe deu o Nome que está acima de qualquer outro nome» (cf. Flp

 2,8-9).

 Hoje, o fiel cristão escuta a Homilia Antiga sobre o Sábado Santo que a

 Igreja lê na liturgia do Oficio de Leitura: «Hoje há um grande silêncio na terra. Um

 grande silêncio e solidão. Um grande silêncio porque o Rei dorme. A terra se

 estremeceu e se ficou imóvel porque Deus está dormindo em carne e ressuscitou

 aos que dormiam há séculos. “Deus morreu na carne e despertou os do abismo».

 Preparemo-nos com Nossa Senhora da Soledade para viver a explosão da

 Ressurreição e para celebrar e proclamar —quando se acabe este dia triste— com

 a outra mãe, a Santa Igreja: Jesus ressuscitou tal como o havia anunciado! (cf. Mt

 28,6).

III. Atualização

 • «Que ideia de Deus tivesse podido ante se formar o homem, que não fosse um ídolo fabricado por seu coração? Era incompreensível e inaccessível, invisível e superior a tudo pensamento humano; mas agora tem querido ser compreendido. De qual jeito? Você se pergunta.

  Pois estando numa manjedoura, predicando na montanha, passando a noite em oração, o bem colgando da cruz... » (São Bernardo)


 • «A treva divina desse dia, deste século, que se converte cada vez mais num sábado santo, fala a nossas consciências. Tem em si algo consolador porque a morte de Deus em Jesus Cristo é, ao mesmo tempo, expressão de sua solidariedade radical conosco. O mistério mais obscuro da fé é, simultaneamente, a sinal mais brilhante duma esperança sem fronteiras» (Bento XVI)

• «A morte de Cristo foi uma verdadeira morte, na medida em que pôs fim a sua existência humana terrena. Mas por causa da união que a Pessoa do Filho manteve com o seu corpo, este não se torneou um

despojo mortal como os outros, porque “não era possível que Ele ficasse sob o domínio” da morte (Act 2,24) (...). A ressurreição de Jesus “ao terceiro dia” (1 Cor 15, 4) era disso sinal, até porque se julgava que a corrupção começava a manifestar-se a partir do quarto dia» (Catecismo da Igreja Católica, n° 627)