segunda-feira, 18 de abril de 2022

HOMÍLIA DA SEGUNDA-FEIRA DA OITAVA DA PÁSCOA.

 I. INTRODUÇÃO

Hoje, mas que nunca, se faz necessário a adoração. Adorar é prostar-se, é

 reconhecer desde a humildade, a grandeza infinita de Deus. Só más que nunca, se Só

 a verdadeira humildade pode reconhecer a verdadeira grandeza, e reconhecer

 também o pequeno que pretende apresentar-se como grande.

 Uma das maiores perversões de nosso tempo é que nos propõem adorar o

 humano deixando de lado o divino. “Só ao senhor adorarás” é o grande desafio ante

  tantas propostas de nada e de vazio. Não adorar os ídolos contemporâneos com seus

cantos de sereias, é o grande desafio de nosso presente. Ídolos que causam morte

 não merecem adoração alguma, só o Deus da vida merece adoração e gloria.

 Adorar é dizer “Deus” e dizer “vida”. Adorar é ser testemunha alegres de sua

 vitória, é não deixarmos vencer pela a grande tribulação e gostar antecipadamente

 da festa do encontro com o cordeiro, o único digno de adoração e em quem

 celebramos o triunfo da vida e do amor sobre a morte e o desamparo.

  II. Comentário

  o dia da ressurreição do Senhor. Somos convidados a experimentar, como as mulheres

 presentes no relato de Mateus, medo e alegria. A ressurreição de Jesus é um evento

 inédito e de difícil compreensão.

 Ao reconhecer e constatar que Jesus venceu a morte, além do medo e da alegria,

 veremos ao longo dos próximos dias desconfiança, espanto, incredulidade,

 incompreensões; afinal, a ressurreição é novidade para todos, e eles, os discípulos do

 Senhor, precisam, a seu tempo, assimilar o que está acontecendo depois da experiência

 devastadora que foi a prisão, paixão e morte de Jesus no madeiro.

 III.

Esta semana é, do ponto de vista da nossa fé e da liturgia, um grande e alegre dia:

A ressurreição de Jesus, ao contrário do que alguns quiseram fazer parecer, não

 se trata de boato ou mentira. A ressurreição de Jesus é verdade que ressignifica a história

 da humanidade e inaugura novo tempo. Aleluia. Alegria!

 Atualização

 Hoje as mulheres que foram ao túmulo sentem uma grande alegria em seus

corações por causa do anuncio do anjo sobre a ressurreição do Mestre. E saem

 "correndo": seus corações explodiriam se não o comunicam a todos os

 discípulos. Jesus se faz o "encontrado": o faz com Maria Madalena e a outra

 Maria... E com todos os homens.

  Pela sua encarnação, Deus uniu-se, de algum jeito, a todo homem. As reações

das mulheres ante a presença do Senhor expressam as atitudes mais

 profundas do ser humano ante nosso Criador e Redentor: a submissão— pois

 se "seguraram" a seus pés— e a adoração. A adoração é a submissão terna que,

 em sua totalidade, só devemos dar a Deus.

  "Não tenhais medo", nos diz Jesus. Medo do Senhor? Nunca, Ele é o Amor dos

amores! Medo de perdê-lo? Sim, porque conhecemos a própria debilidade. Por

 isto, seguramos bem forte seus pés: Senhor não nos deixe



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