I. Introdução
Confiei, Senhor, na vossa misericórdia; meu coração exulta porque me salvais. Cantarei ao Senhor pelo bem que me fez (Sl 12,6).
Em meio a uma geração incrédula e desorientada, deixemo-nos conduzir pela sabedoria que vem do alto, a qual é “pacífica, modesta, conciliadora, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem fingimento”.
II. Comentário
Descendo da montanha, Jesus se defronta com uma multidão em volta dos discípulos incapazes de curar um “espírito mudo” que se apossou de um menino.
O Mestre se queixa de seus discípulos por falta da fé, que deve ser alimentada pela oração. A oração fortalece a fé, e a fé “tudo pode”.
A cena dos discípulos incapazes de realizar o “milagre” para o rapaz possuído pelo “espírito mudo” é a imagem de nossa impotência diante das doenças, das injustiças e da miséria que assolam a nossa sociedade.
O “espírito mudo” que se apodera das pessoas de todos os tempos pode ser o apego ao pecado, ao egoísmo, aos ídolos do poder, da violência, da intolerância, da discriminação.
O “espírito mudo” é tão extremo que não se abre ao diálogo, está fechado em si mesmo e nas suas ideias fixas. A oração e a fé podem libertar desse fechamento extremo que não admite alternativas.
III.
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Atualização
«Nós tínhamos ficado indignos de orar, mas Deus, pela sua bondade, nos permite falar com Ele. Nossa oração é o incenso que mais lhe agrada» (São João Ma Vianney)
«A palavra de Deus é palavra de amor, palavra purificadora: expulsa os espíritos de temor, soledade e oposição a Deus; assim purifica nossa alma e nos dá paz interior» (Bento XVI)
«(...) Para viver, crescer e perseverar até ao fim na fé, temos de a alimentar com a Palavra de Deus; temos de pedir ao Senhor que no-la aumente (37); ela deve ‘agir pela caridade’ (Gal 5,6), ser sustentada pela esperança (39) e permanecer enraizada na fé da Igreja» (Catecismo da Igreja Católica, no 162)