quarta-feira, 30 de março de 2022

Homília da Quarta-feira da 4° Semana da Quaresma

I. Introdução

A liberdade e a familiaridade com que Jesus se referia a

   Deus, incomodava seus inimigos.

 Era-lhes insuportável ouvir Jesus chamá-lo de Pai e afirmar sua unidade profunda com o ele, e perceber em sua ação indicações de que, realmente, ele possuía algo próprio de Deus. Caso contrário, seu agir seria inexplicável. Os inimigos decidiram, então, eliminar o Mestre por não suportarem sua presença.

 II. Comentário

Jesus não minimizou o problema. Sem titubear, proclamou sua radical dependência do Pai, de quem procedia e sob cuja

   orientação agia.

O Pai outorgou-lhe o direito de comunicar vida e confiou- lhe todo o julgamento. Portanto, todas as pessoas, inclusive os adversários de Jesus, estavam na dependência de seu

 julgamento.

Ele haveria de julgar concedendo vida a quem praticou o

 bem e castigando a quem praticou o mal.


 Os que se opunham ao Mestre, que ficassem atentos. Indispor-se contra ele, significava indispor-se contra o próprio Deus. Opção terrivelmente perigosa!

O alerta de Jesus não surtiu efeito. Antes, só fez aumentar a ira de seus opositores e torná-los cada vez mais determinados

 a levar a cabo o seu intento.

A cegueira tirou-lhes a capacidade de discernir. Por isso, quanto mais Jesus tentava alertá-los para a insanidade de seu projeto, tanto mais insistiam em colocá-lo em prática. O tempo daria razão a Jesus.

 III. Atualização

• A presença de Jesus é incômoda para muitos e por diferentes motivos. No

 Evangelho de hoje, os judeus não aceitavam a liberdade de Jesus, que fazia o que não era permitido aos sábados e chamava a Deus de Pai.

• Jesus vem romper com o esquema estabelecido e, obviamente, haverá questionamento e hostilidade por parte daqueles que têm certeza de que o errado é o outro, nesse caso, Jesus. Em sua resposta aos judeus, Jesus tenta

 clarificar quem ele é e qual é a sua missão.

• Jesus e o Pai formam uma unidade que pode ser traduzida e entendida como perfeita sintonia. Não há aqui relação de dependência e anulação de um ou de

 outro; mas profunda cumplicidade e complementariedade.


 • Jesus não vive por si, mas segundo o projeto que o Pai tem para ele. O que move o nosso coração e firma nossos pés na caminhada




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