I. Introdução
II. Comentário
Hoje em dia há muito respeito pelas distintas religiões. Todas elas expressam
a busca da transcendência por parte do homem, a busca do além, das realidades
eternas.
No entanto, no cristianismo, que afunda suas raízes no judaísmo, esse
fenômeno é inverso: é Deus quem procura o homem.
Como lembrou João Paulo II, Deus deseja se aproximar do homem, Deus quer
dirigir-lhe suas palavras, mostrar-lhe o seu rosto porque procura a intimidade com
ele. Isto se faz realidade no povo de Israel, povo escolhido por Deus para receber suas
palavras.
Essa é a experiência que tem Moisés quando diz: «Pois qual é a grande nação
que tem deuses tão próximos como o SENHOR nosso Deus, sempre que o
invocamos?»(Dt 4,7). E, ainda, o salmista canta que Deus «Anuncia a Jacó a sua
palavra, seus estatutos e suas normas a Israel.
Não fez assim com nenhum outro povo, aos outros não revelou seus preceitos.
Aleluia!» (Sal 147,19-20).
Jesus, pois, com sua presença leva a cumprimento o desejo de Deus de
aproximar-se do homem. Por isto diz que: «Não penseis que vim abolir a Lei e os
Profetas.
Não vim para abolir, mas para cumprir» (Mt 5,17). Vem a enriquecê-los, a
iluminá-los para que os homens conheçam o verdadeiro rosto de Deus e possam
entrar na intimidade com Ele.
Neste sentido, menosprezar as indicações de Deus, por insignificantes que
sejam, comporta um conhecimento raquítico de Deus e, por isso, um será tido por
pequeno no Reino dos Ceús.
empanados».
E é que, como dizia São Teófilo de Antioquia, «Deus é visto pelos que podem
ver-lhe, só precisam ter abertos os olhos do espírito (...), mas alguns homens os têm
Aspiremos, pois, na oração seguir com grande fidelidade todas as indicações
do Senhor. Assim, chegaremos a uma grande intimidade com Ele e, portanto, seremos
tidos por grandes no Reino dos Céus.
III. Atualização
• «A fim de preparar o homem para uma vida de amizade com Deus, o Senhor deu as palavras do Decálogo: por isso, estas palavras também continuam a valer para nós, e a vinda em carne de Nosso Senhor não
as revogou, pelo contrário deu plenitude e universalidade» (Santo Irineu)
• «Todos os mandamentos revelam todo o seu sentido como exigência do amor e todos se unem no grande mandamento: amar a Deus de todo o coração e ao próximo como a si mesmo» (Francisco)
• «A Lei evangélica dá cumprimento aos mandamentos da Lei. O sermão do Senhor, longe de abolir ou desvalorizar as prescrições morais da Lei antiga, tira deles as virtualidades ocultas, fazendo surgir novas
exigências: revela toda a verdade divina e humana (...)» (Catecismo da Igreja Católica, no 1.968
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