Introdução
Eis uma imagem eficaz da Igreja: um barco que deve enfrentar as tempestades e às vezes parece que está prestes a sucumbir. Aquilo que a salva não são as qualidades nem a coragem dos seus homens, mas a fé, que permite caminhar até no meio da escuridão, entre as dificuldades.
II. Comentário
A fé confere-nos a segurança da presença de Jesus sempre ao nosso lado, da sua mão que nos segura para nos proteger do perigo.
Todos nós estamos neste barco, e aqui sentimo-nos seguros, não obstante os nossos limites e as nossas debilidades. Estamos seguros sobretudo quando sabemos ajoelhar-nos e adorar Jesus, o único Senhor da nossa vida.
Passar para a outra margem indica nova etapa na missão de Jesus e dos discípulos: a missão com os gentios, na época conhecidos como pagãos. É o grande desafio das comunidades cristãs dos inícios: passar de uma mentalidade nacionalista para uma mentalidade universalista.
São desafios que vão surgindo na história da Igreja. Nesses últimos anos, o papa Francisco, com base no Concílio Vaticano II, convida a Igreja a sair de seu comodismo para ir às periferias existenciais e sociais. Sair de uma Igreja “poderosa” para uma Igreja pobre, para os pobres e acolhedora.
Proposta que não agrada a muitos e que é rejeitada por outros. Jesus censura seus discípulos por causa do medo em assumir a nova proposta do Mestre. A Igreja precisa estar sempre atenta e aberta aos sinais dos tempos, e não se acomodar no status quo.
III. Atualização
• A vida do discípulo de Jesus é tecida de tribulações e dificuldades. Quem quiser viver a fidelidade radical ao Reino, ver-se-á às voltas com perseguições. Na comunidade cristã, desde o início, esta situação era comum. Nos momentos de prova, a primeira tentação foi a de desesperar-se.
• O sentimento de abandono transformou-se em sentimento de impotência. E os discípulos acabaram entregando os pontos.
• Este desespero denuncia a carência de uma fé sólida no Senhor. Esta comporta a certeza da presença do Mestre, junto a seus discípulos, mormente na provação. Quando se pensa que ele está ausente, então é que está mais próximo de nós. É preciso não duvidar desta sua presença.
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