I. INTRODUÇÃO
Tende compaixão de mim, Senhor, clamo por vós o dia inteiro; Senhor, sois bom e clemente, cheio de misericórdia para aqueles que vos invocam (Sl 85,3.5).
A autoridade de Jesus reside no fato de ele viver o que fala e falar o que vive. Deus age por meio de nós à medida que lhe somos fiéis. Preparemo-nos para o dia do encontro definitivo com o Senhor, confiantes na salvação para a qual nos criou.
Coerente com seu programa missionário libertador, assumido na sinagoga de Nazaré, Jesus vai a campo. Como de praxe, ensina nas sinagogas. Fala com autoridade, de modo que as forças adversas (demônio impuro) lhe obedecem, e seus ouvintes ficam maravilhados. Com sua palavra eficaz, Jesus expulsa um espírito impuro, que percebe estar diante de uma força superior: “Eu sei quem tu és: o Santo de Deus”.
O espanto toma conta de todos, porque os espíritos impuros são submetidos às ordens de Jesus, dadas com autoridade e poder. Era inevitável que a fama de Jesus se espalhasse por toda parte. Mais tarde, ele investirá seus discípulos com este mesmo poder, isto é, o de libertar o povo da escravidão e de todas as amarras que o privam da vida plena que Deus quer para todos.
O episódio ocorrido na sinagoga de Nazaré é um retrato do ministério de Jesus. Sua ação primaria pela sinceridade, sem se deixar levar por ambições nem se influenciar por preconceitos. Isto lhe valeria a admiração de uns, por suas palavras cheias de verdade, e o ódio de outros, revoltados por sua ousadia.
A leitura do texto do profeta Isaías serviu de pretexto para Jesus revelar a sua identidade e a sua missão. Era ele a pessoa anunciada pelo profeta, com a tarefa de concretizar o projeto confiado ao Ungido do Senhor. Caberia a ele implantar uma sociedade nova, sem pobres nem marginalizados, onde a dignidade humana fosse recuperada e a presença da graça do Senhor se fizesse sentir na vida de cada pessoa.
Oração
Ó Jesus, Santo de Deus, despertas a admiração dos galileus porque, com autoridade, dás ordens aos espíritos maus, e eles te obedecem. As pessoas ficam libertadas, e o Reino de Deus se propaga. Queremos nos unir ao povo que te louva ao reconhecer teu poder divino e tua obra libertadora. Amém.
Pe. Edivânio José.