terça-feira, 31 de agosto de 2021

HOMILIA DA TERÇA-FEIRA 22ª SEMANA COMUM

I. INTRODUÇÃO

Tende compaixão de mim, Senhor, clamo por vós o dia inteiro; Senhor, sois bom e clemente, cheio de misericórdia para aqueles que vos invocam (Sl 85,3.5).

A autoridade de Jesus reside no fato de ele viver o que fala e falar o que vive. Deus age por meio de nós à medida que lhe somos fiéis. Preparemo-nos para o dia do encontro definitivo com o Senhor, confiantes na salvação para a qual nos criou.

II. COMENTÁRIO

Coerente com seu programa missionário libertador, assumido na sinagoga de Nazaré, Jesus vai a campo. Como de praxe, ensina nas sinagogas. Fala com autoridade, de modo que as forças adversas (demônio impuro) lhe obedecem, e seus ouvintes ficam maravilhados. Com sua palavra eficaz, Jesus expulsa um espírito impuro, que percebe estar diante de uma força superior: “Eu sei quem tu és: o Santo de Deus”.

O espanto toma conta de todos, porque os espíritos impuros são submetidos às ordens de Jesus, dadas com autoridade e poder. Era inevitável que a fama de Jesus se espalhasse por toda parte. Mais tarde, ele investirá seus discípulos com este mesmo poder, isto é, o de libertar o povo da escravidão e de todas as amarras que o privam da vida plena que Deus quer para todos.

III. ATUALIZAÇÃO

O episódio ocorrido na sinagoga de Nazaré é um retrato do ministério de Jesus. Sua ação primaria pela sinceridade, sem se deixar levar por ambições nem se influenciar por preconceitos. Isto lhe valeria a admiração de uns, por suas palavras cheias de verdade, e o ódio de outros, revoltados por sua ousadia.

A leitura do texto do profeta Isaías serviu de pretexto para Jesus revelar a sua identidade e a sua missão. Era ele a pessoa anunciada pelo profeta, com a tarefa de concretizar o projeto confiado ao Ungido do Senhor. Caberia a ele implantar uma sociedade nova, sem pobres nem marginalizados, onde a dignidade humana fosse recuperada e a presença da graça do Senhor se fizesse sentir na vida de cada pessoa.

 

Oração

Ó Jesus, Santo de Deus, despertas a admiração dos galileus porque, com autoridade, dás ordens aos espíritos maus, e eles te obedecem. As pessoas ficam libertadas, e o Reino de Deus se propaga. Queremos nos unir ao povo que te louva ao reconhecer teu poder divino e tua obra libertadora. Amém.

 



Pe. Edivânio José.

segunda-feira, 30 de agosto de 2021

HOMÍLIA DA Segunda-feira da 22ª semana do Tempo Comum.

 

I. INTRODUÇÃO

Hoje, temos uma cena curiosa. Jesus está a pregar na sinagoga da sua terra. Todos O escutam com curiosidade. Jesus Cristo lê uma profecia de Isaías e diz que se cumpre n’Ele. Ficam admirados! Mas nem todos. Alguns metem-se com Ele dizendo que não vem de Deus. Há discussão e, por fim, querem atirá-Lo por um precipício.

II. COMENTÁRIO

Hoje, as palavras profeticamente anunciadas e concretamente cumpridas em Jesus Cristo segundo seu próprio testemunho falam-nos da necessidade da graça (ajuda) de Deus para o bem do homem. A Doutrina Social da Igreja cunhou o conceito de "bem comum", destacando-o como exigência moral para o desenvolvimento da humanidade.

Não há desenvolvimento pleno sem o bem espiritual e moral das pessoas, consideradas na sua totalidade de alma e corpo. Também, em uma sociedade em vias de globalização, o bem comum e o esforço por ele, devem abranger necessariamente a toda a família humana, quer dizer, à comunidade dos povos e nações, dando assim forma de unidade e de paz à “cidade do homem”, e fazendo-a em determinada medida uma antecipação que prefigura à cidade de Deus sem barreiras.

III. ATUALIZAÇÃO
• Todas as palavras do Evangelho possuem uma atualidade eterna. São eternas porque foram pronunciadas pelo Eterno e, são atuais porque Deus faz com que se cumpram em todos os tempos. 
• Quando escutamos a Palavra de Deus, temos que recebê-la não como um discurso humano, mas sim como uma Palavra que tem, sobre nós, poder de transformação. Deus não fala aos nossos ouvidos, mas ao nosso coração. Tudo o que diz está profundamente cheio de sentido e de amor.
• A Palavra de Deus é uma fonte inextinguível de vida: É mais o que perdemos do que o que captamos, tal como ocorre com os sedentos que bebem de uma fonte (Santo Efrém). Suas palavras saem do coração de Deus. E, desse coração, do seio da Trindade, veio Jesus a Palavra do Pai aos homens.

 



Pe. Edivânio Jos

domingo, 29 de agosto de 2021

HOMILIA DO 22º DOMINGO DO TEMPO COMUM-- Ano B


I. INTRODUÇÃO

A liturgia do 22º Domingo do Tempo Comum propõe-nos uma reflexão sobre a "Lei". Deus quer a realização e a vida plena para o homem e, nesse sentido, propõe-lhe a sua "Lei". A "Lei" de Deus indica ao homem o caminho a seguir. Contudo, esse caminho não se esgota num mero cumprimento de ritos ou de práticas vazias de significado, mas num processo de conversão que leve o homem a comprometer-se cada vez mais com o amor a Deus e aos irmãos.

II. COMENTÁRIO

1ª LEITURA - Dt 4,1-2.6-8

A primeira leitura garante-nos que as "leis" e preceitos de Deus são um caminho seguro para a felicidade e para a vida em plenitude. 

Por isso, o autor dessa catequese recomenda insistentemente ao seu Povo que acolha a Palavra de Deus e se deixe guiar por ela.

2ª LEITURA - Tg 1,17-18.21-22.27

A segunda leitura convida os crentes a escutarem e acolherem a Palavra de Deus; mas avisa que essa Palavra escutada e acolhida no coração tem de tornar-se um compromisso de amor, de partilha, de solidariedade com o mundo e com os homens.

EVANGELHO - Mc 7,1-8.14-15.21-23

No Evangelho, Jesus denuncia a atitude daqueles que fizeram do cumprimento externo e superficial da "lei" um valor absoluto, esquecendo que a "lei" é apenas um caminho para chegar a um compromisso efetivo com o projeto de Deus. 

Na perspectiva de Jesus, a verdadeira religião não se centra no cumprimento formal das "leis", mas num processo de conversão que leve o homem à comunhão com Deus e a viver numa real partilha de amor com os irmãos.

III. ATUALIZAÇÃO
• A sua proposta provoca as reações e as respostas mais diversas nos líderes judaicos, no povo e nos próprios discípulos.
• Para os cristãos vindos do judaísmo, a fé em Jesus devia ser complementada com o cumprimento rigoroso das leis judaicas.
• para os cristãos, o fundamental é a pessoa de Jesus e o seu Evangelho; não é lícito impor aos cristãos vindos do paganismo o fardo da Lei de Moisés.

 



Pe. Edivânio José.

sexta-feira, 27 de agosto de 2021

Homília da SEXTA-FEIRA 21ª Semana do Tem Comum -- SANTA MÔNICA.

I. INTRODUÇÃO

ESPOSA, MÃE E VIÚVA


A mulher que teme a Deus será louvada; seus filhos a proclamam feliz e seu marido a elogia (Pr 31,30.28).

Mônica nasceu em Tagaste, no norte da África, em 331 e faleceu em Óstia, na Itália, em 387. Mãe forte e perseverante, obteve, por suas lágrimas e orações, a conversão de um dos maiores pensadores da Igreja: seu filho Agostinho. Este, em suas Confissões, descreveu-a como mãe cristã contemplativa, atenta às necessidades dos pobres. Sua incessante oração inspire nossa caminhada cristã.

II. COMENTÁRIO

Os discípulos do Reino devem sempre se lembrar de que estão a caminho do encontro com o Senhor. O desconhecimento desta hora exige que o discípulo esteja sempre preparado, pois a falta de cautela, por menor que seja, poderá causar-lhe danos irreparáveis. 

As moças sensatas da parábola simbolizam os discípulos que, com fidelidade, sempre traduziram em projeto de vida os ensinamentos de Jesus. Já as moças imprudentes correspondem aos discípulos que, apesar de terem escutado as palavras do Mestre, não fizeram delas seu projeto de vida.

O encontro com o Senhor não pode ser improvisado. Cada discípulo tem a vida inteira para prepará-lo. Afinal, este pode acontecer a qualquer momento. A ninguém é dado conhecer de antemão quando o Senhor virá pedir-lhe contas. É insensato perder as chances de preparação que lhe são oferecidas.

III. ATUALIZAÇÃO
• Outro ensinamento de Jesus sobre a vigilância. Ele compara o Reino dos céus a dez virgens, cinco sem juízo e cinco prudentes.
• O noivo é Jesus, que vem para ser recebido pelos discípulos alertas e preparados (virgens prudentes), enquanto os discípulos desprevenidos e infiéis (virgens sem juízo) experimentam a exclusão final. 
• A parábola pretende convencer os cristãos a viver fiel e honestamente a serviço do Reino. 

Oração

Ó Jesus Messias, diante da incerteza do dia em que virás, ou da hora em que nos levarás contigo, pode acontecer que cochilemos ou durmamos. Isso significa abandonar a prática da justiça e do amor. Livra-nos, Senhor, da inércia e da preguiça e conserva-nos atuantes a serviço do Reino. Amém.




Pe. Edivânio José.

 

quinta-feira, 26 de agosto de 2021

Homília da Quinta-feira da 21ª Semana do Tempo Comum


I. INTRODUÇÃO

Hoje o Senhor nos fala de algo em que temos a tendência de não pensar. Com frequência a gente se pergunta: O que eu quero? E, no entanto, é mais fundamental perguntar: para que vivo? Qual é meu destino? Não durmamos! Não digamos, meu senhor, demora, porque para todos o senhor acaba chegando.

II. COMENTÁRIO

Hoje começa o “Discurso Escatológico” de Jesus Cristo e se apresenta o “ser ou não ser” da nossa vida: o homem não só deveria perguntar-se o que quer, senão para que é bom e o que pode contribuir. Então compreenderia que a realização não reside na comodidade, no deixar-se levar, mas em aceitar os desafios. Desconhecer esta realidade leva ao “choro e ranger de dentes”. Daí o aviso: Vigiai!

Não se pode chegar a serem homens sem o domínio de si, sem a renúncia, sem o esforço para sofrer com paciência a tensão do que se deveria ser. Precisamente, o “choro e ranger de dentes” representam o perigo do fracasso do ser humano. Num mundo afastado de Deus e, portanto, do amor, sente-se frio, até ao ponto de provocar o ranger de dentes.

Senhor, teus caminhos —de amor— não são cômodos. Mas não fui criado para a comodidade, mas para coisas grandes, para o bem, para os demais, para ti.

III. ATUALIZAÇÃO
• Como passam os anos! Os meses se reduzem a semanas, as semanas a dias, os dias a horas, e as horas a segundos... (São Francisco de Sales). Cada dia, cada hora, em cada instante, o Senhor está próximo da nossa vida. 
• Através de inspirações internas, através das pessoas que nos rodeiam, dos fatos que se vão sucedendo, o Senhor chama à nossa porta e, como diz o Apocalipse: Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir minha voz e abrir a porta, eu entrarei na sua casa e tomaremos a refeição, eu com ele e ele comigo (Ap 3,20).
• Hoje, se comungamos isto voltará a acontecer. Hoje, se escutamos pacientemente os problemas que outro nos confia ou, damos generosamente nosso dinheiro para ajudar numa necessidade, isto voltará a acontecer.
• Hoje, se em nossa oração pessoal recebemos —repentinamente — uma inspiração inesperada, isto tornará a acontecer.



 

Pe. Edivânio José.

quarta-feira, 25 de agosto de 2021

HOMÍLIA DA Quarta-feira da 21ª semana do Tempo Comum


I. INTRODUÇÃO

Hoje, assim como nos dias anteriores e nos que seguiram, contemplamos Jesus fora de si, condenando atitudes incompatíveis com um viver digno, não somente cristão, mas também humano: «Por fora, pareceis justos diante dos outros, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e injustiça» (Mt 23,28). Vem confirmar que a sinceridade, a honestidade, a lealdade, a nobreza..., são virtudes amadas por Deus, e também, muito valorizadas pelo homem.

II. COMENTÁRIO

Para evitar, portanto, a hipocrisia, devo ser muito sincera. Em primeiro lugar com Deus, porque me quer limpo de coração, e que eu deteste toda mentira por ser Ele totalmente puro, a Verdade absoluta. 

Em segundo lugar, comigo mesmo, para não ser eu o primeiro a ser enganado, expondo-me a cometer um pecado contra o Espírito Santo por não reconhecer meus próprios pecados nem deixá-los de manifestar claramente no sacramento da Penitência, ou por não confiar suficientemente em Deus, que nunca condena quem faz como o filho pródigo, nem perde ninguém por ser um pecador, mas por não reconhecer-se como tal.

Em terceiro lugar, com os outros, já que também como a Jesus a todos coloca fora de si, a mentira, o engano, a falta de sinceridade, de honradez, de lealdade, de nobreza..., e, por isso mesmo, havemos de nos aplicar o princípio: O que não quer para você, não o deseje para ninguém.

Essas três atitudes que são do senso comum as temos que tornar nossas para evitar cair na hipocrisia, e devemos tomar consciência da necessidade da graça santificante, por causa do pecado original provocada pelo “pai da mentira”: o diabo. 

III. ATUALIZAÇÃO
• Por isso levaremos em conta o conselho de São JosemariaNa hora da prova, ide prevenido contra o demônio mudo; teremos também presente a Orígenes, que diz: Uma falsa santidade jaz morta, porque não trabalha movida por Deus, e nós nos regeremos sempre, pelo princípio elementar e simples proposto por Jesus: Seja o vosso ‘sim, sim’; e o vosso ‘não, não’ (Mt 5,37).
• Maria não se esvai em palavras, mas o seu sim ao bem, à graça, foi único e verdadeiro; seu não ao mal, ao pecado, foi rotundo e sincero.: Quem desesperará de si mesmo quando este alcança a graça? (Santo Ambrósio).

Oração do diaÓ Deus, que unis os corações dos vossos fiéis num só desejo, daí ao vosso povo amar o que ordenais e esperar o que prometeis, para que, na instabilidade deste mundo, fixemos os nossos corações onde se encontram as verdadeiras alegrias. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do PE. Espírito Santo.




Pe. Edivânio José.

 

terça-feira, 24 de agosto de 2021

Festa de S. Bartolomeu, Apóstolo


I. INTRODUÇÃO

S. Bartolomeu é um dos Doze escolhidos por Jesus (Mt 1, 11ss.; Lc 6, 12) para andarem com Ele, serem dotados dos seus poderes e enviados em missão. Identificado com Natanael, amigo de Filipe (Jo 1, 43-51; 22, 2), era natural de Caná. Pouco sabemos sobre Bartolomeu e sobre a sua missão. De acordo com Jo 1, 43ss., era um homem simples e reto, aberto à esperança de Israel. Diversas tradições colocam-no em diferentes regiões do mundo, o que pode indicar um raio de ação muito vasto. Segundo uma dessas tradições, foi esfolado vivo na Pérsia, coroando a sua laboriosa vida missionária com a glória do martírio.

II. COMENTÁRIO

Jesus conhece o coração do homem. Por isso, pode chamar, com autoridade, aqueles que quer mais perto de si. O Senhor chama para pôr os homens em relação com o céu, para revelar o seu ser, que está em completa relação com o Pai e conosco, ponto de convergência do movimento de Deus rumo aos homens e do anseio dos homens por Deus: Filho do homem e Filho de Deus. Na verdade, quem se aproxima de Jesus vê o céu aberto e os anjos de Deus subir e descer sobre o Filho do homem.

Os Doze estão com Jesus porque devem ver o Pai agir e permanecer no Filho do homem, numa união que se manifestará plenamente na paixão de Jesus, quando for erguido na cruz e novamente introduzido na glória do Pai. Então se realizará p sonho de Jacob.

Todos somos chamados a esta profunda revelação. Na Eucaristia revivemos o mistério da morte e da glorificação de Jesus, sacerdote e vítima da nova aliança entre o Pai e os homens. E, com Ele, queremos ser também sacerdotes e vítimas fazendo a oblação de nós mesmos, para glória e alegria de Deus e para salvação da humanidade. O Senhor revela-se a nós como aos Apóstolos, os doze alicerces, sobre os quais se apoia a muralha da cidade, "a noiva, a esposa do Cordeiro" (v. 9).

III. ATUALIZAÇÃO

• Natanael ganhou o coração de Nosso Senhor pela simplicidade e retidão do seu coração (Jo 1, 47). Deus não desprezará nunca a simplicidade, diz Jo. Não rejeitará aqueles que se aproximam dele com simplicidade (Jo 8,10). 
• O Espírito Santo assegura-nos que os cumulará com os seus dons e as suas bênçãos (Prov. 28,10). O simples é bem sucedido nos seus desígnios e Deus abençoa-O. 
• Segue os caminhos de Deus; pode caminhar com confiança (Prov. 10,9 e 29). Deus frustrará os que são dúplices e dará as suas graças aos humildes (Prov. 3,34).



 

Pe. Edivânio José.

segunda-feira, 23 de agosto de 2021

HOMILIA DA Segunda-Feira da 21ª semana do Tempo Comum


I.INTRODUÇÃO

Hoje, consideramos o 2º Mandamento da Lei de Deus: “Não pronunciarás o nome de Deus em vão”. Na verdade, devemos respeitar o nome do Senhor. Jesus reprova aos escribas e fariseus o fato de abusarem do nome de Deus, dado que mediante uma casuística complexa que tinham inventado sabiam encontrar subterfúgios para usar o juramento de modo retorcido (sempre em benefício próprio!).

II. COMENTÁRIO

Deus revelou-nos o seu Santo Nome como um domdevemos guardá-lo na memória, num silêncio de adoração amorosa. Porém, de nenhuma palavra se tem abusado mais do que da palavra “Deus”. 

Um só exemplo: no cinto dos uniformes do exército nazi estava gravada a frase “Deus conosco”. Aparentemente, o nome de Deus era honrado, mas na realidade era gravemente profanado para os seus próprios fins. Essas profanações do seu nome vão desfigurando o rosto de Deus, até o tornar irreconhecível.

Meu Deus, quero adorar-te invocando muitas vezes o teu Nome “três vezes Santo”, e desejo elevar o teu doce nome de Deus-Homem: Jesus!

III. ATUALIZAÇÃO

• Hoje vemos a Jesus irritado como poucas vezes. E é que fariseus e escribas conseguem o impossível: incomodar a Deus e às pessoas! São dos que “não fazem” e, ao mesmo tempo, “não deixam fazer”. 
• “Não fazem” o que eles mesmos dizem que devemos que fazer: dão mal exemplo. 
• E, ao mesmo tempo, “não deixam fazer” porque fazem fazer (se inventam) muitos ritos que Deus não pede… O que é, pois, l que Deus pede? Amor quero e não sacrifícios.

 

Oração

Senhor Jesus, teu Evangelho falou profundamente ao coração da bela Rosa de Lima. Ela, de fato, renunciou aos apelos do mundo, para viver, no silêncio e na oração, os valores do Reino de Deus. Sua vida de caridade e penitência nos motive a corrigir nossos defeitos e intensificar a prática do bem. Amém.




 

Pe. Edivânio José.

domingo, 22 de agosto de 2021

HOMILIA DA 21º DOMINGO DO TEMPO COMUMANO B

I. INTRODUÇÃO

A liturgia do 21º Domingo do Tempo Comum fala-nos de opções. Recorda-nos que a nossa existência pode ser gasta a perseguir valores efémeros e estéreis, ou a apostar nesses valores eternos que nos conduzem à vida definitiva, à realização plena. Cada homem e cada mulher têm, dia a dia, de fazer a sua escolha.

II. COMENTÁRIOS
1. PRIMEIRA LEITURA - Jos 24,1-2a.15-17.18b

Na primeira leitura, Josué convida as tribos de Israel reunidas em Siquém a escolherem entre "servir o Senhor" e servir outros deuses. O Povo escolhe claramente "servir o Senhor", pois viu, na história recente da libertação do Egito e da caminhada pelo deserto, como só Jahwéh pode proporcionar ao seu Povo a vida, a liberdade, o bem estar e a paz.

2. SEGUNDA LEITURA - Ef 5,21-32

Na segunda leitura, Paulo diz aos cristãos de Éfeso que a opção por Cristo tem consequências também ao nível da relação familiar. Para o seguidor de Jesus, o espaço da relação familiar tem de ser o lugar onde se manifestam os valores de Jesus, os valores do Reino. Com a sua partilha de amor, com a sua união, com a sua comunhão de vida, o casal cristão é chamado a ser sinal e reflexo da união de Cristo com a sua Igreja.

3. EVANGELHO - Jo 6,60-69

O Evangelho coloca diante dos nossos olhos dois grupos de discípulos, com opções diversas diante da proposta de Jesus. Um dos grupos, prisioneiro da lógica do mundo, tem como prioridade os bens materiais, o poder, a ambição e a glória; por isso, recusa a proposta de Jesus. Outro grupo, aberto à ação de Deus e do Espírito, está disponível para seguir Jesus no caminho do amor e do dom da vida; os membros deste grupo sabem que só Jesus tem palavras de vida eterna. É este último grupo que é proposto como modelo aos crentes de todos os tempos.

III. ATUALIZAÇÃO
• Diante do discurso sobre “pão da vida”, os discípulos de Jesus entram em crise e resmungam. Escandalizados, afirmam: “Essas palavras são duras demais”. Jesus não recua, não muda o rumo da prosa, não adoça o conteúdo de sua fala.
• Ao contrário, prossegue dizendo que eles ficarão mais escandalizados quando virem o Filho do Homem sendo exaltado, glorificado por sua morte na cruz. Desiludidos, muitos abandonam o Mestre. 
• Pedro, ao invés, em nome dos apóstolos, declara fidelidade: “A quem iremos nós? Tu tens palavras de vida eterna”. Ao entrar no ambiente divino, somos envolvidos pelo mistério, e muitas coisas não compreendemos. Então é o momento de renovar nossa fé em Jesus Cristo, o Santo de Deus.



Pe. Edivânio José.