I. Introdução
Cristo repreende a duas cidades de Galileia, Corozain e Betsaida, por sua incredulidade: Ai de ti, Corozaín! Ai de ti, Betsaida! Porque se em Tiro e no Sidão, tivessem feito os milagres que se fizeram em vocês,“teriam se convertido” (Mt 11,21).
Jesus mesmo dá depoimento em favor das cidades fenícias, Tiro e Sidão: estas teriam feito penitência, com grande humildade, de ter experimentado as maravilhas do poder divino.
Evangelho (Mt 11,20-24)
Ninguém é feliz recebendo uma boa repreensão. No entanto, deve ser especialmente doloroso ser repreendido por Cristo, Ele que nos ama com um coração infinitamente misericordioso. Simplesmente, não há desculpa, não há imunidade quando se é repreendido pela própria Verdade. Recebamos, então, com humildade e responsabilidade cada dia o chamado de Deus à conversão.
O Evangelho nos fala do juízo histórico de Deus sob Corazim, Cafarnaum e outras cidades: “Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Se em Tiro e Sidônia se tivessem realizado os milagres feitos no meio de vós, há muito tempo teriam demonstrado arrependimento” (Mt 11,21). Tenho meditado essa passagem entre suas escuras ruínas, que é tudo o que fica delas. Minha reflexão não me deixou alegre pelo fracasso que sofreram. Pensava: nas nossas populações, em nossos bairros, nas nossas casas, por elas também passou o Senhor e... O levamos em conta? Eu o levei em conta?
Também notamos que Cristo não anda com rodeios. Ele situou a sua audiência frente a frente diante da verdade. Devemos examinar-nos sobre como falamos de Cristo aos outros. Frequentemente, também nós temos que lutar contra nossos respeitos humanos para pôr os nossos amigos diante das verdades eternas, tais como a morte e o juízo.
O Papa Francisco, conscientemente, descreveu são Paulo como um “escandaloso”: «O Senhor sempre quer que vamos mais longe. Que não nos refugiemos em uma vida tranquila nem nas estruturas caducas. E Paulo, incomodava predicando o Senhor. Mas ele ia adiante, porque tinha dentro de si aquela atitude cristã que é o cuidado apostólico. Não era um “homem de compromisso”». Não devemos evadir do nosso dever de caridade.
Pe. Edivânio José.
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