sábado, 26 de junho de 2021

HOMÍLIA DO SÁBADO XII DO TEMPO COMUM.

 

I. INTRODUÇÃO

 

Hoje, no Evangelho, vemos o amor, a fé, a confiança e a humildade de um centurião, que estima profundamente o seu criado. Preocupa-se tanto por ele, que é capaz de humilhar-se ante Jesus e pedir-lhe: Senhor, o meu criado está de cama, lá em casa, paralisado e sofrendo demais (Mt 8,6). 

Esta solicitação pelos outros, especialmente por um criado, obtém de Jesus uma rápida resposta: Ele respondeu: Vou curá-lo. (Mt 8,7). E tudo desemboca numa série de atos de fé e de confiança. 

 

II. COMENTÁRIOS

 

Evangelho (Mt 8,5-17):

No Evangelho de hoje, o centurião não se considera digno e, ao lado deste sentimento, manifesta sua fé diante de Jesus e de todos os que estavam ali presentes, de tal maneira que Jesus diz: Ao ouvir isso, Jesus ficou admirado e disse aos que o estavam seguindo: Em verdade, vos digo: em ninguém em Israel encontrei tanta fé (Mt 8,10).

O centurião disse: Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa. Dize uma só palavra e o meu criado ficará curado. (Mt 8,8). É a resposta do centurião. São assim teus sentimentos? É assim tua fé? Só a fé pode captar este mistério, esta fé que é o fundamento e a base de quanto ultrapassa à experiência e ao conhecimento natural (São Máximo). 

Se é assim, também escutarás: ‘Vai! Conforme acreditaste te seja feito’. E naquela mesma hora, o criado ficou curado (Mt 8,13).

Podemos nos perguntar o que é que move a Jesus para realizar o milagre? Quantas vezes pedimos e parece que Deus não nos atende! E isso que sabemos que Deus sempre nos escuta. 

O que será que sucede, então? Achamos que pedimos bem, mas, será que o fazemos como o centurião? Sua oração não é egoísta, está cheia de amor, humildade e confiança. Diz São Pedro CrisólogoA força do amor não mede as possibilidades.

O amor não discerne, não reflete, não conhece razões. O amor não é resignação ante a impossibilidade, não se intimida ante nenhuma dificuldade. É assim minha oração?

 

 

III. ATUALIZAÇÃO

 

• Centurião, em cuja casa um judeu observante da Lei não podia entrar, era o chefe de cem soldados a serviço dos romanos. Um deles aproxima-se de Jesus e lhe pede a cura de seu empregado. 
• Jesus diz que irá à casa dele. Porém, constatando o alto grau de fé do centurião, Jesus o elogia. Destaca-o como figura exemplar para todos os povos: “Em Israel não encontrei ninguém que tivesse tanta fé”. 
• Jesus segue fazendo prodígios: cura a sogra de Pedro e, ao entardecer, cura todos os doentes que lhe são apresentados, além de expulsar muitos demônios. O Reino de Deus se manifesta concretamente em Jesus, que “assumiu nossas fraquezas e carregou nossas doenças”.
• Deus não é um “polícia do cosmos” que intervém para pôr ordem segundo os nossos esquemasem todos os cantos do universo. É o Pai e o seu governo é providencial. 
• Às vezes, podemos parecer ausentes e incapazes de impedir o mal; porém Deus Pai revelou a sua omnipotência da forma mais misteriosa de aniquilação voluntária e na Ressurreição do seu filho.

 


 

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