No Evangelho de hoje, Jesus acabara de comentar com seus apóstolos como é difícil um rico entrar no Reino de Deus. Eles não alimentam ilusões, sabem que o Mestre vive pobremente, não possui bens materiais, não paga salário.
Pedro, representando os demais, quer saber qual será a situação dos que deixam tudo com vista a assumir as exigências do Reino. Jesus conta a própria experiência de vida: deixou sua família de sangue, mas tem uma família bem mais ampla, unida pelos laços da fé. Não tem sua própria casa; porém, como missionário do Reino, está sempre em casa, não lhe faltam alimento nem roupa.
Na nova sociedade, sem desigualdade nem opressão, haverá afeto e abundância para todos. Neste mundo, os seguidores de Jesus terão sua recompensa multiplicada por cem, acompanhada de perseguições. E, no futuro, herdarão a vida eterna.
A promessa do Senhor é generosa: “recebe cem vezes mais agora, durante esta vida (…); e, no mundo futuro, vida eterna” (Mc 10,30). Ele não se deixa ganhar em generosidade. Mas acrescenta: “com perseguições”. Jesus é realista e não quer enganar.
Ser seu discípulo, se o formos de verdade, nos trarão dificuldades, problemas. Mas Jesus considera as perseguições e as dificuldades como um prêmio, pois nos fazem crescer, se as soubermos aceitar e vive-las como uma ocasião para ganhar maturidade e responsabilidade. Tudo aquilo que é motivo de sacrifício assemelha-nos a Jesus Cristo que nos salva pela sua morte em Cruz.
Pedro e os demais Apóstolos e, inumeráveis amigos de Deus, percorreram este itinerário evangélico, que é exigente, mas acalma o coração e, receberam “cem vezes mais...” porque para Deus não há impossíveis.
Pe. Edivânio José.
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