domingo, 23 de maio de 2021

Homília da Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe da Igreja. Evangelho (Jo 19,25-27).


 

Hoje consideramos que nos Evangelhos todas as vezes que se menciona Maria fala-se da “mãe de Jesus”. Embora na Anunciação não se profira a palavra “mãe”, o contexto é de maternidade: a mãe de Jesus. 

Esta atitude de mãe acompanha a sua ação durante toda a vida de Jesus: é mãe. A ponto que no final Jesus a oferece como mãe aos seus, na pessoa de João: “Eu vou-me embora, mas eis aí a tua mãe”. Eis, portanto, a maternidade de Maria.

Contemplamos, neste sentido, a maternidade espiritual de Maria em relação à Igreja que é - em si mesma - Mãe do Povo de Deus, pois ninguém pode ter Deus por Pai se não tiver a Igreja por Mãe (S. Cipriano). 

Maria é Mãe do Filho de Deus e, ao mesmo tempo, Mãe daqueles que amam o seu Filho e dos “bem-amados” de seu Filho, de acordo com Mulher, eis o teu filho; discípulo: Eis a tua Mãe (Jo 19,26-27), tal como Jesus disse. Entregando o seu corpo aos homens e devolvendo o seu espírito a seu Pai, Jesus Cristo até deu sua Mãe aos seus amigos.

O Concílio Vaticano II acrescenta que Maria é verdadeiramente mãe dos membros de Cristo por ter cooperado com o seu amor para que nascessem na Igreja os fiéis, que são membros daquela Cabeça (Jesus). Além disso, permanecendo no meio dos Apóstolos no Cenáculo (cf. At 1,14), Maria - Mãe da Igreja - recorda a presença, o dom e a ação do Espírito Santo na Igreja missionária. 

Ao implorar o Espírito Santo no coração da Igreja, Maria reza com a Igreja e reza pela Igreja, porque elevada à glória do céu, assiste com amor materno a Igreja, protegendo os seus passos(Prefácio da Missa “Maria, Mãe da Igreja”).



 

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