Jesus Cristo chama-nos novamente à humildade, é um convite para situarmos no lugar certo, que nos pertence: “Quanto a vós, não vos façais chamar de ‘rabi’. Não chameis a ninguém na terra de ‘pai’, pois um só é vosso Pai, aquele que está nos céus.
Não deixeis que vos chamem de ‘guia’, pois um só é o vosso Guia, o Cristo” (Mt 23,8-10). Antes de nos apropriar de todos esses títulos, procuremos dar graças a Deus, por tudo o que temos e que recebemos dele.
O homem moderno padece de uma lamentável amnésia: vivemos e agimos como se fôssemos, nós mesmos, os autores da vida e os criadores do mundo. Ao contrário disto, Aristóteles provoca admiração, ele quem na sua teologia natural desconhecia o conceito de "criação" (noção conhecida naqueles tempos somente pela Divina Revelação), ao menos, tinha claro que este mundo dependia da Divindade (a "causa incausada").
João Paulo II chama-nos a conservar a memória da dívida que temos contraída com nosso Deus: “É preciso que o homem dê honra ao Criador, oferecendo-lhe, em ação de graças e louvores, tudo o que dele tem recebido. O homem não pode perder o sentido desta dívida, que somente Ele, dentre todas as outras realidades terrestres, pode reconhecer”.
Como diz São Paulo, «Que tens que não tenhas recebido? Mas, se recebeste tudo que tens, por que, então, te glorias, como se não o tivesses recebido?» (I Cor 4,7). De maneira que, quando tenhamos consciência de ter agido corretamente, faremos bem em repetir: “Somos simples servos, fizemos o que devíamos fazer” (Lc 17,10).
Oração
Ó Jesus Messias, tu prevines os discípulos e as multidões contra o mau exemplo dos doutores da Lei e dos fariseus, “porque dizem, mas não fazem”, agem de modo contrário às exigências do Reino. Orienta-nos, Senhor, em todas as circunstâncias, pois só tu és o nosso Mestre e o nosso Guia. Amém.
Pe. Edivânio José.