terça-feira, 17 de agosto de 2021

Homília da Terça-feira da 20ª semana do Tempo Comum


I. Introdução

Na escolha de seus emissários, Deus muitas vezes chama aqueles que são, perante os homens, os últimos. Fortaleçamo-nos em nosso seguimento do Senhor e no serviço a seu Reino, ainda que nos consideremos indignos da missão a nós confiada.

II. Comentário

Hoje, assombrados como os discípulos, voltamos a escutar que para o homem a salvação é impossível. Isto soa como uma afirmação muito rotunda! Mas assim tão radical é o dano com que a “perturbação da criação” nas suas origens nos “salpicou” a todos. As imagens do “Genesis” são eloquentes.

Hoje Jesus deixa assombrados os seus ouvintes: Então, quem poderá se salvar?. Outra equação a ser resolvida! As riquezas por si mesmas não são o problema, posto que Jesus mesmo é quem nos proporciona os recursos. O problema está no rico, o seja, o que “vai de rico” pela vida.

Hoje, contemplamos a reação que suscitou entre os ouvintes o diálogo do jovem rico com Jesus: Quem, pois, poderá salvar-se? (Mt 19,25). As palavras do Senhor dirigidas ao jovem rico são manifestamente duras, pretendem surpreender, despertar as nossas sonolências. Não se tratam de palavras isoladas, acidentais no Evangelho: repete vinte vezes este tipo de mensagem. Devemos recordá-lo: Jesus adverte contra os obstáculos que implicam as riquezas, para entrar na vida.

III. Atualização
• A riqueza em si mesma não é má, a não ser que a sua origem tenha sido adquirida de forma injusta, ou o seu destino, que se utilize de forma egoísta sem ter em conta os mais desfavorecidos, se fecha o coração aos verdadeiros valores espirituais (onde não há necessidade de Deus).
• Jesus Cristo diz-nos: Vós que deixastes tudo pelo Reino, vos sentareis com o Filho do Homem... Recebereis cem vezes mais do que tiveres deixado... E herdareis a vida eterna... (Mt 19,28-29).
• O futuro que Tu prometes aos teus, aos que te seguiram renunciando a todos os obstáculos... É um futuro feliz, é a abundância da vida, é a plenitude divina.

Oração:

Senhor, Tu és o Caminho, a Verdade e a Vida: concede-me que eu viva de ti, que és o Amor. Obrigado, Senhor. Conduz-me até esse dia!




 

Pe. Edivânio José.

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