quarta-feira, 22 de setembro de 2021

Homília da Quarta-feira da 25ª semana do Tempo Comum

I. INTRODUÇÃO

Hoje, Jesus convoca os Doze, que representavam o futuro Povo de Deus. Graças ao seu fiel testemunho e, o dos seus sucessores (os bispos), a palavra e a vida de Jesus se fez presente de modo permanente entre nós, formando a Tradição viva da Igreja.

II. COMENTÁRIO

Hoje Jesus Cristo envia aos Apóstolos a predicar. “Hoje” significa há 2.000 anos e também “nossos dias”: cada cristão —cada batizado— tem a honra de ser outro Cristo, ou seja, outro apóstolo. E as consignas para a missão são as mesmas: apoiarmos sobretudo na força de Jesus Cristo.

E o bastão, as mochilas, o pão, o dinheiro, as túnicas? Mas, de que vai? Turista? Apóstolo? A mais coisas, menos velocidade!

A sucessão na função episcopal deu continuidade ao ministério dos Apóstolos. Os Doze se os vinculou, em primeiro lugar Mateus (substituindo a Judas Iscariotes) e, logo Paulo, depois Barnabé e mais tarde com outros, até a definitiva configuração—na segunda e terceira geração — do ministério do bispo. Portanto, a continuidade apostólica se expressa nesta corrente histórica. E, nesta “continuada sucessão” do Colégio Apostólico está a garantia da perseverança da comunidade eclesial reunida “por” e “em” Cristo.

III. ATUALIZAÇÃO
• Esta continuidade não é apenas sucessão histórica, senão que também deve se entender no sentido espiritual
• A sucessão apostólica no ministério é considerada como lugar privilegiado da ação e da transmissão do Espírito Santo.

 

 

Oração

Ó Jesus, missionário do Pai, aos doze apóstolos dás “poder e autoridade sobre todos os demônios e para curar doenças”. Assim autorizados, eles percorrem os vilarejos, anunciando a Boa Notícia e realizando curas por toda parte. Envia, Senhor, novos apóstolos para os novos tempos. Amém.




 

Pe. Edivânio José.

terça-feira, 21 de setembro de 2021

HOMÍLIA DA TERÇA-FEIRA DA 25ª SEMANA DO TEMPO COMUM


I. INTRODUÇÃO

No tempo de Jesus, a postura preconceituosa de certa ala do farisaísmo era bem conhecida. Julgando-se melhores que todo mundo por observarem, escrupulosamente, a Lei mosaica, sentiam-se no direito de desprezar quem não agia assim. 

II. COMENTÁRIO

Olhavam com desprezo para os pecadores e todos os que eram incapazes de praticar a Lei de modo "tão perfeito" como eles. Por outro lado, por serem contrários aos romanos, recusavam-se a conviver com os colaboradores do poder opressor. 

Nesta categoria, incluíam-se os cobradores de impostos. Isto explica por que se admiraram ao ver Jesus sentado à mesa com eles e com os pecadores. O gesto de Jesus parecia-lhes digno de censura.

Entretanto, o modo de proceder do Mestre ia na direção contrária. Sabendo-se revestido da missão de libertar o povo do seu pecado, buscava a companhia e a amizade dos que mais necessitavam da misericórdia divina. Longe de desprezá-los e marginalizá-los, sempre tinha para com eles gestos benevolentes de acolhida.

III. ATUALIZAÇÃO
• Um provérbio popular bem conhecido ajudava-o a compreender sua missão. 
• médico interessa quem está doente e carece de ajuda, e não quem está sadio e em boa forma. 
• Sendo ele o médico enviado por Deus para curar o pecado da humanidade, urgia colocar-se junto às vítimas do pecado. 
• É o que fazia, sem se importar com os preconceitos dos fariseus.

 

Oração

Ó Deus, que na vossa inesgotável misericórdia escolhestes o publicano Mateus para torná-lo apóstolo, dai-nos, por sua oração e exemplo, a graça de vos seguir e permanecer sempre convosco. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 


Pe. EDIVÂNIO JOSÉ.

segunda-feira, 20 de setembro de 2021

Homília da FESTA DOS SANTOS ANDRÉ KIM E PAULO CHONG MÁRTIRES

I. INTRODUÇÃO

Alegremo-nos todos no Senhor, celebrando este dia festivo em honra dos santos mártires. Conosco alegram-se os anjos e glorificam o Filho de Deus.

André Kim, presbítero, e o grande apóstolo leigo Paulo se destacaram entre os missionários que evangelizaram a Coreia, no século 17. Com eles havia numerosos leigos, homens e mulheres, velhos, jovens e crianças, que, tendo suportado os suplícios do martírio, consagraram com o precioso sangue os primeiros tempos da Igreja coreana.

II. COMENTÁRIO

Os discípulos receberam a explicação da parábola do semeador e foram iluminados. Não devem guardar para si o tesouro precioso dos ensinamentos do Mestre; ao contrário, devem ser luz para o mundo. 

A Palavra de Deus, de fato, tem cunho universal: não é exclusividade de grupos fechados.

Sendo Palavra que liberta, não pode ficar oculta ou abafada: “A Palavra de Deus não está algemada” (2Tm 2,9). Em outra passagem, Jesus disse: “O que vocês disserem no quarto, ao pé do ouvido, será proclamado sobre os telhados”. 

III. ATUALIZAÇÃO
• A seus discípulos e a nós Jesus recomenda abertura de coração para acolhermos sua mensagem em medida generosa. 
• Quanto mais a pessoa se abre para Deus sem cálculos, tanto mais Deus se manifesta a ela. 
• Se a pessoa é mesquinha e se retrai, mesmo assim Deus não se retira nem deixa de se comunicar.

 

Oração

Ó Mestre Jesus, recomendas que tua Palavra não seja monopólio de pequeno grupo, como uma seita. Ao invés, queres que tua Palavra seja conhecida, amada, praticada e divulgada. Faze de nós, Senhor, autênticas testemunhas da tua Boa-Nova em toda parte e por todos os meios. Amém.

 


 

Pe. Edivânio José.

domingo, 19 de setembro de 2021

HOMÍLIA DA 25º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO B


I. INTRODUÇÃO

A liturgia do 25º Domingo do Comum convida os crentes a prescindir da "sabedoria do mundo" e a escolher a "sabedoria de Deus". 

Só a "sabedoria de Deus" - dizem os textos bíblicos deste domingo - possibilitará ao homem o acesso à vida plena, à felicidade sem fim.

II. COMENTÁRIO

1ª LEITURA

A primeira leitura avisa os crentes de que escolher a "sabedoria de Deus" provocará o ódio do mundo. 

Contudo, o sofrimento não pode desanimar os que escolhem a "sabedoria de Deus": a perseguição é a consequência natural da sua coerência de vida.

2ª LEITURA

A segunda leitura exorta os crentes a viverem de acordo com a "sabedoria de Deus", pois só ela pode conduzir o homem ao encontro da vida plena. 

Ao contrário, uma vida conduzida segundo os critérios da "sabedoria do mundo" irá gerar violência, divisões, conflitos, infelicidade, morte.

EVANGELHO

O Evangelho apresenta-nos uma história de confronto entre a "sabedoria de Deus" e a "sabedoria do mundo". 

Jesus, imbuído da lógica de Deus, está disposto a aceitar o projeto do Pai e a fazer da sua vida um dom de amor aos homens; os discípulos, imbuídos da lógica do mundo, não têm dificuldade em entender essa opção e em comprometer-se com esse projeto. 

Jesus avisa-os, contudo, de que só há lugar na comunidade cristã para quem escuta os desafios de Deus e aceita fazer da vida um serviço aos irmãos, particularmente aos humildes, aos pequenos, aos pobres.

III. ATUALIZAÇÃO
• A vida desses "justos" que assumiram os valores de Deus e que, mesmo no meio da hostilidade geral, procuram preservar os seus valores e viver de forma coerente com a sua fé, constitui um incómodo e uma dura interpelação para os "ímpios". 
• A coerência, a honestidade, a verticalidade e a fidelidade dos "justos" constituem um permanente espinho que magoa os "ímpios" e que não os deixa sentirem-se em paz com a sua consciência.



 

sábado, 18 de setembro de 2021

HOMÍLIA DA 24ª SEMANA DO TEMPO COMUM.


I. INTRODUÇÃO

Para a grande multidão, Jesus conta a parábola do semeador e depois a explica a seus discípulos. Trata-se da disposição (diversos tipos de terreno) com que as pessoas acolhem a Palavra. 

II. COMENTÁRIO

Sabemos, pelos Evangelhos, que Jesus estava sempre disposto e não perdia nenhuma ocasião para anunciar o Reino de Deus. 

Entretanto, entre os ouvintes, uns eram impenetráveis (terreno pedregoso); outros, entusiastas superficiais; havia quem, após ouvir a Palavra, se deixasse seduzir pelos bens materiais; por fim, muitos ouviam a Palavra e lhe davam pleno consentimento, abrindo-se para a fé e o fiel seguimento de Jesus. 

Em nossos dias, a Palavra de Deus continua sendo semeada de múltiplos modos, inclusive os meios digitais. Resta saber como os cristãos estão “administrando” o grande tesouro dessa Palavra!

III. ATUALIZAÇÃO
• O apego aos bens terrenos pode levar a pessoa a desejos “loucos e perniciosos”. 
• Somos servidores do bendito e único soberano, Jesus Cristo, Rei dos reis e Senhor dos senhores, e a nós foi dado conhecer e celebrar os mistérios do seu Reino. 
• É uma honra, mas também, certamente, grande responsabilidade.

Oração

Senhor Jesus, não medes esforços para anunciar generosamente a Palavra de Deus. Entretanto, muitas pessoas estão de tal modo envolvidas com os bens terrenos, que não lhes sobram tempo nem disposição para acolher e frutificar a Palavra. Desperta-nos, Senhor, para o grande valor dos teus ensinamentos. Amém.



sexta-feira, 17 de setembro de 2021

Homília da Sexta-feira da 24ª semana do Tempo Comum


I. INTRODUÇÃO

Hoje, vemos no Evangelho o que seria uma jornada cotidiana dos três anos da vida pública de Jesus. São Lucas nos narra-o com poucas palavras: «Jesus percorria cidades e povoados proclamando e anunciando a Boa Nova do Reino de Deus» (Lc 8,1). É o que contemplamos no terceiro mistério de luz do Santo Rosário.

II. COMENTÁRIO

Comentando este mistério diz o Papa são João Paulo II: «Mistério de luz é a predicação com a que Jesus anuncia a chegada do Reino de Deus e convida à conversão, perdoando os pecados de quem se aproxima a Ele com fé humilde, iniciando assim o mistério da misericórdia que Ele continuará exercendo até o fim do mundo, especialmente através do sacramento da Reconciliação confiado à Igreja».

Jesus continua passando perto de nós, oferecendo-nos seus bens sobrenaturais: quando fazemos oração, quando lemos e meditamos o Evangelho para conhecê-lo e amá-lo mais e imitar sua vida, quando recebemos algum sacramento, especialmente a Eucaristia e a Penitência, quando dedicamo-nos com esforço e constância ao trabalho de cada dia, quando tratamos com a família, os amigos ou vizinhos, quando ajudamos àquela pessoa necessitada material e espiritualmente, quando descansamos ou nos divertimos... Em todas essas circunstâncias podemos encontrar a Jesus e segui-lo como aqueles doze e aquelas santas mulheres.

III. ATUALIZAÇÃO
• Cada um de nós é chamado por Deus a ser também Jesus que passa, para falar -com nossas obras e nossas palavras
• quem tratamos sobre a fé que enche de sentido a nossa existência, da esperança que nos move a seguir adiante pelos caminhos da vida confiados do Senhor e, da caridade que guia todo nosso agir.
• A primeira em seguir Jesus e em ser Jesus é Maria. Que Ela com seu exemplo e sua intercessão nos ajude!

Oração

Ó incansável missionário do Reino, Senhor Jesus, ao grupo dos Doze agregaste algumas mulheres que te serviam “com os bens que possuíam”. Com isso desmantelas ou, ao menos, reprovas o preconceito da época contra a mulher e a tornas valorosa colaboradora na evangelização. Amém.




 

Pe. Edivânio José.

quinta-feira, 16 de setembro de 2021

HOMÍLIA DA Quinta-feira da 24ª semana do Tempo Comum

I. INTRODUÇÃO

Hoje, o Evangelho nos chama a ficar atentos ao perdão que o Senhor nos oferece: «Teus pecados estão perdoados» (Lc 7,48). É preciso que os cristãos nos lembremos de duas coisas: que devemos perdoar sem julgar à pessoa e amar muito porque fomos perdoados gratuitamente por Deus. Gera-se um duplo movimento: o perdão recebido e o perdão amoroso que devemos dar.

II. COMENTÁRIO

«Quando alguém lhe insulte, não lhe jogue a culpa, jogue-a ao demônio que, em todo caso, é quem faz insultar, e descarregue nele toda sua ira; em troca, compadeça ao desgraçado que faz o que o diabo lhe mandar» (São João Crisóstomo). Não se deve julgar à pessoa, mas reprovar a má ação.

A pessoa é um objeto continuado do amor do Senhor, são as ações que nos distanciam de Deus. Nós, então, devemos estar sempre dispostos a perdoar, acolher e amar a pessoa, mas a rejeitar aquelas ações contrarias ao amor de Deus.

«Quem peca fere a honra de Deus e o seu amor, sua própria dignidade de homem chamado a ser filho de Deus e o bem espiritual da Igreja, da qual cada cristão deve ser pedra viva» (Catecismo da Igreja, n. 1487). 

Através do Sacramento da Penitência, a pessoa tem a possibilidade e a oportunidade de refazer sua relação com Deus e com toda a Igreja. A resposta ao perdão recebido, só pode ser o amor.

III. ATUALIZAÇÃO
• A recuperação da graça e a reconciliação nos levará aamar com um amor divinizado. Somos chamados para amar como Deus ama!
• Perguntemo-nos hoje, especialmente, se somos conscientes da grandeza do perdão de Deus, se somos aqueles que amam à pessoa e lutam contra o pecado e, finalmente, se acudimos com confiança ao Sacramento da Reconciliação. 
• Tudo o podemos com o auxílio de Deus. Que nossa humilde oração nos ajude

 

Oração

Ó Mestre e Senhor, livre de preconceitos e de normas opressoras, permites que a pecadora toque no teu corpo. Então, gestos de amor, arrependimento e gratidão misturam- se no mesmo ritual. O perdão se dá: “Seus pecados estão perdoados”. E a mulher, totalmente transfigurada, retira-se em paz. Amém.

 



Pe. Edivânio José.