I. Introdução
II. Comentário
Hoje, o Evangelho toca nossos "esquemas mentais"... Por isso, hoje, como nos
tempos de Jesus, podem surgir as vozes dos prudentes para sopesar se vale a pena
determinado assunto.
Os discípulos, ao ver que se fazia tarde e, como não sabiam como atender
àquelas pessoas reunidas em torno de Jesus, encontraram uma saída honrosa: «Que
possam ir aos povoados comprar comida!» (Mt 14,15).
Não podiam esperar que seu Mestre e Senhor contrariasse esse raciocínio,
aparentemente tão prudente, dizendo-lhes: «Vós mesmos dai-lhes de comer!» (Mt
14,16).
Um ditado popular diz: «Aquele que deixa Deus fora de suas contas, não sabe
contar». E é verdade, os discípulos —e nós também— não sabemos contar, porque nos
esquecemos frequentemente, de acrescentar o elemento de maior importância na
soma: Deus mesmo entre nós.
Os discípulos fizeram bem as contas; contaram com exatidão o número de
pães e peixes, mas ao dividi-los mentalmente entre tanta gente, eles obtinham
sempre um zero periódico; por isso optaram pelo realismo prudente: «Só temos aqui
cinco pães e dois peixes» (Mt 14,17). Não percebem que eles têm a Jesus —verdadeiro
Deus e verdadeiro homem— entre eles!
Parafraseando a São Josemaria, não nos seria mal recordar aqui que: «os
empreendimentos de apostolado, está certo —é um dever— que consideres os teus
meios terrenos (2 + 2 = 4). Mas não esqueças nunca! Que tens de contar, felizmente,
com outra parcela: Deus + 2 + 2...». O otimismo cristão não é baseado na ausência de
dificuldades, de resistências e de erros pessoais, mas em Deus que nos diz: «Eis que
estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos» (Mt 28,20).
III.
• •
Atualização
Seria bom se você e eu, quando confrontados com as dificuldades, antes de
darmos uma sentença de morte à ousadia e ao otimismo do espírito cristão,
contássemos com Deus.
Tomara que possamos dizer como São Francisco, naquela oração genial:
«Onde houver ódio que eu leve o amor», isto é, onde as contas não baterem,
que contemos com Deus.
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