terça-feira, 17 de maio de 2022

Homília da Terça-feira da 5° Páscoa

  Hoje, o Senhor consola a seus discípulos. Jesus vai embora! Para onde?

 Primeiro foi embora, morrendo: sua morte foi uma ida ao céu. Três dias depois

 ressuscitou e, ainda durante um breve tempo, foi aparecendo aos discípulos.

 Senhor pede que não assuste nosso coração. Ele nos dá a verdadeira paz:

 Jesus, porque é Deus, está no céu e está com cada um de nós. Inclusive dentro de nós

 quando o recebemos na Comunhão.

  Hoje, Jesus nos fala indiretamente da cruz: deixara-nos a paz, mas ao preço de

 sua dolorosa saída deste mundo. Hoje lemos suas palavras ditas antes do sacrifício

 da Cruz e que foram escritas depois de sua Ressurreição. Na Cruz, com sua morte

 venceu a morte e ao medo. Não nos dá a paz como a do mundo «Não é à maneira do

 mundo que eu a dou» (cf. Jo 14,27), senão que o faz passando pela dor e a humilhação:

 assim demonstrou seu amor misericordioso ao ser humano.

 Na vida dos homens é inevitável o sofrimento, a partir do dia em que o pecado

 entrou no mundo. Umas vezes é dor física; outras, moral; em outras ocasiões se trata

 de uma dor espiritual..., e a todos nos chega a morte. Mas Deus, em seu infinito amor,

 nos deu o remédio para ter paz no meio da dor: Ele aceitou “ir-se” deste mundo com

 uma “saída” cheia de sofrimento e serenidade.

 Por que ele fez assim? Porque, deste modo, a dor humana —unida à de Cristo—

 se converte em um sacrifício que salva do pecado. «Na Cruz de Cristo (...), o mesmo

 sofrimento humano ficou redimido» (João Paulo II). Jesus Cristo sofre com serenidade

 porque satisfaz ao Pai celestial com um ato de custosa obediência, mediante o qual

 se oferece voluntariamente por nossa salvação.

 Um autor desconhecido do século II põe na boca de Cristo as seguintes

 palavras: «Veja as cuspidas no meu rosto, que recebi por ti, para restituir-te o

 primitivo alento de vida que inspirei em teu rosto. Olha as bofetadas de meu rosto,

 que suportei para reformar à imagem minha teu aspecto deteriorado. Olha as

 chicotadas de minhas costas, que recebi para tirar da tua o peso de teus pecados.

 Olha minhas mãos, fortemente seguras com pregos na árvore da cruz, por ti, que em

 outro tempo estendeste funestamente uma de tuas mãos à árvore proibida».

 III.

 Atualização

 Hoje, Jesus nos fala indiretamente da cruz: deixará-nos a paz, mas ao preço de

sua dolorosa saída deste mundo. Hoje lemos suas palavras ditas antes do

 sacrifício da Cruz e escritas depois de sua Ressurreição. Na Cruz, com sua

 morte venceu à morte e ao medo. Não nos dá a paz como a dá o mundo, e sim

 o faz passando pela dor e a humilhação: assim demonstrou seu amor

 misericordioso ao ser humano.

  Na vida dos homens é inevitável o sofrimento, a partir do dia em que o pecado

entrou no mundo. Mas Deus, em seu infinito amor, nos deu o remédio para ter

 paz no meio da dor: Ele aceitou “ir-se” deste mundo com uma “saída” sofrida

 e cheia de serenidade.

 

 Jesus, sofres com serenidade porque agradas ao Pai celestial com um ato de

custosa obediência, mediante o qual te ofereces voluntariamente por nossa

 salvação.



 

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