I. Introdução
II. Comentário
O texto tem como pano de fundo Is 5,1ss; 27,2ss; Jr 2,21ss; 8,13; Ez 15.17; Sl
80 etc. No AT, a videira é Israel, que não produziu os frutos desejados. Deus esperava
bons frutos, mas ficou frustrado pela esterilidade de Israel.
Diante dessa frustração, surge, no entanto, uma esperança: “Deus, protege esta
vinha” (Sl 80,15ss). Jesus, a videira, é a resposta à esperança do Sl 80.
Na parábola dos vinhateiros homicidas (Mt 21,33ss), Jesus vem visitar a vinha
do Pai e é eliminado. O reino, então, passa para outras mãos. Agora, no entanto, Jesus
é a videira em substituição ao velho Israel.
A fase da esterilidade passou, pois a videira se tornou fértil e realiza o que o Pai
sempre esperou. Por isso, os discípulos só podem realizar os bons frutos unidos a
Cristo, a verdadeira videira. Não mais o velho Israel, mas Jesus e os que nele
permanecem são o verdadeiro povo de Deus.
Jesus insiste no verbo “permanecer”. Repete-o sete vezes no trecho do
Evangelho de hoje. Antes de deixar este mundo e ir para o Pai, Jesus quer
assegurar aos seus discípulos que podem continuar a estar unidos a Ele. Diz:
«Permanecei em mim e Eu em vós». (v. 4).
Este permanecer não é um permanecer passivo , um “adormecer” no
Senhor, deixando-se embalar pela vida. Não, não é isto! O permanecer n’Ele,
o permanecer em Jesus que Ele nos propõe, é um permanecer ativo, e
também recíproco.
III. Atualização
• «Onde estiver Jesus Cristo, aí está a Igreja Católica» (Santo Inácio de Antioquia)
• «Nós somos os ramos. Os ramos não são autossuficientes, pois dependem totalmente da videira, onde está a sua fonte de vida» (Francisco)
• «Desde o princípio, Jesus associou os discípulos à sua vida; revelou-lhes o
mistério do Reino; deu-lhes parte na sua missão, na sua alegria e nos seus sofrimentos. Jesus fala duma comunhão ainda mais íntima entre Ele e os que O seguem: «Permanecei em Mim, como Eu em vós... Eu sou a cepa, vós os ramos» (Jo 15, 4-5). E anuncia uma comunhão misteriosa e real entre o seu próprio Corpo e o nosso» (Catecismo da Igreja Católica, no787
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