quarta-feira, 18 de maio de 2022

HOMÍLIA DA QUARTA-FEIRA DA 5° DA PÁSCOA

I. Introdução

II. Comentário

  O texto tem como pano de fundo Is 5,1ss; 27,2ss; Jr 2,21ss; 8,13; Ez 15.17; Sl

 80 etc. No AT, a videira é Israel, que não produziu os frutos desejados. Deus esperava

 bons frutos, mas ficou frustrado pela esterilidade de Israel.

 Diante dessa frustração, surge, no entanto, uma esperança: “Deus, protege esta

 vinha” (Sl 80,15ss). Jesus, a videira, é a resposta à esperança do Sl 80.

  Na parábola dos vinhateiros homicidas (Mt 21,33ss), Jesus vem visitar a vinha

 do Pai e é eliminado. O reino, então, passa para outras mãos. Agora, no entanto, Jesus

 é a videira em substituição ao velho Israel.

 A fase da esterilidade passou, pois a videira se tornou fértil e realiza o que o Pai

 sempre esperou. Por isso, os discípulos só podem realizar os bons frutos unidos a

 Cristo, a verdadeira videira. Não mais o velho Israel, mas Jesus e os que nele

 permanecem são o verdadeiro povo de Deus.

 Jesus insiste no verbo “permanecer”. Repete-o sete vezes no trecho do

 Evangelho de hoje. Antes de deixar este mundo e ir para o Pai, Jesus quer

 assegurar aos seus discípulos que podem continuar a estar unidos a Ele. Diz:

 «Permanecei em mim e Eu em vós». (v. 4).

 Este permanecer não é um permanecer passivo , um “adormecer” no

 Senhor, deixando-se embalar pela vida. Não, não é isto! O permanecer n’Ele,

 o permanecer em Jesus que Ele nos propõe, é um permanecer ativo, e

 também recíproco.

 III. Atualização

• «Onde estiver Jesus Cristo, aí está a Igreja Católica» (Santo Inácio de Antioquia)

• «Nós somos os ramos. Os ramos não são autossuficientes, pois dependem totalmente da videira, onde está a sua fonte de vida» (Francisco)

• «Desde o princípio, Jesus associou os discípulos à sua vida; revelou-lhes o

  mistério do Reino; deu-lhes parte na sua missão, na sua alegria e nos seus sofrimentos. Jesus fala duma comunhão ainda mais íntima entre Ele e os que O seguem: «Permanecei em Mim, como Eu em vós... Eu sou a cepa, vós os ramos» (Jo 15, 4-5). E anuncia uma comunhão misteriosa e real entre o seu próprio Corpo e o nosso» (Catecismo da Igreja Católica, no787



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