I. Introdução
Hoje, a cultura atual, profundamente marcada por um subjetivismo que
desemboca muitas vezes no individualismo extremo, ou no relativismo, impulsiona
os homens a se converterem em única importância de si mesmo, perdendo de vista
outros objetivos que os atenham centrados em seu próprio eu, transformado em
único critério de valorização da realidade.
Deste modo, o homem tende a olhar cada vez mais para si mesmo, a se fechar
em uns microcosmos existencial asfixiante, onde já não tem cabimento os grandes
ideais, abertos à transcendência, a Deus. Por outro lado, o homem que não se deixa
encerrar nos estreitos limites de seu próprio egoísmo é capaz de una olhada autêntica
aos demais e à criação.
Com esse olhar, o homem toma consciência de sua característica essencial de
criatura em contínua evolução, chamado a um crescimento harmonioso em todas
suas dimensões, começando exatamente por sua própria interioridade, para chegar à
realização plena do projeto que o Criador marcou no mais profundo do seu ser.
II. Comentário
«Quando tu, Senhor Jesus, me diriges à luz recibo ao Padre, sou coerdeiro contigo. Tendo dissipado as trevas que nos enrolam como uma nuvem, contemplemos ao Deus verdadeiro e proclamemos: “Bendita seja a luz verdadeira”» (São Clemente de Alexandria)
«Para todos aqueles que ao princípio escutaram a Jesus, da mesma
forma para nós, o símbolo da luz evoca o desejo de verdade e a sede de chegar à plenitude do conhecimento que estão impressos no mais íntimo de cada ser humano» (São João Paulo II)
«Em Jesus Cristo, a verdade de Deus manifestou-se na sua totalidade. Cheio de graça e de verdade (Jo 1,14), Ele é a “luz do mundo” (Jo 8,12), Ele é a verdade. Quem nele crê não fica nas trevas. O discípulo de Jesus “permanece na sua palavra” para conhecer “a verdade que liberta” (cf. Jo 8,31-32) e que santifica (...)» (Catecismo da Igreja Católica, n° 2466)
III.
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Atualização
O que é que isto quer dizer? Que em qualquer circunstância em que nos
encontremos, seja por trabalho ou na relação com os outros, na nossa relação
perante Deus, frente às alegrias ou às tristezas...
Podemos pensar: —Que fez Jesus numa circunstância semelhante?; podemos
sempre procurar no Evangelho e responder: —Isto mesmo é o que eu farei!
Precisamente, João Paulo II incorporou no Santo Rosário —o “compêndio do
Evangelho”, como ele próprio nos recorda— os mistérios da vida pública de
Jesus, e denominou-os “mistérios da luz”.
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Assim, diz-nos o Papa: «Ele é quem, declarado Filho predileto do Pai no
Batismo do Jordão, anuncia a chegada do Reino, dando testemunho dele com
as suas obras e proclamando as suas exigências».
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