sábado, 26 de março de 2022

Que saudades do fogão a lenha que fica por trás das casas de taipas.

Que saudades da Jara, do pote e da quartinha, lá em num sabe, tinha sempre água friinha, agente não tinha geladeira, mas não fartava um goipe de água fria, era arretado demais sou.

Eita, que saudades do tempo de não fazer nada, só ficar com a cara pra cima... Ali eu pensava em tudo... Tudo que vinha na cabeça, me sentia livre... Sem preconceitos, sem preocupações com o que os outros iam achar, olhar ou falar, num sabe? Coisas que essa sociedade vive perdendo tempo!?!

Ah, tenho saudades também do tempo das boas traquinagens, que as crianças de hoje não sabem fazer, era tão bom... Aperriar a nossa mãe... Quando ouvia ela gritar pelo nosso nome, sabia, que apesar dos afazeres, ela estava com o sentido na gente... Quem ama pensa... Quem ama não perde o sentindo!

Que saudades do tempo que apanhava (pisa), era muito engraçado chorando por causa da dor passageira, mas querendo rir, quando ouvia da minha mãe, agora chore com gosto, eu que era mau criado interrompia o choro e dizia: ora lá, quem já via chorar com gosto? 

Ela dizia: pera aí, ainda e tá esmugando? 

Kkkkkkk Eu não?!! Era bom demais!


O tempo passa!

Mas, que saudades!

Padre Edivânio José 




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