segunda-feira, 28 de março de 2022

Homília da segunda-feira da 4° semana da Quaresma

I. Introdução

  fez o homem do Evangelho que tinha o filho doente. ‘Senhor, desça, antes

 que meu filho morra'. ‘Vá, teu filho vive!’.

 Aquele homem acreditou na palavra que Jesus lhe havia dito e partiu.

 A fé é abrir espaço para este amor de Deus, é abrir espaço para o poder, ao

 poder de Deus, mas não ao poder de quem é muito poderoso, ao poder de

 quem me ama, de quem está apaixonado por mim e que quer a alegria

 comigo.

  mude".

 II. Comentário

 Em vez de “milagres”, o evangelista João adota o termo “sinais” para designar os

 feitos extraordinários que Jesus realizou. Ao todo, ao longo de seu Evangelho, João apresenta

 sete sinais; recordemos que o número sete na Bíblia significa plenitude.

 aconteceu.

Inicialmente, Jesus afirma que sem sinais e prodígios o povo não é capaz de acreditar;

 e, ao ser interpelado por um pai aflito, Jesus, de forma simples, diz que a cura esperada já

  O pai da criança constata o que Jesus realizou e, por causa desse sinal, passa a

 acreditar. Os sinais realizados por Jesus têm, sim, caráter extraordinário, mas, sobretudo,

 pedagógico; não tem valor em si o “fora do normal”, mas o que esse sinal pode provocar de

 adesão ao projeto proposto por Jesus.

 III.

• •

Crer. Crer que o Senhor pode me mudar, que Ele é poderoso: como

 Isto é a fé. Isto é crer: é abrir espaço para que o Senhor venha e me

O dia a dia, sim, deve se tornar extraordinário e nos motivar a construir um mundo

 mais justo e fraterno onde a vida de todos transborde.

 Atualização

 Hoje o saber da ciência sozinho não é suficiente. Temos necessidade não só

do pão material, mas precisamos de amor, de significado e de esperança, de

 um fundamento seguro.

  A fé oferece-nos precisamente isto: é um entregar-se confiante a um "Tu", que

é Deus, o qual me confere uma certeza diversa, mas não menos sólida do que

 aquela que me deriva do cálculo exato ou da ciência. A fé não é simples

 assentimento intelectual do homem a verdades particulares sobre Deus; é um

 gesto mediante o qual me confio livremente a um Deus que é Pai e que me

 ama; é adesão a um "Tu" que me dá esperança e confiança.

  Deus revelou que o seu amor pelo homem, por cada um de nós, é

incomensurável: na Cruz, Jesus de Nazaré, o Filho de Deus que se fez homem,

 mostra-nos do modo mais luminoso até que ponto chega este amor, até ao

 dom de si mesmo, até ao sacrifício total.



 

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