I. Introdução
O percurso quaresmal pede de nós uma profunda revisão de vida que não deveria ser teórica, mas prática. Isso significa que somos convidados a passar das boas intenções para atitudes concretas, ou seja, quando e como, segundo as nossas possibilidades, estamos acolhendo o irmão que passa por necessidade, a começar por aqueles que estão mais perto de nós? A instrução é muito importante e necessária para todo ser humano, mas devem-se associar à instrução formal gestos concretos de promoção da vida.
A vivência da nossa fé pode, sim, ser expressa por meio de palavras que não deveriam ser sinal de autopromoção, mas meio de edificação da comunidade por causa daquilo que realizamos. A nossa forma de viver e as escolhas que fazemos já nos dizem se estamos distantes ou próximos de Deus e de seu projeto de vida.
II. Comentário
Hoje, diante a imagem do Juízo final, a Quaresma nos renova a esperança Naquele que nos faz passar da morte à vida. O juízo é um “lugar de exercício da esperança”. A imagem do Juízo final não é uma imagem horripilante, senão uma imagem decisiva de esperança: Unicamente Deus pode criar justiça.
Deus revelou seu rosto precisamente na figura daquele que sofre e compartilha a condição do “homem abandonado” levando-a consigo Este Inocente que sofre converteu-se em esperança-certeza: Deus existe, e Deus sabe criar a justiça de um modo que nós não somos capazes de conceber e que, porém, podemos intuir na fé. Sim, existe a ressurreição da carne; existe uma justiça! Existe a “revogação” do sofrimento passado, a reparação que restabelece o Direito.
A fé no Juízo final é, acima de tudo, esperança, cuja necessidade se fez evidente precisamente nas convulsões dos últimos séculos: a injustiça da história não terá a última palavra.
III.
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Atualização
Hoje, escutamos o relato do “juízo final”. Bom tema para a Quaresma! Juízo? No fim? Sim!, no fim da vida cada um verá como aproveitou (ou desaproveitou) a sua própria vida.
É inevitável! Não somos nem robots nem animaizinhos sem consciência: somos seres livres; livres para amar.
Como é que se ama? Jesus Cristo concretizou-o nas obras de misericórdia: «Tive fome, e deste-me de comer; tive sede...». Deus sente (ou sofre) o nosso amor (ou desamor) com os irmãos.
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