I. Introdução
Hoje, nesta passagem de Marcos, falasse-nos da fama de Jesus —conhecido pelos seus milagres e ensinamentos—. Era tal esta fama que algumas pessoas pensavam que se tratava do parente e precursor de Jesus, João Batista, que teria ressuscitado de entre os mortos.
E assim o queria imaginar Herodes, o que o tinha mandado matar. Mas este Jesus era muito mais que os outros homens de Deus: mais que aquele João; mais que qualquer dos profetas que falavam em nome do Altíssimo: Ele era o Filho de Deus feito Homem, perfeito Deus e perfeito Homem. Este Jesus —presente entre nós—, como homem, pode compreender-nos e, como Deus, pode conceder-nos tudo o que necessitamos.
II. Comentário
João, o precursor, que tinha sido enviado por Deus antes que Jesus, com o seu martírio, precedeu-o também na Sua paixão e morte. Foi também uma morte injustamente atribuída a um homem santo, por parte do tetrarca Herodes, seguramente contrariado, pois ele apreciava- o e escutava-o com respeito. Mas, por fim, João era claro e firme com o rei quando lhe critica a sua conduta merecedora de censura, pois não lhe era lícito tomar como esposa a Herodias, a mulher do seu irmão.
Herodes tinha cedido ao pedido que lhe tinha feito a filha de Herodias, instigada pela sua mãe, quando, num banquete —depois da dança que tinha agradado ao rei— perante os convidados, jurou à bailarina dar-lhe tudo o que lhe pedisse. «Que lhe peço?», pergunta à sua mãe que lhe responde: «A cabeça de João Batista» (Mc 6,24). E o reizinho manda executar a Batista. Era um juramento que de nenhuma forma o obrigava, pois era coisa má, contra a justiça e contra a consciência.
Uma vez mais, a experiência ensina que uma virtude deve estar unida a todas as outras, e todas hão de crescer de maneira orgânica, como os dedos de uma mão. E também que quando se incorre num vício, prosseguem-se os outros.
III. Atualização
• «São João morreu por Cristo, quem é a Verdade. Justamente, por amor a verdade, não
reduz seu compromisso e não tem temor a dirigir palavras fortes para aqueles que
tinham perdido o caminho de Deus» (São Venerável Beda)
• «João não tem medo dos juízos humanos, as persecuções, as calúnias nem da morte,
pois, tem uma consciência clara de sua missão. A vida do Bautista se resume na
necessidade de obedecer a Deus antes que aos homens» (Bento XVI)
• «Na linha dos profetas e de João Batista, Jesus anunciou, em sua pregação, o juízo do
último dia. Serão então revelados a conduta de cada um e o segredo dos corações. Será também condenada a incredulidade culpada que fez pouco da graça oferecida por Deus» (Catecismo da Igreja Católica, n° 678)
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