segunda-feira, 9 de agosto de 2021

Homília da Segunda-Feira da 19ª semana do Tempo Comum I.


I. Introdução

Hoje, contemplamos uma situação quase surrealista: o homem a reclamar impostos a Deus. O Rei dos reis paga impostos! Isto tem sentido? Ele deu tudo, até a sua própria vida. Não somos nós que devemos render-Lhe tributo a Ele?

II. Comentário

Hoje lemos dois parágrafos em providencial conexão: 1. Jesus anuncia sua paixão (e ressurreição); 2. Jesus paga o tributo do templo. Jesus Cristo foi muito respeitoso com o Templo de Jerusalém ("a casa de meu Pai"). Mas, mediante sua crucificação, o antigo culto do templo foi abolido e, ao mesmo tempo, levado a seu cumprimento.

A rejeição a Jesus, sua crucificação, significa simultaneamente a "demolição" do templo. Chega um novo culto em um templo não construído por homens: seu Corpo —sacrificado e ressuscitado— que congrega a todos os povos e os une no sacramento da Eucaristia. Com a obediência de Cristo se realizou a remissão dos pecados que tentavam os sacrifícios de animais e, assim, Jesus mesmo se pôs no lugar do templo: Ele é o novo Templo.

Com tua ressurreição, Jesus, começa um modo novo de venerar a Deus, não já em um monte ou em outro, senão "em espírito e em verdade", vivendo a obediência ao Pai.

III. Atualização
• Diz São Mateus que Jesus estava reunido com os discípulos na Galileia (Mt 17,22). Pareceria evidente, mas o fato de mencionar que estavam juntos demonstra a proximidade de Cristo. 
• Depois, abre-lhes seu Coração para confiar-lhes o caminho de sua Paixão, Morte e Ressurreição, ou seja, algo que Ele tem no seu interior e, não quer que aqueles que ama tanto, ignorem-no.
• texto comenta o episódio do pagamento dos impostos, e o evangelista também nos amostra o trato de Jesus que, coloca-se ao mesmo nível do que Pedro, contrapondo aos filhos (Jesus e Pedro) isentos de pagar os impostos e dos estranhos obrigados a pagá-los.  
• Cristo, afinal, mostra-lhe como conseguir o dinheiro necessário para pagar não só por Ele, mas pôr os dois e, evitar ser motivo de escândalo.

Oração

Senhor e Mestre, diante de impostos abusivos e opressores, quem mais padece é a população pobre. Por isso, questionas a validade de pagar taxas que sustentam o poder político, econômico e religioso romano. Com a cena do peixe com moeda, mostras a soberania de Deus sobre a criação inteira. Amém.




 

Pe. Edivânio José.

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