Maria quer ver o seu Filho… e não consegue porque a casa está casa repleta de gente escutando a seu Filho. À primeira vista, a reação de Jesus soa como um desprezo a sua Mãe. Mas é todo o contrário!
Cristo alaba a sua Mãe no mais importante de um bom filho de Deus: a obediência à vontade divina. Você lembra das palavras com que a Virgem respondeu ao Arcanjo São Gabriel
Hoje Jesus Cristo indica como “seus” aqueles que cumprem com a vontade do Pai Celestial. Mas, não pareceria isso como uma exageração, inclusive “antinatural”? Surge na nossa memória o drama de Getsêmani, onde a vontade humana de Jesus parece “pugnar” contra a sua própria vontade divina (é Deus Filho!), que devia se identificar com a do Pai.
Na realidade, o misterioso não é tanto aquela “pugna” de vontades em Cristo, mas bem nossa “esquizofrenia” ao esquecer o querer do Pai. Desde que foi criada, a vontade humana está orientada à divina. Ao assumir a vontade divina, nossa vontade atinge seu cumprimento, não a sua destruição. Mas o homem, pela “estreiteza original”, tende a sentir ameaçada a sua liberdade pela vontade do Pai. Este distanciamento é, justamente, o que mais faz sofrer Jesus no Monte das Oliveiras.
Jesus, nossa obstinação contra Deus esteve presente na tua oração. Com a tua sangrenta “pugna” interior em Getsêmani, arrastas a nossa natureza “obstinada” para a sua verdadeira razão de ser: o Pai.
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