segunda-feira, 19 de julho de 2021

Homília da Segunda-feira da 16ª semana do Tempo Comum

I. Introdução

Hoje, também nos colocamos perante a questão de como “chegar” a Deus: temos algum “sinal” da sua existência? Jesus não foge à pergunta. 

Mas a sua resposta parte da Escritura e ilumina-se com uma referência velada à sua ressurreição. Resposta que, certamente, não satisfaz as expectativas nem de aqueles nem de alguns modernos interlocutores. 

 

II. Comentário

Hoje escutamos de Jesus uma resposta que nos cai como “uma luva”. Quando rezamos pouco nos transformamos em materialistas e, então, só aceitamos como verdadeiro o que se pode palpar. Além disso pretendemos que Deus se adapte a este estúpido modo de pensar. E o “sinal de Jonas” (a ressurreição de Cristo) não podemos tocá-laPodemos aceitar!

O materialista estaria disposto a aceitar um Deus que demonstre que é Deus, mas um Deus assim já não é Deus, senão um palhaço. Você onde gostaria de ir: ao céu ou ao circo?

Há um erro de base: reduzimos Deus a um objeto e impomos-lhe as nossas condições laboratoriais, assumindo como real somente o que é experimentável e palpável. Mas Deus não se deixa submeter a experiências! Por esse caminho não o encontraremos, porque isso pressupõe negar Deus como Deus, situando-nos acima dele. Quem discorrer deste modo “auto endeusa-se”, desagradando não só a Deus, mas também ao mundo e a si próprio.

Jesus, obrigado porque não vieste impor-te com evidências palpáveis, antes nos conquistas discretamente, através do amor amavelmente manifestado na Cruz e da escuta interior na oração.

 

III. Atualização
• Jesus é o sinal maior. Neste dia a Palavra é um convite para que cada um de nós compreenda, com humildade, que só um coração convertido, voltado para Deus, pode acolher, interpretar e viver este sinal que é Jesus. A humildade é a realidade que nos aproxima não só de Deus, mas também da humanidade. Pela humildade reconhecemos as nossas limitações e virtudes, mas sobretudo vemos os outros como irmãos e Deus como Pai.
• A resposta de Jesus é clara: «Nenhum sinal lhe será dado» (cf. Mt 12,39), não por ter medo, mas para centrar e recordar que os “sinais” são relação de comunhão e amor entre Deus e a humanidade e não de interesses e poderes individuais. Jesus recorda que há muitos sinais dados por Deus, não é provocando ou chantageando Deus, que se consegue chegar a Ele.



Pe. Edivânio José.

 

 

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