Hoje nos sentimos herdeiros do mandato missioneiro de Jesus. A nova evangelização não é “nova” (no sentido de que não é uma novidade para a Igreja).
hoje como ontem, Ele nos envia pelos caminhos do mundo para proclamar seu Evangelho a todos os povos da terra (Mt 28,19). A Igreja sempre é missioneira!
Hoje, vemos os Doze escolhidos por Jesus - Simão Pedro, André, Tiago, João… iniciando a sua vocação de Apóstolos.
Jesus Cristo escolheu-os para conviver com Ele, prepará-los e, assim juntos, difundir a boa nova da salvação. Além disso, o Mestre dá-lhes forças para curar doentes e afastar os demónios.
A missão de todos nós assume semelhanças com a de Amós. Somos escolhidos em meio às nossas tarefas ordinárias, enfrentamos adversidades em relação a pessoas e situações e somos fortalecidos pelo Senhor para continuarmos nossa vocação específica.
Deus, que nos chama, capacita-nos para seguir adiante. A palavra do Senhor nos é dirigida constantemente para transmiti-la com alegria aos demais. Somos profetas do Senhor no mundo contemporâneo.
O profeta é um homem livre, que não se amedronta nem se dobra face aos interesses dos poderosos. Por isso, o profeta não pode calar-se perante a injustiça, a opressão, a exploração, tudo o que rouba a vida e impede a realização plena do homem.
Essa leitura apresenta o efeito da pregação da Palavra de Deus na vida de uma pessoa. Olhando nossa história de fé em Cristo, como ouvintes de sua Palavra, podemos perceber a realização do que lemos. Da mesma maneira, contemplamos esses efeitos em outras pessoas e situações transformadas pela força do Evangelho.
A palavra "santo" indica a situação de alguém que foi separado do mundo e consagrado a Deus, para o serviço de Deus; a palavra "irrepreensível" era usada para falar das vítimas oferecidas em sacrifício a Deus, que deviam ser imaculadas e sem defeito... Significa, pois, uma santidade (isto é, uma consagração a Deus) verdadeira e radical.
Após um período de aprendizado com o Mestre, seus apóstolos são enviados dois a dois para a missão. Recebem de Jesus “autoridade sobre os espíritos impuros”. Trata-se de reintegrar no convívio social os marginalizados e devolver a todos a dignidade de filhos de Deus.
Tarefa dos apóstolos, então, é repetir a prática de Jesus. Por isso, poucas são as recomendações aos missionários estreantes. Entretanto, sobre um ponto Jesus insiste: nada de muita bagagem. Apenas o essencial para a viagem.
Quanto ao alimento, as famílias vão providenciar. Partem com uma mensagem definida: “Pregavam para que todos mudassem de vida”. Mensagem oferecida, não imposta. Obedecem à risca e, por onde passam, constatam as transformações: “Expulsavam muitos demônios, e ungiam muitos doentes com óleo, e os curavam”.
O envio e as instruções do Evangelho proclamado continuam a valer para nossos tempos. As condições para a missão e o contexto sociocultural são diferentes, porém a recomendação da primazia da Palavra de Deus e as atitudes que acompanham a pregação servem de princípios para todas as atividades missionárias.
Pe. Edivânio José.
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