sexta-feira, 14 de maio de 2021

HOMÍLIA DO Sábado VI da Páscoa. Evangelho (Jo 16, 23-28)


Hoje, na véspera da festa da Ascensão do Senhor, o Evangelho deixa-nos com palavras afetuosas de despedidas. Jesus nos diz que, se pedirmos ao Pai em seu nome, ele nos concederá. 

Deus ama aqueles que amam seu Filho, por isso não deixa de atendê-los. Logo adiante (capítulo 17), é Jesus que reza e pede ao Pai pelos seus seguidores de ontem e de hoje. Como filhos e filhas amados pelo Pai, podemos nos dirigir a ele com toda confiança e seremos atendidos. 

E esta filiação divina de Jesus recorda-nos outro aspecto, fundamental para a nossa vida: nós, os batizados, somos filhos de Deus em Cristo pelo Espírito Santo. Aqui se esconde, para nós, um mistério belíssimo: esta paternidade divina adotiva, de Deus para cada homem, distingue-se da adoção humana na medida em que tem um fundamento real em nós, já que pressupõe um novo nascimento. Portanto, quem foi introduzido na grande Família divina já não é um estranho.

Ser ouvidos e amados pelo Pai constitui uma grande alegria para todos. Quando rezamos, pedindo a Deus, não podemos, porém, ficar de braços cruzados, esperando receber de mãos beijadas tudo o que pedimos. De nada adianta rezar pedindo a Deus a paz, se continuo agressivo, preconceituoso e arrogante. 

O amor do Pai é ajuda eficaz quando encontra resposta. O Evangelho de hoje termina traçando o itinerário da vida de Jesus: saiu do Pai, veio ao mundo cumprir uma missão, depois da qual volta ao Pai.

Concede-nos, Deus todo poderoso, exultar de gozo e agradecer-te porque a Ascensão de Jesus Cristo, teu Filho, já é nossa vitória. Obrigado, Senhor, por revelar-nos esse caminho de fecundo diálogo contigo. Amém.



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