Hoje contemplamos outra despedida de Jesus, necessária para o estabelecimento de seu Reino. Inclui, porém, uma promessa: “Se eu não for, o Defensor não virá a vós. Mas, se eu for, eu o enviarei a vós” (Jo 16,7). O Evangelho nos apresenta um entendimento mais profundo da realidade da Ascensão do Senhor. Na leitura do Evangelho de João no Domingo de Páscoa, é dito a Maria Madalena que não deve tocar o Senhor porque “ainda não subi para junto do Pai” (Jo 20,17).
Como Ele pode ir e, ao mesmo tempo permanecer? Este mistério foi explicado por nosso Santo Padre, o Papa emérito Bento XVI: “Dado que Deus abraça e ampara toda a criação, a Ascensão do Senhor significa que Cristo não se afastou de nós, mas que agora, graças ao Seu ser com o Pai, está próximo de cada um de nós, para sempre”.
Promessa feita realidade de maneira impetuosa no dia de Pentecostes, dez dias depois da Ascensão de Jesus ao céu. Aquele dia —além de tirar a tristeza do coração dos Apóstolos e dos que estavam reunidos como Maria, a Mãe de Jesus (Fp.1,13-14) —os confirma e fortalece na fé, de maneira que, “Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia expressar-se” (Fp.2,4).
Nossa esperança está em Jesus Cristo. Sua vitória sobre a morte nos deu a vida que a morte nunca poderá destruir: Sua Vida. Sua ressurreição é uma confirmação de que o espiritual é real. Nada poderá nos separar do amor de Deus. Nada poderá diminuir nossa esperança. Os negativos do mundo não poderão destruir o positivo de Jesus Cristo.
Como os primeiros, como os fiéis de sempre, com Maria rogamos e, confiando que novamente virá o Defensor e que haverá um novo Pentecostes, digamos: “Vem, Espírito Santo, enche o coração dos teus fiéis e acende neles a chama do teu amor”.
Pe. Edivânio José.
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