quinta-feira, 27 de maio de 2021

Homília da Quinta-feira da 8ª semana do Tempo Comum.


 

Hoje, Cristo sai ao nosso encontro. Todos somos Bartimeu: esse não vidente que Jesus passou bem próximo, e que saltou gritando até que Jesus lhe prestasse atenção. Talvez tenhamos um nome um pouco mais bonito. 

Mas, a nossa debilidade humana (moral) é semelhante à cegueira que sofria nosso protagonista. Nós, também não chegamos a ver que Cristo vive em nossos irmãos e, assim, tratamos como os tratamos. 

Quem sabe não chegamos a ver nas injustiças sociais, nas estruturas de pecado, uma chamada humilhante aos nossos olhos para um compromisso social. Talvez não vislumbramos que Ninguém tem amor maior do que aquele que dá a vida por seus amigos (Jo 15,13). 

Vemos meio confuso o que é nítido: que as miragens do mundo conduzem à frustração, e que o paradoxo do Evangelho traz a dificuldade, produzem fruto, realização e vida. 

Somos verdadeiramente débeis visuais, não por eufemismo e sim em realidade: nossa vontade debilitada pelo pecado ofusca a verdade em nossa inteligência e escolhemos o que não nos convém.

Solução: gritar, isto é, orar humildemente Filho de Davi, tem compaixão de mim (Mc 10,48). E gritar mais quanto mais te repreendam, te desanimem ou te desanimes: Muitos o repreendiam para que se calasse. Mas ele gritava ainda mais alto” (Mc 10,48). 

Gritar que é também pedir: Rabûni, meu Mestre, que eu veja (Mc 10,51). Solução: dar, como ele, um impulso na fé, crer mais além de nossas certezas, confiar em quem nos amou, nos criou, e veio redimir-nos e ficou conosco, na Eucaristia.

O Papa João Paulo II nos dizia com sua vida: suas longas horas de meditação tantas que seu Secretário dizia que ele orava “demais” nos dizem claramente que aquele que ora muda a história.

 


 

 

Pe. Edivânio José.

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