quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

Homília da quarta-feira da 1° semana do tempo comum

I. Introdução

O chamado de Deus se dá sob as mais variadas circunstâncias. Busquemos sempre o Senhor e fiquemos sintonizados com ele, a fim de atendê-lo e saber qual é nosso papel na sociedade, na Igreja e na família.

II. Comentário

Hoje contemplamos em síntese os elementos básicos do ministério público de Jesus: Anuncio do Reino (e ensinos), realização de sinais (“milagres”) que o manifestam e oração. Para entender Jesus Cristo resultam fundamentais as repetidas indicações de que se retirava —as vezes noites inteiras— para orar “a sós” com o Pai. Este “orar” de Jesus é a conversão do Filho com o Pai.

Ele vive ante o rosto de Deus como Filho; vive na mais íntima unidade com o Pai. Somente partindo desta afirmação pode-se entender verdadeiramente a figura de Jesus e entrever a origem última de suas ações, de seus ensinos e de seu sofrimento. A reação dos seus ouvintes foi clara: Essa doutrina não procede de nenhuma escola; é radicalmente diferente ao que se possa aprender nas escolas; é uma explicação “com autoridade”

Entendo e confesso Senhor, que tua doutrina não procede de ensinamentos humanos, senão de teu contato imediato com o Pai, do diálogo “cara a cara” com teu Pai-Deus.

III.

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Atualização

Hoje, Jesus vai pregar acompanhado dos primeiros Apóstolos. Ele não veio pregar teorias e doutrinas; o Filho de Deus veio para nos salvar com ações. Por isso cura todos os doentes que Lhe levam.

Além disso, «de madrugada, quando ainda estava muito escuro, levantou-se, saiu e foi para um lugar solitário e ali se pôs a fazer oração». Oração: este é o remédio!



terça-feira, 11 de janeiro de 2022

Liturgia da 1° Semana do Tempo Comum


Antífona de Entrada:

Ergamos os nossos olhos para aquele que tem o céu como trono; a multidão de anjos o adora, cantando a uma só voz: Eis aquele cujo poder é eterno.

1. Ergamos os nossos olhos para aquele que tem o céu como trono – observe está falando de um outro lugar aonde habita nossa senhora, a corte dos anjos, os santos (as); assim sendo, a Santíssima Trindade está acima, na sua habilitação que chamamos de céus, portanto, tudo que está a baixo forma o trono de Deus, é de lá que Ele reina, governa todas as coisas. É por isso, que sendo o Rei dos reis e Senhor dos senhores, é salvífico reconhecermos a Sua Majestade!

2. A multidão de anjos o adora – perceba que só se faz notar os coros dos anjos com a sua sinfonia de nove coros, pois esta é a hierarquia dos anjos. Todavia, somos convocados a imitarmos os anjos na adoração aqui na terra, se eles não saem da presença de Deus, mesmo cumprindo suas missões aqui na terra, mas de lá não saem, nós também fazemos o mesmo diante do Santíssimo sacramento do altar.

3. Cantando a uma só voz – expressa unidade e comunhão, a harmonia que edifica o orante, não como quer, de forma egoísta, mas dentro de um corpo místico que se deixa guiar pela Cabeça que é Cristo Jesus. Esta imagem nos leva a pensar a importância da Sinodalidade que o papa Francisco no seu ministério pontifício quer nos conduzir.

4. Eis aquele cujo poder é eterno – este refrão cantado eternamente pelos anjos também deve ser o nosso refrão, declarando para todas as nações que Ele é o Senhor dos vivos e dos mortos, pois o universo todo o pertence, a Ele a glória e o louvor pelos séculos dos séculos. Amém!



Homília da Terça-feira da 1°semana do tempo comum

Evangelho de São Marcos 1. 21b-28.

I. Introdução

Cafarnaum era a Cidade que Jesus escolheu para morar na Região da Galileia. Nela passa a exercer a sua vida pública – a missão que o Pai lhe confiou.

II. Comentário

Jesus hoje entra na Sinagoga e começou a ensinar ( v.21). Ele é a Palavra e ao mesmo tempo a mensagem, que cria e recria todas as coisas, na Sagrada Liturgia se torna Palavra do Senhor e da Salvação, é, por isso, que pode ensinar com autoridade a tal ponto de fazer arder os corações dos seus ouvintes.

Diante da Palavra, os espíritos impuros são obrigados a se revelarem, pois quem fala com autoridade denuncia as consciências malévolas e os corações iníquos.

Ouve-se um grito daquele que há anos estava possuindo o homem (v.23), a tentativa era de intimidar Jesus, mas não dialogando com o mal Jesus exorciza aquele homem e faz calar o diabo.

O diabo que gosta de chamar atenção, fazer showzinho, dessa fez não funcionou porque estava diante de Jesus que é pura humildade e não tem necessidade de Ibope ou que as pessoas deem um like, curtida e até mesmo comentários de aprovação.

III.

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Atualização

A Catequese de Jesus, ou seja, seus ensinamentos tem poder e autoridade sobre a sua vida?

Ainda hoje o Evangelho toca o seu coração, causando admiração!?!

As nossas paixões desordenadas (demônios), ao ouvir Jesus elas gritam por que se sentem incomodadas?!!



segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

Iniciamos o Tempo Comum

No arco do Ano Litúrgico, o tempo comum é o mais longo, ele toma conta de 34 semanas, dividido em duas partes, dado ao tamanho a ele dedicado.

 

Por exemplo, neste Ano C, vamos nele meditar o Evangelho de São Marcos que desde o início nos põe na dinâmica da 'Boa Nova’ (evangelho) e na ‘Metanoia’ (conversão).

 

O Tempo Comum não é o tempo do nada, do vazio, da preguiça, da moleza, da frouxidão e da covardia. É contudo, o tempo do mistério, do milagre, da cura e libertação. É nele que acontece a vida pública de Jesus, a partir do seu Batismo nas águas do rio Jordão.

 

O Tempo Comum é o tempo do encontro, da hospitalidade, da comensalidade, portanto, é o tempo da visitação, é Jesus que sai de Si, afim de chegar primeiro, se antecipando a todos nós.

 

O Tempo Comum é Também, o tempo da planície, ou seja, lugar do aperreio, dos conflitos, das doenças e do sofrimento, é aí que Ele gosta de passar a maior parte do tempo, junto dos pobres, coxos, endemoniado e marginalizados.

 

Todavia, este Tempo é contudo, o tempo da compaixão, do toque, do olhar misericordioso, da ternura, pois diante das perdas Jesus chora. É bem aqui, que Ele toca os corações e os chamam ao seguimento.

 

Tudo isso, é o Tempo Comum! Seja bem-vindo! 

 

Pe. Edivânio José.

        Exorcista 






Homília da SEGUNDA-FEIRA da 1a SEMANA COMUM

I. Introdução

Ergamos os nossos olhos para aquele que tem o céu como trono; a multidão dos anjos o adora, cantando a uma só voz: Eis aquele cujo poder é eterno.

São muitos os que, no mundo, vivem sedentos de justiça e de libertação – em suas variadas formas. Somos chamados a ser, em toda parte, promotores de vida e de esperança.

Comentário

Após João Batista ser preso, Jesus entra em ação, indo à Galileia, onde inicia sua missão, pregando o Evangelho, ou seja, a Boa Notícia do Reino. É momento adequado para decidir-se por ele, mediante a conversão, abandonando a mentalidade que não se coaduna com seu projeto.

Esse convite é feito a todos, pois todos são convidados a mudar e todos temos necessidade disso. Logo a seguir, o Mestre convida algumas pessoas para acompanhá-lo e ajudá- lo na missão.

Os primeiros convidados abandonam a profissão de “pescadores de peixes” para se tornarem “pescadores de gente”, dedicando-se à humanidade. Deixando a própria família, formam nova família congregada pela Palavra do Mestre e têm o mundo como espaço de sua missão. Deus nos chama e vem até nós onde quer que estejamos, e convida-nos a seguir seu Filho.

III.

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Atualização

Converter-se significa acolher agradecidos o dom da fé e fazê-lo operativo pela caridade.

Converter-se quer dizer reconhecer a Cristo como único senhor e rei de nossos corações, dos que pode dispor.

Converter-se implica descobrir Cristo em todos os acontecimentos da história humana, também da nossa pessoal, consciente de que Ele é a origem, o centro e o fim de toda história, e que por Ele tudo foi redimido e Nele alcança sua plenitude. Converter-se supõe viver de esperança, porque Ele venceu o pecado, o maligno e a morte, e a Eucaristia é a garantia.




domingo, 9 de janeiro de 2022

Homília do Batismo do Senhor

Homília do Batismo do Senhor

I. Introdução

Hoje contemplamos Jesus já adulto. O menino da Manjedoura faz-se homem completo, maduro e respeitável e, chega o momento em que deve trabalhar na obra que o Pai lhe confiou. É assim como o encontramos no Jordão no momento de começar esta labor. Outro mais na fila daqueles contemporâneos seus que iam ouvir a João e lhe pedir o banho do batismo, com signo de purificação e renovação interior.

II. Comentário

Jesus é descoberto e assinalado por Deus: «Enquanto todo o povo estava batizado Quando Jesus, também batizado, se pôs em oração, o céu se abriu e o Espírito Santo desceu sobre ele, em forma corpórea, como uma pomba. E do céu veio uma voz: “Tu és o meu filho amado; em ti está meu pleno agrado» (Lc 3,21-22). É o primeiro ato da sua vida pública, sua investidura como Messias.

É também o prefácio de seu modo de agir: Não agirá com violência, nem com gritos e aspereza, senão com silêncio e suavidade. Não cortará a canha quebrada, senão que a ajudará a se manter firme. Abrirá o olhos aos cegos e liberará os cativos. Os sinais messiânicos que descrevia Isaías, cumpriram-se nele. Nós somos os beneficiários de tudo isso porque, como lemos hoje na carta de São Paulo: «Ele nos salvou, não por causa dos atos de justiça que tivéssemos praticado, mas por sua misericórdia, mediante o banho da regeneração e renovação do Espírito Santo. Este Espírito, ele o derramou copiosamente sobre nós por Jesus Cristo, nosso Salvador para que, justificados pela sua graça, nos tornemos, na esperança, herdeiros da vida eterna» (Tit 3,5-7).

A festa do Batismo de Jesus deve nos ajudar a lembrar nosso próprio Batismo e compromissos que por nós tomaram nossos pais e padrinhos ao nos apresentar na Igreja para nos fazer discípulos de Jesus: «O Batismo nos liberou de todos os males, que são os pecados, mas com a graça de Deus devemos cumprir com bondade» (San Cesáreo de Arlés).

III. Atualização

• «Reconhece, cristão, a tua dignidade e, visto que foste feito partícipe da natureza divina,

não penses em regressar com um comportamento indigno às velhas vilezas... O teu preço é o sangue de Cristo!» (São Leão Magno)

• «No Baptismo somos consagrados pelo Espírito Santo. A palavra “cristão” significa isto: consagrado como Jesus, no mesmo Espírito. Se quiserem que os vossos filhos se tornem cristãos autênticos, ajudem-os a crescer no calor do amor de Deus, na luz da sua Palavra» (Francisco)

• «Pelo Baptismo, o cristão é sacramentalmente assimilado a Jesus que, no seu baptismo, antecipa a sua morte e ressurreição. Deve entrar neste mistério de humilde abatimento e de penitência, descer à água com Jesus, para de lá subir com Ele, renascer da água e


do Espírito para se tornar, no Filho, filho-amado do Pai e ‘ viver numa vida nova’ (Rm 6, 4) (...)» (Catecismo da Igreja Católica, no 537)




sábado, 8 de janeiro de 2022

Homília do Sábado depois da Epifania

I. Introdução

Hoje ficamos surpresos vendo Jesus e o Batista batizando “em paralelo”. Dizemos, sim, “em paralelo”, mas,... isso só acontece aparentemente, porque João o Batista remite a Jesus, que é o Messias, o “novo Moises”, o Profeta tão esperado, aquele que vem para nos dar a Deus. «Que trouxe [Jesus]? A resposta é muito simples: A Deus. Trouxe a Deus» (Bento XVI).

II. Comentário

Em consequência e imediatamente João aclara o sentido do batismo: Realmente, trata- se de uma purificação, mas «diferença-se das acostumadas abluções religiosas» daquele tempo e, —como afirmou o papa Bento— «Deve-ser a consumação concreta de uma mudança que determina de modo novo e para sempre toda a vida». Assim, o batismo cristão comporta uma mudança tão radical como um novo nascimento, até o ponto de nos converter em um novo ser.

Purificação, certamente, mas, para despojar-se do “homem velho”, morrer a si mesmo e —pela graça— nascer a uma nova vida: A vida divina, algo que «ninguém pode receber (...) se não lhe for dada do céu» (Jo 3,28). O Concílio II de Orange ensinou que «amar a Deus é exclusivamente um dom de Deus. Ele mesmo que, sem ser amado, ama, concedeu-nos que lhe amássemos. Fomos amados quando ainda lhe éramos desagradáveis, para que nos concedera algo com que agradar-lhe».

Hei aqui, então, nossa tarefa pela santidade: Aprofundar na humildade para abrir espaço à ação de Deus e deixá-lo fazer. O importante não é tanto o que eu faça, mas que Ele atue em mim: «É necessário que ele cresça, e eu diminua» (Jo 3,30). E nossa alegria será tanto mais completa quanto mais desapareça o próprio eu e, mais presente se faça o Esposo em nosso coração e nas nossas obras.

III. Atualização

• «É necessário que Cristo cresça em ti para que progridas no seu conhecimento e amor:

porque quanto mais O conheces e O amas, tanto mais Cristo cresce em ti» (Santo Tomás de Aquino)

• «Finalmente tinha chegado um profeta cuja vida também o acreditava como tal e anunciava-se, de novo, a ação de Deus na história: João batizava com agua mas, o Maior —Aquele que batizará no Espirito Santo— está quase a chegar» (Benedito XVI)

• «Cristo, Filho de Deus feito homem, é a Palavra única, perfeita e insuperável do Pai. N’Ele, o Pai disse tudo. Não haverá outra palavra além dessa» (Catecismo da Igreja Católica, no 65)