sábado, 9 de outubro de 2021

HOMÍLIA DO SÁBADO DA 27ª SEMANA DO TEMPO COMUM

I. INTRODUÇÃO

Hoje, escutamos o melhor dos louvores que Jesus podia fazer a sua própria Mãe: Felizes (...) são os que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática (Lc 11,28). Com essa resposta, Jesus Cristo não rejeita o apaixonado elogio que aquela simples mulher dedicava a sua Mãe, pelo contrário o aceita e vai além, explicando que Maria Santíssima é bem-aventurada, sobretudo! Pelo fato de ter sido boa e fiel no cumprimento da Palavra de Deus.

II. COMENTÁRIO

Às vezes me perguntam se os cristãos acreditam na predestinação, como acreditam outras religiões. Não! Os cristãos acreditamos que Deus tem reservado um destino de felicidade para nós. Deus quer que sejamos felizes, afortunados, bem-aventurados. Prestemos atenção em como essa palavra vai se repetindo nos ensinos de Jesus: Felizes, felizes, felizes... Felizes os pobres, os mansos, os que têm fome e sede da justiça, os que não viram, e creram! (cf. Mt 5,3-12; Jn 20,29). 

Deus quer nossa felicidade, uma felicidade que começa já neste mundo, apesar de que os caminhos para chegar lá, não sejam nem a riqueza, nem o poder, nem o êxito fácil, nem a fama, senão o amor pobre e humilde de quem tudo o espera. A alegria de acreditar! Aquela da que falava o converso Jacques Maritain.

Trata-se de uma felicidade que é ainda maior do que a alegria de viver, porque acreditamos em uma vida sem fim, eterna. Maria, a Mãe de Jesus, não é somente afortunada por tê-lo trazido ao mundo, por tê-lo amamentado e criado; como percebia aquela espontânea mulher do povoado, senão, sobretudo, por ter sido ouvinte da Palavra e, por pô-la em prática: por ter amado e, por deixar se amar por seu Filho Jesus. Como escrevia o poeta: Poder dizer mãe e ouvir-se dizer filho meu / é a sorte que nos invejava Deus. Que Maria, Mãe do Amor Perfeito, rogue por nós.

 

Oração

Ó divino Pregador, no meio da multidão, uma mulher quis elogiar tua santa Mãe, ou realçar tuas excelentes qualidades, ou mesmo engrandecer o povo a que pertencias. Para ti, entretanto, resultou em ocasião para indicares a essência de tua missão: levar todos a fazer a vontade de Deus. Amém




sexta-feira, 8 de outubro de 2021

HOMÍLIA DA SEXTA-FEIRA DA 27ª SEMANA DO TEMPO COMUM


I.INTRODUÇÃO

Senhor, tudo está em vosso poder, e ninguém pode resistir à vossa vontade. Vós fizestes todas as coisas: o céu, a terra e tudo o que eles contêm; sois o Deus do universo! (Est 1,9.10s)

As calamidades naturais podem servir de alerta para examinarmos nossa conduta e corrigirmos o que nos afasta do projeto de Deus. Ao Senhor peçamos a graça de investirmos nossa vida na edificação do seu Reino.

II. COMENTÁRIO

Jesus é acusado de expulsar demônios mediante o poder do chefe dos demônios. Um disparate sem cabimento. Como poderiam as forças do mal lutar contra si mesmas? Jesus deixa claro que ele combate o mal mediante o poder de Deus, sinal de que o Reino de Deus já chegou.

É uma resposta àquele que pedia um sinal do céu. Com a chegada do “mais forte” (Jesus), as forças malignas se afastam. E diante de Jesus é necessário tomar posição: a favor dele ou contra. Quem se põe contra Jesus torna-se seu inimigo, apoiando uma ideologia contrária ao plano de Deus. 

Se a pessoa libertada não dá sua adesão a Jesus e prefere manter-se neutra ou contra sua situação será pior que antes. É uma predição do triste fim de quem não dá plena adesão a Jesus.

 

Oração

Ó Mestre, teus milagres comprovam a força do teu Reino entre nós. Quem não te aceita como enviado do Pai te acusa de ter pacto com as forças do mal. Na verdade, ages pelo poder do Espírito Santo. Queremos estar sempre contigo, Senhor, e inteiramente dedicados ao serviço do Reino de Deus. Amém.

 



Pe. Edivânio José.

quinta-feira, 7 de outubro de 2021

HOMÍLIA DA Quinta-feira da 27ª semana do Tempo Comum


I. INTRODUÇÃO

Hoje, o Evangelho é uma catequese de Jesus a respeito da oração. Afirma solenemente que o Pai sempre a escuta: «Pedi e vos será dado; procurai e encontrareis; batei e a porta vos será aberta» (Lc 11,9).

As vezes podemos pensar que a prática nos mostra que isso não sempre acontece, que não sempre age assim. É necessário rezar com as atitudes corretas!

 

II. COMENTÁRIO

A primeira é a constância, a perseverança. Devemos rezar sem nos desanimar nunca, no obstante nos pareça que nossa súplica bate com um rechaço, ou que não é escutada imediatamente. É a atitude daquele homem inoportuno que a meia noite vai lhe pedir um favor ao seu amigo. Com sua insistência recebe os pães que precisa. Deus é o amigo que escuta desde dentro a quem é constante. Havemos de confiar em que acabará por nos dar o que pedimos, porque além de ser amigo, é Pai.

A segunda atitude que Jesus nos ensina é a confiança e o amor dos filhos. A paternidade de Deus ultrapassa imensamente à humana, que é limitada e imperfeita: «Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do céu ... !» (Lc 11,13).

Terceira: Havemos de pedir principalmente o Espírito Santo e não somente coisas materiais. Jesus nos anima a pedi-lo, assegurando-nos que o receberemos: «...quanto mais o Pai do céu dará o Espírito Santo aos que lhe pedirem!» (Lc 11,13). Esta petição sempre é escutada. É como pedir a graça da oração, já que o Espírito Santo é sua fonte e origem.

 

Oração

Senhor Jesus, tua Mãe Santíssima, desde muito tempo, é invocada como Nossa Senhora do Rosário. Com isso, somos levados a contemplar os principais mistérios que envolvem tua vida, morte, ressurreição e ascensão ao céu, bem como valorizar os acontecimentos importantes da vida de tua querida Mãe. Amém.



 

Pe. Edivânio José.

quarta-feira, 6 de outubro de 2021

HOMÍLIA DA QUARTA-FEIRA DA 27ª SEMANA DO TEMPO COMUM

I. INTRODUÇÃO

A oração era um elemento importante no dia-a-dia de Jesus. Os Evangelhos observam seu costume de rezar, por exemplo, nos momentos-chaves de seu ministério, quando deveria dar passos decisivos.

II. COMENTÁRIO

Vendo o seu Mestre rezar, os discípulos interessaram-se também pela prática da oração. O testemunho de Jesus impele-os a pedir-lhe orientações a respeito do modo mais conveniente de buscar a intimidade com Deus. Foi a prática de Jesus, e não uma bela teoria sobre a oração, que motivou os discípulos.

A oração ensinada pelo Mestre deveria ter como efeito inculcar, nos seus seguidores uma série de atitudes. Em relação ao Pai: o esforço para santificar-lhe o nome, ou seja, superar toda idolatria e pôr em prática as exigências do Reino, de modo que a história humana fosse regida pela vontade divina. 

Em relação ao próximo: criar o sentido da partilha fraterna dos bens, superando a tentação de reter tudo para si; viver o perdão e a reconciliação, sem dar lugar ao ódio e à violência; não se deixar levar pelas sugestões do espírito mau, cuja ação principal consiste em desviar o ser humano da vontade de Deus.

Por conseguinte, a oração cristã é um caminho de compromisso e comunhão, um projeto de vida. Ela consiste na busca de conformação da própria vida com o querer divino.

 

Oração

Ó Deus eterno e todo-poderoso, que nos concedeis, no vosso imenso amor de Pai, mais do que merecemos e pedimos, derramai sobre nós a nossa misericórdia, perdoando o que nos pesa na consciência e dando-nos mais do que ousamos pedir. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.




 

Pe. Edivânio Jos.

terça-feira, 5 de outubro de 2021

HOMÍLIA DA TERÇA-FEIRA DO 27ª SEMANA DO TEMPO COMUM


I. INTRODUÇÃO

Hoje, como em cada dia, podemos aprender do Evangelho. Jesus, convidado na casa de Betânia, dá-nos uma lição de humanidade: Ele, que amava as pessoas, deixa-se amar, porque as duas coisas são importantes. Rejeitar as demonstrações de afeto, de Deus e dos outros, seria um erro grave, de consequências nefastas para a santidade.

II. COMENTÁRIO

Marta ou Maria? Mas..., por quê confrontar aqueles que tanto se queriam, e que tanto queriam a Deus? Jesus amava Marta e Maria, e o seu irmão Lázaro, e ama-nos a cada um de nós.

No caminho da santidade não há duas almas iguais. Todos procuramos amar a Deus, mas com um estilo e personalidade próprios, sem imitar ninguém. O nosso modelo está em Cristo e na Virgem. Incomoda-nos a maneira como os outros se relacionam com Deus? Tentemos aprender da sua piedade pessoal.

«Senhor, não te importas que minha irmã me deixe sozinha no serviço? Manda, pois, que ela me venha ajudar!» (Lc 10,40). Servir os outros, por amor a Deus, é uma honra, não uma carga. Servimos com alegria, como a Virgem a sua prima Santa Isabel ou nas bodas de Caná, ou como Jesus, no lava-pés na Última Ceia?

III. ATUALIZAÇÃO
• «Marta, Marta, preocupas-te e andas agitada com muitas coisas. No entanto, uma só é necessária» (Lc10,41-42). 
• Não percamos a paz, nem o bom humor. E para isso, cuidemos a presença de Deus. «Ficai a saber.
• Escondido nas situações mais comuns há um quê de santo, de divino, que toca a cada um de vós descobrir (…); ou sabemos encontrar Nosso Senhor na nossa vida corrente ou nunca O encontraremos» (São Josemaria).

Oração

Ó amigo Jesus, no teu caminho rumo a Jerusalém, não deixas de visitar pessoas amigas. Recebes os cuidados caseiros de Marta e o tempo de qualidade de Maria, que, sentada a teus pés, escuta tua Palavra. Dá-nos sabedoria para, em qualquer circunstância, escolhermos a melhor parte. Amém



 

Pe. Edivânio José.

segunda-feira, 4 de outubro de 2021

HOMÍLIA DA SEGUNDA-FEIRA, FESTA DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS RELIGIOSO E PATRONO DA ECOLOGIA I.

I. INTRODUÇÃO

Francisco de Assis, homem de Deus, deixou sua casa e sua herança e se fez pobre e desvalido. O Senhor, porém, o acolheu com amor.

Francisco nasceu na Itália em 1182 e lá faleceu em 1226. Uma versão da antífona da entrada nos oferece bela síntese da vida deste santo humilde, pobre, alegre e caridoso: “Francisco, homem de Deus, deixou sua casa e sua herança e se fez pequeno e pobre. O Senhor, porém, o acolheu para o seu serviço”. Cultivemos um coração franciscano, inteiramente voltado para a bondade, a beleza e a preservação da natureza.

II. COMENTÁRIO

Um especialista em Lei quer pôr Jesus à prova com sua pergunta. Pôr à prova, aqui, pode significar duas coisas: primeira, apanhar Jesus na resposta; segunda, ganhá-lo para a classe rica.

A pergunta é sobre a vida eterna. Os que não querem se comprometer com o irmão necessitado falam habitualmente da vida eterna. Jesus o puxa para a realidade desta vida. 

E, ao contar a parábola do bom samaritano, força o especialista em Lei a dar a resposta justa: o próximo do homem machucado é quem o acode, usando de misericórdia. Diante da vítima, o samaritano não faz nenhuma pergunta; entra logo em ação. 

III. ATUALIZAÇÃO
• Não se deixa paralisar por nenhum tipo de preconceito ou obstáculo.
• Nacionalidade, religião, ocupações urgentes. Jesus não teve muito trabalho com o doutor da Lei e foi direto ao ponto.
• “Vá, e faça você também a mesma coisa”.

Oração

Ó Mestre e Senhor, narras com maestria a encantadora parábola de um samaritano que trata com misericórdia o desconhecido que fora vítima de assaltantes. Ensinamento oportuno, de clareza incomparável. Move-nos, Senhor, a praticar, dia a dia, tua mensagem de amor e solidariedade. Amém.




 

Pe. Edivânio José.

domingo, 3 de outubro de 2021

HOMÍLIA DO 27º DOMINGO DO TEMPO COMUM- ANO B

I. INTRODUÇÃO

As leituras do 27º Domingo do Tempo Comum apresentam, como tema principal, o projeto ideal de Deus para o homem e para a mulher.

Formar uma comunidade de amor, estável e indissolúvel, que os ajude mutuamente a realizarem-se e a serem felizes. Esse amor, feito doação e entrega, será para o mundo um reflexo do amor de Deus.

II. COMENTÁRIOS

1ª LEITURA

A primeira leitura diz-nos que Deus criou o homem e a mulher para se completarem, para se ajudarem, para se amarem.

Unidos pelo amor, o homem e a mulher formarão "uma só carne". Ser "uma só carne" implica viverem em comunhão total um com o outro, dando-se um ao outro, partilhando a vida um com o outro, unidos por um amor que é mais forte do que qualquer outro vínculo.

2ª LEITURA

A segunda leitura lembra-nos a "qualidade" do amor de Deus pelos homens... Deus amou de tal forma os homens que enviou ao mundo o seu Filho único "em proveito de todos". 

Jesus, o Filho, solidarizou-Se com os homens, partilhou a debilidade dos homens e, cumprindo o projeto do Pai, aceitou morrer na cruz para dizer aos homens que a vida verdadeira está no amor que se dá até às últimas consequências. 

Ligando o texto da Carta aos Hebreus com o tema principal da liturgia deste domingo, podemos dizer que o casal cristão deve testemunhar, com a sua doação sem limites e com a sua entrega total, o amor de Deus pela humanidade.

EVANGELHO

No Evangelho, Jesus, confrontado com a Lei judaica do divórcio, reafirma o projeto ideal de Deus para o homem e para a mulher: eles foram chamados a formar uma comunidade estável e indissolúvel de amor, de partilha e de doação. 

A separação não está prevista no projeto ideal de Deus, pois Deus não considera um amor que não seja total e duradouro. 

Só o amor eterno, expresso num compromisso indissolúvel, respeita o projeto primordial de Deus para o homem e para a mulher.




 

Pe. Edivânio José.