quarta-feira, 6 de abril de 2022

Homília da Quarta-feira da 5° da Quaresma

 I. Introdução

No confronto com os judeus, Jesus apresentou-se como a única verdade que pode trazer libertação.

 Com isto, punha em xeque a prática religiosa judaica na qual fora educado e que era a base da fé de seus discípulos e de seus interlocutores.

II. Comentário

 Em que sentido o ensinamento de Jesus era diferente, a ponto de proporcionar uma libertação impossível de ser

  alcançada por outras vias?

 A força libertadora da verdade ensinada pelo Mestre está ligada à sua origem: ele ensinava o que havia visto junto do Pai.

Suas palavras tinham uma força única de colocar os discípulos em contato com o desígnio do Pai e estabelecer uma profunda comunhão de amor com ele.

 A libertação resultava da presença amorosa do Pai no coração do discípulo.

Presença capaz de banir toda forma de egoísmo escravizador e estabelecer relações fraternas com o próximo.


 Presença suficientemente forte para arrancar o discípulo das trevas do pecado e introduzi-lo no reino da luz. Presença humanizadora e plenificadora.

Jesus considerava a doutrina dos judeus demasiadamente contaminada por elementos espúrios, nem sempre compatíveis

 com o querer divino.

De fato, de tanto se intrometer na Lei de Deus, os judeus acabaram por desvirtuar-lhe o sentido.

As palavras de Jesus serviam de alerta para quem desejava tornar-se discípulo. Urgia deixar-se libertar pela verdade proclamada por ele.

 III. Atualização

• A presença de Jesus é libertadora simplesmente porque ele é a verdade. Grande parte dos judeus não reconheceu em Jesus a verdade que liberta.

• De antemão, não podemos repreendê-los por isso. Se fôssemos nós no lugar dos judeus, que postura tomaríamos? Provavelmente, não acreditaríamos em Jesus e buscaríamos os argumentos necessários para justificar nosso

 posicionamento. Entretanto, estamos distantes no tempo, e nosso olhar nos permite, pela fé, acreditar que verdadeiramente Jesus era (e é) o Filho de Deus.

• A verdade que liberta o ser humano é o próprio Jesus, que dá novo sentido a

 todas as coisas e nos coloca em sintonia com o projeto do Pai. Como filhos de Deus, somos capazes de reconhecer nossas faltas e buscar, no próprio Deus, a


 reconciliação que nos faz seguir adiante em nosso caminho de conversão contínua.




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