I. Introdução
No confronto com os judeus, Jesus apresentou-se como a única verdade que pode trazer libertação.
Com isto, punha em xeque a prática religiosa judaica na qual fora educado e que era a base da fé de seus discípulos e de seus interlocutores.
II. Comentário
Em que sentido o ensinamento de Jesus era diferente, a ponto de proporcionar uma libertação impossível de ser
alcançada por outras vias?
A força libertadora da verdade ensinada pelo Mestre está ligada à sua origem: ele ensinava o que havia visto junto do Pai.
Suas palavras tinham uma força única de colocar os discípulos em contato com o desígnio do Pai e estabelecer uma profunda comunhão de amor com ele.
A libertação resultava da presença amorosa do Pai no coração do discípulo.
Presença capaz de banir toda forma de egoísmo escravizador e estabelecer relações fraternas com o próximo.
Presença suficientemente forte para arrancar o discípulo das trevas do pecado e introduzi-lo no reino da luz. Presença humanizadora e plenificadora.
Jesus considerava a doutrina dos judeus demasiadamente contaminada por elementos espúrios, nem sempre compatíveis
com o querer divino.
De fato, de tanto se intrometer na Lei de Deus, os judeus acabaram por desvirtuar-lhe o sentido.
As palavras de Jesus serviam de alerta para quem desejava tornar-se discípulo. Urgia deixar-se libertar pela verdade proclamada por ele.
III. Atualização
• A presença de Jesus é libertadora simplesmente porque ele é a verdade. Grande parte dos judeus não reconheceu em Jesus a verdade que liberta.
• De antemão, não podemos repreendê-los por isso. Se fôssemos nós no lugar dos judeus, que postura tomaríamos? Provavelmente, não acreditaríamos em Jesus e buscaríamos os argumentos necessários para justificar nosso
posicionamento. Entretanto, estamos distantes no tempo, e nosso olhar nos permite, pela fé, acreditar que verdadeiramente Jesus era (e é) o Filho de Deus.
• A verdade que liberta o ser humano é o próprio Jesus, que dá novo sentido a
todas as coisas e nos coloca em sintonia com o projeto do Pai. Como filhos de Deus, somos capazes de reconhecer nossas faltas e buscar, no próprio Deus, a
reconciliação que nos faz seguir adiante em nosso caminho de conversão contínua.
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