I. Introdução
Nesse relato temos duas narrativas entrelaçadas, trazendo duas mulheres: uma em plena adolescência (doze anos), com toda a vida pela frente, à beira da morte; a outra, há doze anos carregando o peso da exploração econômica e da discriminação religiosa. Jesus vence dois poderosos inimigos: a morte da menina e a doença incurável da mulher.
II. Comentário
Hoje consideramos a oração como combate da fé e vitória da perseverança. Em “Gênesis” (cap. 32), aquela misteriosa luta —“corpo a corpo” entre Jacó e Deus —anuncia algo do que hoje contemplamos na “hemorroisa” e em Jairo.
A oração pede confiança, proximidade, um “corpo a corpo” simbólico com Deus, tal como age a mulher que sofria hemorragia: “Se eu conseguir tocar...”. A “luta” conota força de ânimo, perseverança, tenacidade para atingir o que se deseja ante um Deus que abençoa se bem permanece sempre misterioso, como inalcançável.
Se o objeto do desejo é a relação com Deus, sua bênção e seu amor, então a luta culmina no reconhecimento da própria debilidade, que vence precisamente quando se abandona nas mãos misericordiosas de Deus: “a tua fé te salvou”.
Quando ninguém me escuta, quando já não posso invocar a ninguém, quando o problema parece desbordar toda esperança —tal era a situação de Jairo — então Deus ainda me escuta e me ajuda.
III. Atualização
• A mulher aproxima-se de Jesus, toca a roupa dele e fica curada; a menina é tocada por
Jesus e se levanta.
• O encontro e o contato com Jesus transformam e promovem a vida das pessoas. O tocar
em Jesus ou deixar-se tocar por ele é o gesto concreto de um encontro salvífico.
• A fé da mulher e a fé do pai da menina conseguem recuperar a dignidade dessas duas pessoas. A misericórdia de Jesus aliada à fé das pessoas restaura a plenitude da vida.
Como seria bom ouvir de Jesus: sua fé salvou você, vai em paz.
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