I. Introdução
Hoje, depois de uma semana dentro do itinerário de preparação para a celebração do Natal, já constatamos que uma das virtudes que queremos fomentar durante o Advento é a esperança. Mas, não passivamente, como quem espera que passe o trem e, sim uma esperança ativa, que nos move a dispor-nos, pondo da nossa parte o que seja necessário para que Jesus possa nascer novamente em nossos corações.
II. Comentário
Devemos tentar não nos conformar somente com o que esperamos, mas — sobretudo — descobrir o que é que Deus espera de nós. Como os doze Apóstolos, nós também estamos chamados a seguir os seus caminhos. Tomara que hoje possamos escutar a voz do Senhor que —por meio do profeta Isaías — nos diz: «O caminho é este: por aqui deves andar!» (Is 30,21, da primeira leitura de hoje). Seguindo cada um o seu caminho, Deus espera de todos que com a nossa vida anunciemos que «O Reino dos Céus está próximo» (Mt 10,7).
O Evangelho de hoje narra como, diante daquela multidão, Jesus teve compaixão e lhes disse: «A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi, pois, ao Senhor da colheita que envie trabalhadores para sua colheita» (Mt 9,37-38). Ele quis confiar em nós e quer que nas mais diversas circunstâncias respondamos à vocação de nos convertermos em apóstolos de nosso mundo.
A missão para a qual Deus Pai enviou o seu Filho ao mundo requer que nós sejamos seus continuadores. Nos nossos dias também encontramos uma multidão desorientada e sem esperança, que tem sede da Boa Nova da Salvação que Cristo nos trouxe, da qual somos mensageiros. É uma missão confiada a todos. Conhecedores de nossas fraquezas e handicaps, apoiemo-nos na oração constante e estejamos contentes por chegar a ser assim colaboradores do plano redentor que Cristo nos revelou.
III. Atualização
• «Para uma colheita abundante, há poucos trabalhadores. Ao ouvir isso, não podemos
deixar de sentir uma grande tristeza, porque devemos reconhecer que, embora existam pessoas que desejam ouvir coisas boas, existem poucos que se dedicam a anunciá-las. Rogai também por nós, para que a nossa voz nunca cesse de vos exortar» (São Gregório Magno)
• «O mundo não é uma coleção de tristezas e dores. Todas as angústias que existem nele são protegidas por uma misericórdia amorosa. Quem assim celebra o Advento, pode falar de um Natal alegre, abençoado e misericordioso» (Bento XVI)
• «Com o Credo Niceno-Constantinopolitano respondemos confessando: ‘Para nós, homens e para a nossa salvação, ele desceu do céu e, pela força do Espírito Santo, encarnou-se de Maria, a Virgem, e tornou-se homem’» (Catecismo do Igreja Católica, no 456)
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