Hoje, vemos a fé daqueles que ajudavam o paralítico, Jesus lhe curou a paralisia (milagre!) e lhe perdoou os seus pecados (mais milagre!). Os escribas, que ficaram afetados pela extraordinária “cura médica”, mas surpreenderam-se indignam-se com o ato da “cura moral”. Chama-nos a atenção a reação destes escribas porque nós admiraríamos o primeiro, mas não o segundo.
Essa reação, ainda errada, é uma lição. A mentalidade cristã daqueles judeus permite-lhes compreender que perdoar os pecados como ofensa à divindade é algo grande, tão grande que só corresponde a Deus. Para ajudar-nos a aceitá-lo Ele curou também a paralisia física.
Hoje encontramos uma das muitas manifestações evangélicas da bondade misericordiosa do Senhor. Todas elas nos mostram aspectos ricos em detalhes.
A compaixão misericordiosamente exercida de Jesus vai desde a ressurreição de um morto ou a cura da lepra até perdoar uma mulher pecadora, passando por muitas outras curas de enfermidades e o perdão dos pecadores arrependidos. Perdão esse, expresso em parábolas como a da ovelha desgarrada, da moeda perdida e a do filho pródigo.
O Evangelho de hoje nos dá uma mostra da misericórdia do Salvador em dois aspectos de uma só vez: diante da enfermidade do corpo e da enfermidade da alma.
E, considerando que a alma é mais importante, Jesus começa por ela. Sabe que o doente está arrependido de seus pecados, vê a sua fé, e a fé daqueles que o conduzem e diz: “Coragem, filho, teus pecados estão perdoados!” (Mt 9,2).
Por que começa por aí se ninguém lhe pediu isso? Está claro que Ele lê seus pensamentos e sabe que é precisamente isto o que mais agradecerá aquele paralitico, que provavelmente, ao se ver diante da Santidade de Jesus Cristo, se sentiria confuso e envergonhado de seus próprios pecados, e com certo temor deles serem um impedimento para receber a graça da cura de sua saúde.
O Senhor quer tranquilizá-lo. Não se importa com os maus pensamentos do coração dos escribas, ao contrário, quer mostrar que veio para exercer a misericórdia com os pecadores e agora a quer proclamar.
Pe. Edivânio José.
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