Hoje, maravilhamo-nos, mais uma vez, com o engenho e sabedoria de Cristo. Ele, com a sua magistral resposta, assinala diretamente a justa autonomia das realidades terrenas: “Devolvei, pois, a César o que é de César” (Mc 12,17).
De fato, segundo São Jerônimo, “tendes que dar forçosamente a César a moeda que tem impressa a sua imagem; mas vós entregastes com gosto todo o vosso ser a Deus, porque em nós está impressa a sua imagem e não a de César”. Ao longo da sua vida, Jesus Cristo apresenta constantemente a questão da eleição. Somos nós os que estamos chamados a escolher, e as opções são claras: viver partindo dos valores deste mundo, ou viver partindo dos valores do Evangelho.
É sempre tempo de escolha, tempo de conversão, tempo para voltar a “recolocar” a nossa vida na dinâmica de Deus. Será a oração e, especialmente a realizada com a Palavra de Deus, a que nos vai revelando o que Deus quer de nós.
É a oração que se converte na autêntica escola onde, como afirma Tertuliano, “Cristo nos vai ensinando qual era o desígnio do Pai que Ele realizava no mundo, e qual a conduta do homem para que seja conforme a esse mesmo desígnio”Saibamos, portanto, escolher o que nos convém!
O que sabe escolher a Deus, converte-se em morada de Deus, pois “se alguém me ama, guardará a minha Palavra, e meu Pai o amará, e o veremos, e faremos morada nele” (Jo 14,23).
Mas a Palavra de hoje é algo mais que saber sair de um apuro; é uma questão que tem atualidade em todos os momentos da nossa vida: que estou dando a Deus? é realmente o mais importante na minha vida? Onde pus o coração? Porque… “onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração” (Lc 13,34).
Por fim, “ao Senhor somente adoraras”. A negativa a adorar ao imperador e, em geral, a negativa ao culto do Estado, no fundo, é simplesmente a rejeição ao Estado totalitário.
Pe. Edivânio José.
Nenhum comentário:
Postar um comentário