terça-feira, 1 de junho de 2021

Homília da Terça-feira da 9ª semana do Tempo Comum.


 

Hoje, maravilhamo-nos, mais uma vez, com o engenho e sabedoria de Cristo. Ele, com a sua magistral resposta, assinala diretamente a justa autonomia das realidades terrenas: Devolvei, pois, a César o que é de César (Mc 12,17).

De fato, segundo São Jerônimo, tendes que dar forçosamente a César a moeda que tem impressa a sua imagem; mas vós entregastes com gosto todo o vosso ser a Deus, porque em nós está impressa a sua imagem e não a de César. Ao longo da sua vida, Jesus Cristo apresenta constantemente a questão da eleição. Somos nós os que estamos chamados a escolher, e as opções são claras: viver partindo dos valores deste mundo, ou viver partindo dos valores do Evangelho.

É sempre tempo de escolha, tempo de conversão, tempo para voltar a “recolocar” a nossa vida na dinâmica de Deus. Será a oração e, especialmente a realizada com a Palavra de Deus, a que nos vai revelando o que Deus quer de nós. 

É a oração que se converte na autêntica escola onde, como afirma Tertuliano, Cristo nos vai ensinando qual era o desígnio do Pai que Ele realizava no mundo, e qual a conduta do homem para que seja conforme a esse mesmo desígnioSaibamos, portanto, escolher o que nos convém!

O que sabe escolher a Deus, converte-se em morada de Deus, pois se alguém me ama, guardará a minha Palavra, e meu Pai o amará, e o veremos, e faremos morada nele (Jo 14,23). 

Mas a Palavra de hoje é algo mais que saber sair de um apuro; é uma questão que tem atualidade em todos os momentos da nossa vida: que estou dando a Deus? é realmente o mais importante na minha vida? Onde pus o coração? Porque… onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração (Lc 13,34).

Por fim, ao Senhor somente adoraras”. A negativa a adorar ao imperador e, em geral, a negativa ao culto do Estado, no fundo, é simplesmente a rejeição ao Estado totalitário.



 

 

 

Pe. Edivânio José.

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