terça-feira, 22 de junho de 2021

Homília da Terça-feira da 12ª Semana do Tempo Comum.


Hoje, o Senhor é incisivo: “as coisas santas têm que ser tratadas santamente” (“Sancta sanctetractanda”, diziam os clássicos). Precisamos de uma nova educação litúrgica! Na Igreja Católica o culto é específico e santo: é “liturgia”, quer dizer, ação de Cristo em nós e conosco (é Jesus Cristo quem me alimenta com o seu Corpo na Comunhão, etc.). Temos de receber com delicadeza esta ação do próprio Deus.

Não é prudente falar de Deus e do seu projeto de vida e libertação a pessoas que se julgam autossuficientes, que desprezam a religião e seus símbolos sagrados. Seria desperdício total. 

As coisas sagradas, entre elas a Palavra de Deus, devem ser oferecidas a quem tem o coração aberto para acolhê-las com respeito. Jesus retoma a máxima chamada “regra de ouro”. Coloca-a em chave positiva: fazer aos outros o que desejaríamos que nos fizessem. 

Para praticar essa norma em todos os momentos, temos de prestar atenção à realidade do outro, colocar-nos no seu lugar, enfim, sair de nós mesmos. A caridade aqui é entendida como atitude de amor sem limite, sem esperar retribuição. Isso faz parte do “caminho estreito” pelo qual se supera o egoísmo e se alcança a salvação.

Por fim, a “porta estreita” ... O Papa Bento XVI pergunta-nos: O que significa esta ‘porta estreita’? Por que muitos não conseguem entrar por ela? Trata-se de uma passagem reservada a alguns eleitos? Não! A mensagem de Cristo é-nos dirigida no sentido de que todos podem entrar na vida. A passagem é ‘estreita’, mas aberta a todos; ‘estreita’ porque exigente, requer compromisso, abnegação, mortificação do próprio egoísmo.




 

 

Pe. Edivânio José.

 

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