Hoje, Jesus nos convida a ir além do que pode viver qualquer simples cumpridor da lei. Ainda, sem cair na concreção das más ações, muitas vezes o costume endurece o desejo da procura da santidade, moldando-nos de forma acomodatícia à rotina do comportar-se bem e, nada mais.
São João Bosco costumava repetir: “O bom, é inimigo do ótimo”. Aí é onde nos alcança a Palavra do Mestre, que nos convida a fazer coisas “maiores” (Mt 5,20), que partem de uma atitude diferente.
Coisas maiores, que paradoxalmente, passam pelas menores, pelas pequenices. Encolerizar-se, menosprezar e renegar do irmão não são adequadas para o discípulo do Reino, que foi chamado a ser nada mais e nada menos que sal da terra e luz do mundo (Mt 5,13-16), desde a vigência das bem aventuranças (Mt 5,3-12).
Por que a comunidade de Jesus deve superar a justiça dos doutores da Lei e dos fariseus? Porque eles não cumprem o que ensinam; por vezes invalidam a lei com acréscimos ou porque se fixam na letra sem penetrar no espírito (cf. Mt 23,1-7).
Jesus se apresenta com autoridade suprema e nos mostra como levar à plenitude as exigências do amor. Os que entram no Reino de Deus devem superar os doutores da Lei e os fariseus e imitar Jesus pela prática do amor gratuito.
As palavras ofensivas, a prepotência, o desprezo são manifestações contra a vida do próximo. Não basta não ofender o próximo, é preciso amá-lo como Jesus o ama. O próprio culto a Deus será vazio, se não for revestido de caridade. O amor fraterno, que supõe reconciliação, torna a celebração litúrgica fecunda e agradável a Deus.
Pe. Edivânio José.
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